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Investimentos

Sábado, Dia 07 de Janeiro de 2017 as 22:15:23



INVESTIMENTOS - O Mercado na 6ª feira: Ibovespa cai 0,65%, Dólar sobe a R$3,219


Diário do Mercado na 6ª feira, 06.01.2017
 
Payroll e dirigentes do Fed reforçam ideia de mercado de trabalho firme nos EUA e esfriam apetite por risco
 
Hamilton Moreira Alves, CNPI - T e
Rafael Reis, CNPI - P, do BB Investimentos
 
 
Resumo do dia. 
 
A sessão da 6ª feira foi marcada pela elevação da cautela. Com a divulgação do payroll (criação de vagas na economia) – indicador proeminente da economia norte-americana – que denotou continuidade da saúde do mercado de trabalho, bem como, com discursos de membros do Fed ao longo do dia, elevou-se o viés de movimentos que ensejam aperto monetário em ritmo mais acelerado na maior economia do mundo.
 
No Brasil, as apostas quanto a um maior corte na Selic, vistas ontem, perderam tração após dado adverso do IGP-DI e também pelos movimentos no exterior.
 
 
Mercado de Ações. 
 
Refletindo o incremento na aversão ao risco evidenciado pelo clima de maior viés de constrição monetária nos EUA, o Ibovespa operou em queda, e findou aos 61.665 pontos (-0,65%), com o giro financeiro da bolsa totalizando R$ 5,25 bilhões, sendo o volume à vista de R$ 4,91 bilhões.
 
A performance negativa do benchmark da bolsa brasileira foi influenciada majoritariamente pela queda das ações da Vale (VALE5: R$ 24,11; -2,66%; VALE3: R$ 25,97; -2,66%), com rumores sobre uma possível venda das ações da companhia por um significativo acionista. 
 
 
Agenda Econômica. 
 
Dividindo com a Ata do Fed o status de dado mais relevante da semana, o payroll mostrou a criação de 156 mil vagas na economia norte -americana no mês de dezembro.
 
Ainda que abaixo do estimado pelo mercado, cujas projeções apontavam para 175 mil, os dados revisado s de novembro e outubro trouxeram compensação, ao saí rem de 178 mil para 204 mil, e de 142 mil para 135 mil postos gerados, respectivamente, e consolidaram a leitura do período denotando um sólido mercado de trabalho na maior economia do mundo.
 
Além disso, destacou -se o crescimento do ganho médio por hora trabalhada, que avançou 0,39% em dezembro, acima das projeções (0,3%) e marcando no comparativo 2016/2015 uma alta de 2,9% – o maior crescimento marginal deste 2009.
 
O payroll de fato não surpreendeu, mas, ajudou a consolidar a visão de um mercado de trabalho nos EUA em pleno emprego , visto que a taxa de desemprego de dezembro foi de 4,7% em dezembro, versus 4,6% em novembro, em linha com as estimativas, bem como, cada vez mais a massa salarial e renda tem sido capazes de gerar salutares níveis inflacionários.
 
FED - Na sequência, discursos de Kaplan do Fed de Dallas e de Lacker do Fed de Richmond ganharam destaque. Enquanto o primeiro salientou o otimismo com a economia, mas, sem deixar de mencionar que considera prudentes novas elevações dos juros por lá, transpareceu que outros membros do comitê divergem quanto ao ritmo de tais movimentos devido às crescentes incertezas com o governo Trump.
 
Já o segundo foi mais duro e disse considerar adequados níveis de juros mais elevados do que os atuais devido aos prognósticos econômicos que apontam para um crescimento ainda mais pujante em um futuro próximo.
 
IGP-DI acima do esperado - No Brasil, a inflação medida pelo IGP-DI (FGV) variou 0,83% em dezembro. O dado surpreendeu negativamente o mercado ao exceder inclusive o teto do consenso das projeções, cuja mediana apontava para 0,67%.
 
Na decomposição do indicador, verificou -se que o principal protagonista do avanço foi o índice de preços ao atacado (IPA -DI), que inverteu de ligeira queda de 0,01% em novembro e marcou forte avanço a +1,10% em dezembro.
 
Corte na Selic - Na leitura consolidada do dia, que trouxe a elevação das incertezas no mercado internacional, o indicador ajudou a esfriar as apostas em um corte mais agressivo na taxa Selic na próxima reunião – apostas estas que elevaram -se na véspera, com o fraco dado da produção industrial.
 
Continuamos sustentando nossa projeção de um corte de 50 pontos-base na próxima reunião do Copom, cujo término dar -se -á na próxima 4ª feira dia 11.
 
 
Juros. 
 
O payroll, que indicou firmeza do mercado de trabalho dos EUA, aliado a discursos de Kaplan e Lacker do Fed à tarde – com este último reiterando o tom hawkish do dia (restritivo) – levou os Treasuries a subir, por conseguinte, influenciando a curva de juros brasileira. Aliado aos eventos citados, a divulgação do IGP-DI acima do consenso também serviu de catalisador para a alta da maioria dos vencimentos ao longo da estrutura a termo da curva de juros, que corrigiram parte da retração observada no dia anterior. 
 
 
Dólar e CDS. 
 
O dólar interrompeu a sequência de quedas, na esteira da elevação da aversão ao risco e ideia de ritmo mais vigoroso de elevações de juros nos EUA. Ao término das negociações, a divisa findou aos R$ 3,2190 (+0,59%), acumulando -1,01% na semana (no mês e no ano) e -19,67% em 12 meses.
 
Já o CDS (Credit Default Swap) brasileiro de 5 anos (CBIN), fechou aos 259 pts, praticamente estável em relação aos 258 pontos da véspera.
 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 07.01.2017, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI - T Rafael Reis, CNPI - P, do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Hamilton Moreira Alves, CNPI - T Rafael Reis, CNPI - P, do BB Investimentos





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