Diário do Mercado na 6ª feira, 30.06.2017
Encerramento de mês, com bolsa praticamente no zero a zero
Resumo.
O dia fraco de eventos políticos e econômicos foi marcado por movimentos de ajustes nas carteiras para o fechamento do semestre. Ajustes suficientes, apenas, para manter a bolsa levemente no azul em junho, enquanto o dólar zerou os ganhos do mês.
Ibovespa.
O último pregão do semestre foi de alta, porém com volume fraco. Dada a ausência de eventos de relevância no campo interno, a bolsa acompanhou o mercado norte-americano, que teve na notícia de que os EUA pretendem reativar o Conselho Nacional Espacial, um impulso para a valorização de empresa do setor aeroespacial.
Ainda nos EUA houve a divulgação da alta na geração de renda pessoal acima do previsto: +0,4% contra 0,3%. Outro elemento a não ser desprezado é o fato de que em datas de fechamento de mês, e principalmente semestre, gestores de fundos aumentam o volume de compras para enquadrar a composição de suas carteiras aos respectivos benchmarks favorecendo o mercado acionário.
O Ibovespa fechou aos 62.899 pts (+1,06%), acumulando +0,30% no mês, +4,44% no ano e +22,07% em 12 meses. O setor financeiro foi o mais relevante para a alta do dia, contribuindo proporcionalmente com 0,36% (Bradesco com 0,16%). Ao todo, 49 papéis tiveram resultado positivo (30 acima do Ibov) e 10 papéis apresentaram desempenho negativo.
O giro da Bovespa foi especialmente fraco, totalizando R$ 3,881 bilhões (-36%), sendo R$ 3,813 bilhões no mercado à vista.
O fluxo estrangeiro na bolsa acumulou, até o dia 28, saída de R$ 1,26 bilhões. Para 2017 o acumulado é positivo em 30,34 bilhões.
Agenda Econômica.
Apesar de a taxa de desemprego do trimestre terminado em maio ser a mais alta desde 2012, quando comparada em iguais períodos, a mesma veio abaixo da expectativa, ou 13,3% contra 13,7%.
Câmbio e CDS.
A sessão de hoje para a divisa norte-americana foi de instabilidade e leve valorização de 0,21%, alcançando R$ 3,3108 no fechamento, próximo à máxima do dia. A mínima no dia foi de -0,53%. Interessante marcar que a valorização no mês foi nula. Diante da ausência de fatos econômicos o CDS brasileiro de 5 anos fechou no mesmo valor de ontem 242 pts do dia anterior.
Juros.
O mercado de juros, a exemplo da bolsa, também foi impactado pelo fechamento do semestre: os gestores puxaram a taxas para baixo com a consequente valorização de suas posições.
Adicionalmente, os agentes podem ter se antecipado ao movimento de compra de títulos que deve ocorrer na próxima semana, em função dos vencimentos e remuneraçao de títulos públicos a ocorrer na próxima segunda-feira, a saber: R$ 63 bilhões em LTN, R$ 17 bilhões de pagamento de cupom de NTN-F, R$ 11,2 bilhões de NTN-C e R$ 2,5 bilhões de pagamento de cupom de NTN-C. As quedas nas taxas foram concentradas no prazos médios e longos, os mais procurados para encarteiramento.
Eventos da semana.
Na próxima semana, 3ª feira, 04.06, será feriado do Dia da Independência nos EUA, cujos mercados ficarão fechados. Na 2ª feira, 03.07, aquele mercado funcionará apenas meio período, o que deverá deixar o fluxo baixo. Além disso, a semana terá indicadores econômicos de peso. Entre eles, o índice dos gerentes de compras (PMI) e o ISM, ambos da indústria, e o relatório de emprego (payroll).
Confira no anexo a integra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 30.06.2017, elabordo por José Roberto dos Anjos, CNPI-P, e Wesley Bernabé, CNPI, ambos do BB Investimentos
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