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Investimentos

12 de Maio de 2017 as 01:05:02



INVESTIMENTOS PETROBRAS Resultados no 1º trimestre/2017: Robustos


PETROBRAS - Resultado do 1º trimestre de 2017
 
Mais um Trimestre Forte
 
 
Os resultados do primeiro trimestre da Petrobras foram fortes. A empresa superou o consenso Bloomberg de EBITDA em 6%, embora tenha trazido um lucro líquido 4% menor.
 
Os números foram influenciados principalmente pela maior eficiência nos campos do pré-sal, traduzidos em uma margem EBITDA de 37% (+1,8 p.p. t/t). As demonstrações financeiras vieram claramente mais leves, refletindo os recentes write-offs, e a DRE já não deve ser "poluída" por resultados não recorrentes. 
 
A geração de caixa continua forte: a Petrobras registrou um FCF de R$ 13,4 bilhões (+ 12% t/t), o que levou a dívida líquida/EBITDA para 3,2x (-0,3x t/t). Na conferência de imprensa, a administração reforçou que a meta de desalavancagem pode ser alcançada mais cedo do que o esperado, o que ainda consideramos uma tarefa difícil devido à complexidade dos desinvestimentos. Em resumo, acreditamos que as ações da empresa irão reagir positivamente.
 
 
Resultado operacional: feita a lição de casa... 
 
A receita líquida foi de R$ 68,4 bilhões, 3% inferior à do 4T16, principalmente devido à menor demanda de derivados de petróleo (vide resumo de comercialização na página 3). Por outro lado, os custos mais baixos de upstream compensaram tal redução. 
 
Assim, o lucro bruto atingiu R$ 23,8 bilhões, um aumento de 4% t/t. De modo geral, os números do primeiro trimestre parecem refletir os esforços da Petrobras no corte de custos e na melhoria da eficiência, além da implementação da política de preços no ano passado. 
 
Nesse sentido, o EBITDA atingiu recorde de R$ 25,3 bilhões (+2% t/t), com margem de 37%, o maior da história recente. 
 
O lucro líquido cresceu 79% t/t, para R$ 4,4 bilhões, devido a melhores resultados operacionais (vale a pena mencionar que a base de comparação é mais fraca e influenciada por eventos não recorrentes).
 
 
...mas o mercado está ajudando também. 
 
No caminho para a desalavancagem, a Petrobras registrou uma sólida geração de caixa (FCF) de R$ 13,4 bilhões (+12% t/t). A empresa também foi ajudada por melhores preços do petróleo no mercado interno e pela  crescente participação dos valores do pré-sal nos resultados globais. 
 
A dívida líquida em reais foi reduzida para R$ 301 bilhões, -4% t/t, favorecida pela depreciação do dólar norteamericano no período. Assim, a dívida líquida/EBITDA atingiu 3,2x. Em dólares, a dívida líquida ficou praticamente estável em USD 95 bn, -1% t/t.
 
 
Implicações para investimento: mantemos como Outperform. 
 
Os compromissos da Petrobras se baseiam em um único foco: a desalavancagem. Todas as decisões envolvem e convergem para este objetivo, desde o corte de custos e a redução do capex até a venda de ativos. 
 
Além disso, uma boa geração de caixa foi possível devido à maior e crescente  participação da produção de pré-sal nos resultados globais, o que se traduziu em preços mais altos para o petróleo no Brasil (+11% t/t), totalmente absorvidos desde que a nova política de preços começou. Do lado macro, o Real mais forte ajudou a manter a alavancagem da empresa em dólares estável.
 
Pelo que observamos neste trimestre, o EBITDA recorrente pode ficar ainda mais forte. Isso corrobora nossa expectativa de um número acima de R$ 100 bilhões em 2017 (com um viés ascendente, a menos que persista a recente queda nos preços do petróleo Brent). A geração de caixa continua forte, e a distribuição de dividendos é agora viável.
 
 
Apesar de nossa visão positiva sobre a empresa, e uma possível reação favorável na sessão de negociação de amanhã, os riscos não se dissiparam completamente. A longo prazo, a redução do capex (-18% t/t) levanta preocupações sobre o momento para a Petrobras atingir sua meta de produção. 
 
Ao mesmo tempo, este modelo de desalavancagem, em nossa opinião, conta fortemente com desinvestimentos. À medida que o tempo passa, mais barreiras e complexidade são colocadas à frente dessas iniciativas: após a conclusão das consideradas "mais fáceis", pode haver atraso na obtenção da meta de desalavancagem.
 
 
Mantemos recomendação de outperform e YE17 TP de R$ 18,70  para PETR3 e PETR4.
 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do resultado da PETROBRAS no 1º trimestre/2017, elaborado por WESLEY BERNABÉ, CNPI, Chefe de Pesquisa, e DANIEL COBUCCI, CNPI, Analista Senior, ambos do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: WESLEY BERNABÉ, CNPI, Head of Research, e DANIEL COBUCCI, CNPI, Senior Analyst, ambos do BB Investimentos





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