Diário do Mercado na 6ª feira, 12.05.2017
Agentes têm visão otimista sobre o Brasil e vão às compras. Ingresso de capital externo se fez notar. Zeragem de opções.
Resumo.
O índice doméstico engrenou o quarto pregão consecutivo de ganhos, apoiado no ingresso de capital externo, que veio com vigor. Neste momento, os investidores enxergam que existe uma clara percepção que as reformas propostas pelo governo serão aprovadas e que suas votaçães serão em breve.
O melhor humor nas bolsas no exterior, destacadamente na Europa, favoreceu o panorama doméstico.
Internamente, cada vez mais, o mercado enxerga que o Banco Central irá se valer de sua ploítica monetária para tentar incrementar o crescimento do País, visto que, também, a política fiscal está “travada” no curto prazo.
Assim, as apostas na antecipação do ciclo de afrouxamento monetário, com cortes mais agressivos da taxa básica de juros (Selic) prosseguiu se sobressaindo, neste momento.
Ibovespa.
Na Bovespa, foi dia de zeragem do vencimento de opções sobre ações. A alta de commodities, em especial do petróleo, ajudou a impulsionar o índice. A Petrobras foi o expoente do dia, favorecida também pelas considerações positivas dos analistas em relação ao seu balanço, divulgado na noite de ontem.
O Ibovespa terminou aos 68.221 pts (+1,01%). O preliminar giro financeiro da Bovespa foi superior a R$ 9,0 bilhões. No último dado disponível, o capital externo mostrou ingresso de R$ 221,738 milhões, no dia 10, acumulando saldo positivo R$ 471,712 milhões em maio. Em 2017, a entrada líquida aumentou para R$ 3,983 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o volume do setor de serviços variou -5,0% em março, ante -5,3% em fevereiro (revisto de -5,1%) – consenso em -3,8%. Nos EUA, a inflação ao consumidor (IPC) foi de 0,2% em abril (núcleo em 0,1%) e na comparação A/A fioi de 2,2%, versus 2,4% em março – consenso em 2,3% (núcleo em 1,9%).
Juros.
Mais um pregão de firme ajuste para baixo pelos agentes. Além de se preparar para um corte de 125 pts-base na taxa Selic na decisão do Banco Central em 31 de maio próximo, os agentes, neste momento, já enxergam um horizonte mais promissor para a antecipação do ciclo de afrouxamento monetário, visto que a perspectiva é de decaimento da inflação em direção a 3% até agosto e que a política fiscal não pode ser empregada de modo mais incisivo cno curto przao.
Ademais, já existem pensamentos que o juros ex-ante, que hoje circundam os 4,3% para o final de 2017, poderiam ficar abaixo de 4% neste ano - o que poderia levar a taxa Selic a ficar inferior a 8,00%. Enfim, a curva da estrutura a termo da taxa de juros caiu como um todo, com destaque, novamente, para a ponta mais curta.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial no Brasil acompanhou hoje, simplesmente, tanto seu comportamento no mercado internacional de moedas, como a queda doméstica da taxa de juros futuros.
A trajetória foi similar a de ontem: abriu decaindo pela manhã e na parte da tarde já ficou oscilando ao redor de sua cotação de fechamento, com curtas variações.
A divisa encerrou valendo R$ 3,1240 (-0,26%). Neste momento, o CDS Brazil 5 anos (CBIN) situa-se em 203 pts, versus 205 pts de ontem.
Para a 6ª feira.
No Brasil, Coleta de impostos, Atividade econômica, IGP-10, Confiança industrial, IPC FIPE- Semanal e IGP-M 2ª prévia; nos EUA, Construção de casas novas, Licenças p/construção, Produção industrial, Utilização da capacidade e Índice antecedente; na França, no Reino Unido e na zona do euro, IPC; no Japão, Produção industrial, PIB e Balança comercial; e na China, Vendas no varejo; Produção industrial e Investimento estrangeiro direto.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 12.05.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, Analista Sênior, e RAFAEL REIS, CNPI-P Analista, BB INVESTIMENTOS
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