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Economia e Finanças

25 de Fevereiro de 2017 as 07:02:00



CENÁRIO ECONÔMICO - Superávit primário acima do estimado [ItaúBBA]


Superávit primário acima do estimado em janeiro
 
No governo central, o principal destaque foi o reduzido gasto com despesas discricionárias.
 
 
O setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 36,7 bilhões em janeiro, acima da nossa projeção (R$ 27,0 bi) e do consenso de mercado (R$ 18,8 bi).
 
Em 12 meses, o déficit primário consolidado recuou para 2,3% do PIB (de 2,5% do PIB em dezembro de 2016). Tanto o governo central (R$ 26,3 bi) quanto os governos regionais (R$10,8 bi) obtiveram superávit acima do esperado, enquanto as empresas estatais registraram déficit de R$ 384 milhões.
 
No governo central, o principal destaque foi o reduzido gasto com despesas discricionárias. A principal contribuição para a baixa execução de despesas discricionárias parece ter vindo do pagamento elevado de restos a pagar ao final do ano passado, inclusive de despesas que normalmente seriam efetuadas em janeiro deste ano.
 
O déficit nominal diminuiu de 9,0% para 8,5% do PIB no acumulado dos últimos 12 meses. No entanto, excluindo o ganho/perda do Banco Central com swaps cambiais, o déficit nominal encontra-se no elevado nível de 10% do PIB, o que reforça a necessidade de reformas (principalmente da previdência) para reverter a tendência estrutural de deterioração fiscal.
 
Superavit acima das expectativas
 
O governo central teve superávit de R$ 19,0 bilhões em janeiro na metodologia do Tesouro Nacional, melhor que a nossa estimativa (R$ 2,0 bi) e a do mercado (R$ 9,4 bi). No acumulado em 12 meses, o déficit primário do governo central diminuiu de 2,5% do PIB em dezembro para 2,4% do PIB em janeiro.
 
As receitas vieram R$ 2 bi acima do que esperávamos, enquanto as despesas foram R$ 15 bilhões abaixo da nossa estimativa (ver tabela abaixo). O desvio nos gastos refletiu principalmente menores despesas discricionárias (investimentos, custeio) no mês, por conta de ajuste fiscal em curso e menores pagamentos de despesas em atraso.
 
De acordo com o Tesouro Nacional, o baixo gasto com despesas discricionárias em janeiro é
 
“fruto do processo de organização das contas públicas realizado em 2016, que resultou em menor pressão fiscal para janeiro de 2017”.
 
De fato, o Tesouro realizou diversos pagamentos em atraso em dezembro do ano passado, abrindo espaço para menores gastos no começo deste ano (ver gráfico no anexo).
 
Os governos regionais tiveram um superávit de R$ 10,8 bilhões em janeiro, acima das expectativas (nossa estimativa: R$ 5,5 bilhões). Assim, o resultado dos governos regionais começa 2017 com um superávit de 0,2% do PIB (ver gráfico).
 
 
Juros alcançam 6,1% do PIB
 
As despesas de juros e o déficit nominal diminuíram em janeiro, mas continuam em patamares elevados. No acumulado em 12 meses, as despesas de juros recuaram de 6,5% para 6,1% do PIB entre dezembro e janeiro, refletindo o aumento dos ganhos com os swaps cambiais de 1,2% para 1,5% do PIB.
 
O déficit nominal recuou de 9,0% para 8,5% do PIB no mesmo período, permanecendo em níveis que pressionam a dívida pública. Excluindo o resultado financeiro dos swaps cambiais, o déficit nominal encontra-se em 10% do PIB.      
 
 
Dívida Pública sobe a 69,7%
 
A dívida pública apresentou dinâmica relativamente estável no mês, mas tendência continua desfavorável (ver gráfico no anexo). A dívida bruta do governo geral apresentou leve alta de 69,6% para 69,7% do PIB em janeiro, enquanto a dívida líquida atingiu 46,4% do PIB (ante 46,0% em dezembro). 
 
A reforma da previdência, se aprovada, será fundamental para a dinâmica de dívida pública, pois, além de reverter a tendência de alta do gasto com previdência, pode gerar as condições necessárias para a queda estrutural dos juros e retomada da atividade econômica.


Fonte: André Matcin, economista cenarista do ITAÚ BBA





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