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Economia e Finanças

Quinta-Feira, Dia 13 de Abril de 2017 as 10:04:21



COPOM - Sem surpresas por ora [ Análise dos economistas do ItaúBBA ]


Copom: Sem surpresas por ora Abril 12, 2017
 
O Copom tomou uma decisão amplamente esperada, um corte de 1,00 p.p., levando a taxa Selic para 11,25% a.a.
 
O Copom tomou uma decisão amplamente esperada, um corte de 1,00 p.p., levando a taxa Selic para 11,25% a.a., sem viés, por unanimidade. O comunicado indica que, no momento, 1,00 p.p. é o ritmo preferido de flexibilização, e esperamos que o comitê repita o movimento em sua próxima reunião, em 30 e 31 de maio, e leve a Selic para 8,25% até o final do ano.
 
Teremos mais informações sobre o planos do Copom com a divulgação das atas da reunião na terça-feira, 18 de abril, às 08:00 horas de Brasília.
 
Para nós, o texto indica que os riscos para o cenário de taxa de juros são simétricos em torno de 1,00 p.p. O comitê pode optar por um ritmo ainda mais rápido caso a atividade econômica decepcione, e/ou as expectativas de inflação caiam fortemente; Inversamente, o Copom pode diminuir o ritmo se a atividade se recuperar mais rápido e/ou a reforma da previdência esbarrar em novos obstáculos.
 
 
Detalhes
 
No comunicado, o comitê avalia que, desde a última reunião, a atividade doméstica mostrou sinais que são consistentes com uma estabilização da economia no curto prazo. O Copom também considera que as evidências disponíveis sugerem uma recuperação gradual ao longo do ano.
 
Em relação à perspectiva global, o comitê reitera que o cenário permanece "bastante incerto", mas seus efeitos sobre a economia brasileira têm sido até agora mitigados. O Copom ressalta a incerteza quanto ao crescimento global e à sustentabilidade dos atuais níveis de preços das commodities.
 
O comitê avalia que a evolução da inflação se mantém favorável, com desinflação generalizada, incluindo os componentes mais sensíveis à política monetária (isto é, os preços dos serviços). Além disso, o comitê reforça que a desinflação dos preços dos alimentos constitui um choque de oferta favorável.
 
As expectativas de inflação de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central caíram para cerca de 4,1% para 2017, permaneceram em torno de 4,5% para 2018 e caíram abaixo desse patamar para 2019 e horizontes mais distantes (na medida em que os mercados começaram a acreditar que o governo reduzirá a meta de inflação).
 
Com relação às próprias projeções do Copom, a inflação no cenário de mercado é de cerca de 4,1% para 2017 e permaneceu em torno de 4,5% para 2018, com as taxas de juros chegando a 8,5% ao final de 2017 e ficando lá até o final de 2018.
 
O cenário subjacente do comitê identifica riscos positivos e negativos: as perspectivas globais altamente incertas podem dificultar o processo de desinflação; a aprovação e implementação de reformas fiscais terão impacto na persistência da desinflação e na redução da taxa de juros estrutural; o choque favorável dos preços dos alimentos poderia produzir efeitos de segunda ordem e, assim, contribuir para novos declínios nas expectativas de inflação e na taxa de inflação de outras áreas da economia.
 
Finalmente, a recuperação da atividade econômica pode ir para ambos os lados, podendo ser mais (ou menos) gradual e lenta do que o previsto.
 
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e outras informações, a comitê decidiu reduzir a Selic em 1,00 p.p., acelerando o ritmo cortes de forma moderada. Este movimento é considerado adequado, "no momento" - o que sugere que não podemos considerar 1,00 p.p. como um ritmo que vai continuar durante muito tempo.
 
O texto também repete que a extensão do ciclo dependerá das estimativas da "taxa de juros estrutural" da economia brasileira, que continuarão sendo reavaliadas pelo Copom ao longo do tempo, mas também da evolução da atividade econômica, dos outros fatores de risco mencionados acima, e das projeções e expectativas de inflação.
 
O comitê observa que o ritmo de flexibilização monetária dependerá da extensão do ciclo pretendido e do grau de sua antecipação prévia, que por sua vez dependerá da evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco mencionados acima e das projeções e expectativas de inflação. Embora o Copom considere que o ritmo atual (1 p.p.) seja adequado, a atual conjuntura econômica recomenda monitorar a evolução dos determinantes do grau de antecipação do ciclo.
 
Esta afirmação sugere que o próximo movimento do comitê será de um corte de 1 p.p. em maio, exceto por surpresas, em qualquer direção, dos fatores de risco frequentemente citados. Acreditamos que deste ponto em diante, com riscos de queda da atividade parcialmente mitigados por um resultado positivo do PIB no 1T17, o Copom voltará a um ritmo mais lento, de 0,75 p.p.
 
Teremos mais informações sobre o raciocínio por trás da decisão do Copom com a divulgação da ata na terça-feira, 18 de abril.


Fonte: AGENCIA BRASIL





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