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Economia e Finanças

07 de Julho de 2017 as 15:07:34



IPCA registra Deflação de 0,23% em junho


IPCA tem deflação de 0,23% em junho, a primeira variação negativa em 11 anos
 
 
O IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, a inflação oficial do país, fechou o mês de junho com resultado negativo (deflação) de 0,23%, o primeiro registrado em 11 anos. Em maio, o índice  havia ficado em 0,31%.
 
Os dados relativos ao IPCA foram divulgados hoje pelo IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O resultado é o mais baixo para o mês de junho desde o início do Plano Real e o primeiro resultado mensal negativo desde 2006, quando foi registrada deflação de 0,21%. Em agosto de 1998, a taxa atingiu -0,51%.
 
Com isso, o primeiro semestre do ano fechou em 1,18%, bem menos do que os 4,42% registrados no mesmo período do ano passado. Considerando os primeiros semestres, é o resultado mais baixo da série histórica. Em relação aos últimos 12 meses, o índice acumulado foi para 3%, abaixo dos 3,6% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores.
 
 
Alimentos, Transportes e Energia
 
A deflação do IPCA, de 0,23% em junho, foi influenciada pela queda nos preços da tarifa elétrica, dos transportes e dos alimentos. Foi o primeiro resultado negativo desde o início do Plano Real. Em junho de 2006, o IPCA havia sido de –2,1%. 
 
É também a menor taxa da série histórica desde os 0,51% de agosto de 1998.
 
Para a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes, “o que chama atenção é que os três grupos mais importantes para o orçamento doméstico tiveram queda, afetando as principais despesas da população: de se alimentar, morar e se transportar”.
 
Com a deflação de junho, o IPCA fechou o primeiro semestre do ano com alta acumulada de 1,18%, resultado 3,24 pontos percentuais abaixo dos 4,42% registrados no mesmo período de 2016.
 
Considerando os primeiros semestres do ano, é o resultado mais baixo da série histórica. Em relação aos últimos 12 meses, o índice acumulado foi para 3%, abaixo dos 3,6% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores.
 
As informações do IBGE mostram que as contas de energia elétrica, que em maio haviam subido 8,98%, puxando a elevação do índice de inflação a 0,31%, fizeram um movimento contrário em junho, com queda de 5,52%. “Isso se deveu, principalmente, à passagem da bandeira vermelha para a verde, que significa uma redução de R$ 3 a cada 100 kWh consumidos”.
 
 
Combustíveis
 
O IBGE ressalta ainda o fato de que os preços dos combustíveis tiveram queda de 2,84%, levando o grupo de transportes a fechar negativo em 0,52%, “com destaque para as duas reduções seguidas no preço da gasolina, autorizadas pela Petrobras no fim de maio e em junho, além da variação de -4,66% no litro do etanol”.
 
Representando 26% do IPCA, os preços dos alimentos tiveram queda de 0,5%, puxada pela alimentação em casa (-0,93%), com redução em todas as regiões pesquisadas. Itens importantes como tomate, batata-inglesa e frutas tiveram quedas significativas. Segundo Eulina Nunes, “essa baixa nos preços reflete os resultados positivos da safra e os efeitos da redução no poder aquisitivo da população, que levam o comércio a fazer ofertas e promoções”.
 
Variação por grupo
 
Os dados divulgados pelo IBGE indicam que, em junho, os três grupos de produtos e serviços que, juntos, concentram cerca de 60% das despesas domésticas fecharam todos com deflação: alimentação (-0,5%), habitação (-0,77%) e transporte (-0,52%) e apresentaram as quedas mais intensas, contribuindo decisivamente para a deflação do mês.
 
Habitação (-0,77%), cuja participação é de 15% nos cálculos do IPCA, foi o grupo que apresentou a maior queda no mês, sob influência das contas de energia elétrica. Mais barata em 5,52%, a energia exerceu o mais intenso impacto negativo, de -0,2 ponto percentual.
 
Entre os grupos que apresentaram alta, as variações ficaram entre 0,08% de educação e 0,46% de saúde e cuidados pessoais.
 
Regiões
 
Entre as 13 regiões metropolitanas envolvidas na pesquisa, 12 apresentaram deflação de maio para junho, embora todas tenham registrado queda de preços de maio para junho.
 
O principal destaque ficou com a região metropolitana de Belo Horizonte, que fechou com taxa negativa de 0,64%, resultado 0,41 ponto percentual inferior ao IPCA Brasil, de -0,23%.
 
Também apresentaram taxas negativas expressivas Campo Grande, de -0,47%, São Paulo (-0,42%); e Porto Alegre 0,41%. A única região que fechou com taxa positiva foi a de Salvador: 0,09%.


Fonte: AGENCIA BRASIL





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