BB-BI - Renda Fixa - Debêntures no Mercado Secundário - 02-03-2017
Tendência de alta ganha força, mas expectativas com FOMC podem alterar o cenário
O mercado doméstico vem registrando sucessivos recuos de yield nas principais referências de juros – como as estruturas de DI futuro, NTN-B e bonds soberanos –, em linha com um consistente abrandamento do prêmio de risco-país, medido pelo CDS Brasil de 5 anos.
A formação das taxas de juros no País, portanto, passa a assimilar novos patamares de remuneração, embora ainda permaneçam em níveis internacionalmente elevados.
Neste contexto, cabe destacar que as debêntures monitoradas também repercutiram esta tendência, apresentando 38 ativos em variação positiva de preço (em média conjunta de 0,3% na última semana) e apenas um em queda.
Contudo, nesta virada de mês, o mercado assiste a um intenso aumento das expectativas de elevação do juro norte-americano, a ser discutida na próxima reunião do FOMC agendada para 15/03/2017 – que se reflete em expressivos 90% de probabilidade de alta, implícita nos Fed Funds neste momento.
Como perspectiva, importa salientar que os ativos brasileiros, de modo geral, tendem a assimilar os reflexos destas expectativas e podem se desvalorizar nas próximas semanas, seguindo os movimentos de flight to quality do fluxo financeiro internacional ao mercado norte-americano, juntamente com uma apreciação do dólar em âmbito global.
O movimento já se observa na Bolsa, em padrões de reversão gráfica do Ibovespa, assim como no mercado de DI futuro, com aumento de posições vendidas ao final do pregão de hoje, e poderá se desdobrar em outros segmentos da renda fixa, arrefecendo a atual força altista das debêntures monitoradas.
Confira no anexo o relatório analítico sobre o comportamento do Mercado Secundário de Debêntures, elaborado por Renato Odo, CNPI-P José Roberto dos Anjos, CNPI-P, ambos do BB Investimentos