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Investimentos

Segunda-Feira, Dia 06 de Fevereiro de 2017 as 16:02:33



INVESTIMENTO - Setor de Varejo & Bens de Consumo - Desempenho das Ações das Empresas na Bolsa


Varejo & Bens de Consumo - Relatório Setorial - Janeiro 2017
 
Queda da Selic define o Tom na Bolsa de Valores
 
Em janeiro, o Ibovespa valorizou 7,0% m/m, na parte de trás (i) o maior influxo de capital estrangeiro na bolsa no mês (acima de R$ 6 bilhões) e (ii) a decisão do Banco Central do Brasil para reduzir a taxa Selic em 75 pontos base, para 13,0%, acima das expectativas do mercado.
 
Embora a queda da taxa de juros é positiva para o segmento de varejo, ele foi parcialmente compensado pelos dados negativos relacionados com o desempenho de vendas.
 
De acordo com a Serasa Experian, a atividade de varejo contraiu-se em 6,6% no volume ao longo de 2016, em comparação a 2015, representando o pior desempenho em 16 anos. Neste sentido, apenas seis participantes do segmento de varejo superaram a variação do Ibovespa em janeiro, em especial empresas com níveis de alavancagem mais elevados ou mais dependentes de crédito.
 
No segmento de bens duráveis, MGlu3 (+ 20,6%) e BTOW3 (+ 17,6%) apreciaram-se acima do Ibovespa. Em ambas as empresas, a aceleração das vendas é altamente dependente da disponibilidade de crédito e nível de taxa de juros.
 
Além delas, na B2W, o nível de endividamento atingiu 3,2x Dívida Líquida / EBITDA no 3º trimestre/2016 e a queda da Selic deve reduzir a pressão sobre as despesas financeiras.
 
No caso da LAME4 (-1,4%), por outro lado, houve desvalorização durante o mês, apesar de alta alavancagem (2,4x no 3Q16), em razão de notícias relacionadas a um aumento de capital de R$ 500 milhões, para R$ 2,0 mil milhões, não ter sido bem recebido pelo mercado. Essa medida irá diluir acionistas minoritários e ainda não se sabe se essa receita será aplicada em novas aquisições ou no mero aumento de capital da B2W.
 
Esperava-se que a VVAR11 (-16,6%) fôsse beneficiar-se a queda dos juros SELIC em Janeiro 2016, mas dois fatos negativos pressionaram as ações ao longo do mês de janeiro: (i) o desempenho das vendas abaixo do esperado no 3º trimestre/2016 (-0,7% y/y) e (ii) a alta pressão de vendas de ações realizadas pelos grandes investidores.
 
PCAR4 (+ 5,8%) apresentou resultados bem recebidos pelos investidores, referentes ao 4º trimestre/2016,  (+12,1% em Multivarejo), mas não o suficiente para superar a valorização do Ibovespa.
 
A queda Selic foi boa notícia para varejistas de vestuário, segmento que tem sido profundamente pressionado pelo cenário macroeconômico, com expansão de 11,0% no volume de vendas.  LLIS3 (+ 28,2%) foi a mais beneficiada, considerado seu alto nível de endividamento de 3,3x Dívida Líquida / EBITDA no 3Trim16. Do mesmo modo a GUAR3 (+ 12,2%), que alcançou 2,0x alavancagem no mesmo período.
 
ARZZ3 (+ 16,1%) também teve o desempenho das ações empurrado para cima, apesar da posição de alavancagem mais confortável ​​(0,7x Caixa Líquido / EBITDA no 3Q16), após três meses de desempenho negativo.
 
AMAR3 (+ 6,4%), GRND3 (+ 5,3%), ALPA4 (+ 3,8%), LREN3 (+ 3,1%) e HGTX3 (+ 2,5%), por outro lado, ficou aquém Ibovespa, refletindo o cenário ainda difícil para o segmento de vestuário. Exceto para AMAR3, todas as outras empresas apresentam níveis de alavancagem confortáveis, levando a um efeito limitado da queda da taxa Selic.
 
Em fevereiro, os varejistas darão início à divulgação dos resultados do 4º Trimestre/2016, começando com Lojas Renner (09.02), seguida por CVC (15.02), a Grendene (16.02), Raia Drogasil (16.02), a Hypermarcas (17.02), Magazine Luiza (20.02), Natura (22.02) Via Varejo (22.02), a Cia Hering (23.02), Pão de Açúcar (23.02) e Lojas Marisa (23.02).
 
O cenário macroeconómico ainda pressionados vendas no segmento de varejo durante 4º Trim/2016 e resultados das empresas devem refletir essa mesma tendência. Ademais, em nosso universo de cobertura, as perspectivas se apresentam positivas para a Magazine Luiza, Hypermarcas e Raia Drogasil.
 
Em nosso portfólio Top Picks para carteira de ações sugerida para fevereiro/2017, nós mantivemos ambas, tanto a VVAR11 quanto a PCAR4, consideradas expectativas positivas relacionadas com a venda das operaões da Via Varejo.
 
Não são muito encorajadoras as  primeiras  prospecções relacionadas com performance do Varejo em 2017. A despeito das expectativas positivas sobre a inflação e as taxa Selic até o fim de 2017 (4,7% e 9,5%, respectivemente, de acordo com o Boletim Focus), as previsões para o mercado de trabalho e para o desempenho das vendas a retalho, não são otimistas.
 
Em dezembro, a taxa de desemprego atingiu 12,0%, segundo o IBGE, e a OIT Organização Internacional do Trabalho prevê um aumento de 50 bps até o final de 2017.
 
De acordo com a AC-SP Associação Comercial do Estado de SãoPaulo, o varejo poderá ter se retraído 6,3% no volume em 2016. Os últimos dados publicados pelo IBGE referem-se a novembro e apontam uma contração de 4,6% nos doze meses até então. E o IBGE  também projeta retração de 5,0% no Varejo no 1º semestre/2017, estimando que a recuperação nas vendas deverá ocorrer apenas a partir do 2º semestre/2017.
 
Segundo a consultoria GS&MD, segmento de varejo deverá expandir algo entre 2% e 3% em 2017 na totalidade de seus setores. As previsões positivas estão relacionadas apenas para o canal e-commerce, que deverá ampliar vendas em 10% a 15%, de acordo com  a  consultoria Ebit.
 
 
Confira no anexo o relatório na íntegra VAREJO & BENS DE CONSUMO - Relatório Setorial - Jan/2017, elaborado por Maria Paula Cantusio, CNPI Senior Analyst; e  Victor Penna, CNPI Chief-Analyst do BB Investimento
 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Maria Paula Cantusio, CNPI Senior Analyst; e Victor Penna, CNPI Chief-Analyst do BB Investimento





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