Ministério determina que frigoríficos recortem carne a ser exportada para os EUA
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou a frigoríficos brasileiros que carnes in natura de cortes dianteiros a serem exportadas aos EUA sigam apenas na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras.
Segundo nota divulgada pela pasta, a medida visa a facilitar as negociações para retomar as vendas para aquele mercado. Em junho, os EUA suspenderam a importação de carne fresca do Brasil.
No último dia 23, em coletiva de imprensa, o secretário executivo da pasta, Eumar Novacki, havia antecipado a determinação. O ministério acredita que os problemas comunicados pelo governo norte-americano são decorrentes da vacinação contra a febre aftosa, que poderia causar inflamações. O secretário garantiu que apenas a aparência fica comprometida e que o produto não oferece nenhum risco a saúde.
O Brasil exporta para os EUA a parte dianteira do boi inteira, local onde o gado recebe a vacina contra a febre aftosa. Mesmo que não esteja aparente, alguma inflamação pode ser detectada quando a peça é cortada.
Após a Operação Carne Fraca, mercados como os dos EUA e da Comunidade Europeia determinaram a fiscalização de 100% da carne brasileira. No final do mês passado, os EUA suspenderam a importação de carne fresca do Brasil.
As 15 plantas que realizavam a exportação para o país acumularam, de janeiro a maio, US$ 49 milhões na operação.
Negociação
No próximo dia 13 de julho, o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Luis Vargas, e o coordenador-geral de Controle e Avaliação do Dipoa, Rafael Filipputti, se reunirão com autoridades sanitárias dos EUA, em Washington.
O objetivo é discutir as medidas de controle adotadas depois que foram detectados abcessos na carne bovina in natura exportada ao mercado norte-americano.
Na última 6ª feira, 30.06, encerrou o prazo para estabelecimentos industriais revisarem seus programas de autocontrole e implementem medidas adicionais de reinspeção. O SIF Serviço de Inspeção Federal também revisou seus planos de fiscalização nos estabelecimentos registrados no Mapa.