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Investimentos

03 de Maio de 2017 as 22:05:16



INVESTIMENTOS - RAIA DROGASIL Resultados no 1º trimestre/2017


Raia Drogasil - Resultado no 1º trimestre/2017
 
Mais um forte resultado, como esperado
 
 
A Raia Drogasil reportou um sólido resultado mais uma vez, em linha com as nossas expectativas tanto em vendas (+1,9% A/E) quanto em EBITDA (+1,7% A/E).
 
O bottom line, no entanto, veio 11,9% abaixo das nossas projeções, em razão de despesas com depreciação acima do estimado (+35% A/E), refletindo o ritmo acelerado de expansão da companhia.
 
Assim, consideramos os números divulgados no 1T17 como positivos. A Raia
Drogasil segue performando bem acima da média de mercado. Enquanto o top line da companhia expandiu 21,6% a/a no trimestre, o mercado de drogarias como um todo cresceu 12,6% a/a no mesmo período, de acordo com o IMS Health. 
 
No geral, continuamos otimistas em relação ao case de investimento da empresa e mantemos nossa recomendação de Outperform para RADL3, com um preço-alvo de R$ 70,60 para o final do ano. RADL3 está sendo negociada a 40,2x P/L e 21,7x EV/EBITDA para 2017 de acordo com as nossas estimativas, contra uma média histórica (últimos 5 anos) de 63,0x e 26,0x, respectivamente.
 
 
Desempenho impressionante do top line...
 
A receita bruta expandiu 21,6% a/a no trimestre (+1,9% A/E), com as vendas crescendo 20,4% na Raia Drogasil e 66,6% na 4Bio. Durante o 1T17, a companhia seguiu se beneficiando do aumento médio de 11,8% nos preços (o novo nível de aumento de preços de +4,8% só deve impactar os números da empresa do 2T17 em diante). Além disso, os destaques positivos no top line foram:
 
(i)   um robusto crescimento de 10,5% do SSS (mesmo frente à uma forte base comparativa de +16,0% do 1T16);
(ii)  o ritmo acelerado de abertura de novas lojas (+215 unidades nos últimos 12 meses);
(iii) ganhos de Market share (+2,2 p.p. a/a, para 12,6%) e (iv) o sólido desempenho de genéricos (+25,4% a/a) e medicamentos de marca (+24,2% a/a).
 
Vale ressaltar que produtos de perfumaria (HPC) cresceram abaixo da média das vendas em geral, cerca de 12,3% a/a, devido à forte base comparativa do 1T16 (+27,3% a/a), quando as vendas de repelentes foram impulsionadas pelo surto do Zika vírus.
 
Além disso, de acordo com o management, algumas categorias básicas de perfumaria têm desacelerado, com os consumidores preferindo comprar este tipo de produto em supermercados e atacarejos. 
 
 
…enquanto a rentabilidade seguiu forte.
 
A margem bruta venho em linha com o 1T16 e com as nossas estimativas, em 28,7%. A pressão proveniente de uma maior participação da 4Bio nas vendas em geral (medicamentos especiais têm margem bruta menor) foi completamente compensada por melhores condições comerciais e pelo efeito positivo do ajuste ao valor presente.  
 
A margem EBITDA, por sua vez, aumentou 0,2 p.p. no trimestre, para 7,5% (também em linha com as nossas projeções), beneficiada pela racionalização de despesas com vendas, relacionadas principalmente à otimização de custos pré-operacionais e de energia elétrica.
 
A companhia contabilizou R$ 2,2 mi em despesas não recorrentes referentes a alterações nas estimativas para contingências trabalhistas. Excluindo este efeito, a margem EBITDA ajustada veio em 7,6% (+0,1 p.p. a/a).
 
A margem líquida, por outro lado, reduziu 0,2 p.p. no trimestre, para 3,2% (-0.5 p.p. A/E), impactada pelo aumento das despesas financeiras líquidas (+71,5% a/a) e do imposto de renda (+36,5% a/a).
 
 
Endividamento e fluxo de caixa estáveis a/a.
 
A dívida bruta somou R$ 473 mi, uma elevação de 61,2% a/a em relação ao 1T16, considerando a recente emissão de R$ 300 mi em debêntures, valor que deve ser usado para fazer frente a eventuais necessidades de capital de giro.
 
Ainda assim, o nível de endividamento continuou estável em 0,3x dívida líquida/EBITDA, refletindo uma maior posição de caixa (+70% a/a) e uma maior geração de EBITDA nos últimos 12 meses.
 
Em relação à geração de fluxo de caixa livre, a mesma foi negativa em R$ 173 mi no 1T17, em linha com o 1T16, apesar do maior lucro líquido no trimestre (+17.0%), em decorrência da deterioração do capital de giro (+19,4% a/a) e da elevação do Capex (+36,6% a/a).
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do desempenho da RAIA DROGASIL no 1º trimestre/2017, elaborado por MARIA PAULA CANTUSIO, Analista Senior do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: MARIA PAULA CANTUSIO, Analista Senior do BB Investimentos





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