SUZANO - Resultado 4º Trimestre/2016
Redução do custo caixa e números fortes
Gabriela E Cortez, CNPI
e Victor Penna, CNPI
Apesar de alguns aspectos negativos no segmento durante 2016, a Suzano conseguiu apresentar números fortes no período, concluindo o ano com resultado positivo e melhores perspectivas para 2017.
Os efeitos da mudança de estratégia anunciada recentemente foram ilustrados pela redução do custo caixa que ficou em BRL 570/t no trimestre. Ambos os segmentos, celulose e papel, apresentaram melhoras e a alavancagem da empresa se manteve em níveis confortáveis.
O ponto negativo ficou com os preços realizados de celulose e a variação cambial.
Celulose: preços mais baixos compensados por maior volume de vendas.
As vendas de celulose chegaram a 957 mil toneladas, um aumento de 29,3% a/a e 26,6% t/t, marcando um novo recorde para a companhia no período. As receitas totalizaram BRL 1.519 mm (+25,4% t/t e -10,8% a/a), com a Ásia representando 47% do total (ante 38% no trimestre anterior).
Por outro lado, o preço médio realizado da celulose ficou em BRL 1.586/t, uma queda de 31% a/a e 1% t/t devido a menores preços de mercado e um Real mais forte. O custo-caixa veio em BRL 570/t no 4T16, menor 10,5% t/t e 19,3% a/a. A redução foi resultado de menores custos com madeira e menor distância média entre florestas e fábricas.
Em 2016, as vendas de celulose cresceram 7,3% comparado a 2015, para 3,5MT, enquanto os preços médios ficaram em BRL 1.740/t, menor 13,3% a/a. Entretanto, a receita líquida encolheu 7.0% comparado ao ano passado, em BRL 6.142 mm, impactada por um preço mais baixo de celulose. O custo-caixa fechou em BRL 623/t (-3% a/a) em razão da redução de custos com madeira, em parte contrabalanceado por maior preço de insumos em dólar americano, menor diluição de custos fixos e menor volume de energia exportada.
Papel: recuperação gradual.
A Suzano vendeu 317 mil toneladas no período, -3,1% a/a, mas +2,4% t/t refletindo as exportações mais fortes na base comparativa. Todavia, o EBITDA no segmento subiu 3,9% a/a, para BRL 252 mm.
Em 2016, as vendas somaram 1,2MT, queda de 2,8% comparado a 2015. Os preços médios realizados foram fortemente afetados pela variação cambial e caíram 18,6% a/a, contra uma queda de 5%, no mesmo período, para o preço em dólar. O EBITDA somou BRL 1.160 mm, alta de 22,7% a/a, como resultado de aumento de preços e menores custos e despesas.
Confira no anexo a íntegra do relatóriod de análise dos resultados da SUZANO no 4º trimestre/2016, elaborado por GABRIELA E. CORTEZ., CNPI, Analista Senior e VICTOR PENNA, CNPI, Analista-chefe