Diário do Mercado na 2ª feira, 03.07.2017
Feriado nos EUA diminui liquidez dos mercados
Resumo.
O primeiro pregão do semestre foi especialmente fraco em termos de liquidez, tendo em vista a ausência de agenda econômica e o feriado da Independência nos EUA (a ser comemorado amanhã).
Adicionalmente as bolsas norte-americanas encerraram as atividades antecipadamente, por volta das 14hs, horário de Brasília.
Ibovespa.
O Ibovespa fechou aos 63.279 pts. (+0,60%), acumulando +5,07% no ano e +21,15% em 12 meses. Decisivo para a performance do dia foram os papéis da Vale, que ponderadamente ao peso no Ibovespa, contribuíram com +0,19%, seguido do pelo Itaú com +0,11.
No tocante à Vale cabe ressaltar que hoje foi o 10º pregão seguido em alta, graças às, também seguidas, altas do minério de ferro.
O giro da Bovespa foi fraco, totalizando R$ 4,76 bilhões (+22%), sendo R$ 4,635 bilhões no mercado à vista. O fluxo estrangeiro na bolsa acumulou, até o dia 29, saída de R$ 1,11 bilhões. Para 2017 o acumulado é positivo em 4,55 bilhões.
Agenda Econômica.
Em um dia sem indicadores relevantes destacamos o Relatório Focus consolidado pelo BACEN, conforme nosso relatório de Renda Fixa de hoje*:
“O Relatório Focus compilou com que compilou mais um recuo para o IPCA nos dois anos (3,46% em 2017 e 4,25% em 2018); mas a expectativa para o PIB passou a estável ao final de 2017 (0,39%), com recuo em 2018 (2,00%); Selic reduz-se em 2018 (8,25%) seguindo a nova meta de IPCA e se mantém em 2017 (8,50%); dólar maior em 2017 (R$ 3,35) e estável em 2018 (R$ 3,40).”
Câmbio e CDS.
A trajetória de alta nos preços das commodities estão favorecendo as empresas ligadas ao setor e enfraquecem a divisa norte-americana. O real se valorizou ante o dólar e teve a maior apreciação entre as moedas emergentes, fazendo o dólar fechar em queda de -0,32%, rumo à zeragem dos ganhos no ano, hoje em +1,39%.
Risco Brasl - O sentimento de risco em relação ao Brasil, representado pelo CDS brasileiro de 5 anos, fechou levemente abaixo de sexta, aos 241 pts. contra 242 pts. da sessão anterior.
Juros.
Taxas dos contratos futuros de juros fecham estáveis, também reflexo do Relatório Focus apontando melhora nas expectativas quanto à inflação, porém, sopesando ligeiro aumento da expectativa para aumento do dólar no fechamento do ano.
No fim da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 (122.185 contratos) fechou com taxa de 8,840% (mínima), ante 8,940% no ajuste anterior.
A taxa do DI janeiro de 2019 (145.610 contratos) também fechou na mínima, de 8,81%, de 8,91% no ajuste de sexta-feira. A taxa do DI janeiro de 2021 (107.045 contratos) caiu de 10,08% para a mínima de 9,98% (Broadcast).
Eventos da semana.
Está prevista para quarta-feira a votação da Reforma Trabalhista no plenário do Senado, mas segundo analistas políticos, deve ser adiada para a próxima semana.
Na 3ª feira, 04.07. serão divulgados dados da produção industrial de maio com previsão de estabilidade. Já a sexta-feira será o dia dos índices inflacionários com o IPCA de junho, expectativa de confirmação da tendência desinflacionária (-0,23%) e IGP-DI, expectativa de deflação de 0,85%).
Por fim, no cenário internacional, e ainda na sexta, há a expectativa de manutenção da taxa de desemprego em 4,3% no mercado de trabalho nos EUA, com a abertura de 181 mil vagas em junho, acima de maio com 138 mil.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 03.07.2017, elaborado por José Roberto dos Anjos, CNPI-P, e Wesley Bernabé, CNPI, Gerente de Pesquisa, ambos do BB Investimentos
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