Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Economia e Finanças

13 de Dezembro de 2016 as 15:12:05



COPOM prepara terreno para cortes maiores da SELIC a partir de janeiro


Copom: preparando o terreno para corte de juros maiores 
 
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, por unanimidade, realizar outro corte de juros de 0,25 p.p., levando a taxa Selic para 13,75%.
 
 
O COPOM Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu por unanimidade na semana passada, realizar outro corte de juros de 0,25 p.p., reduzindo a taxa Selic para 13,75%.
 
O comunicado que acompanhou a decisão deixa as portas abertas para uma aceleração do ritmo de corte para 0,50 p.p. (que é o nosso cenário base), mas não se compromete a realiza-lo.
 
Acreditamos que a atividade econômica fraca seguirá contribuindo com a queda da inflação e, desde que o ambiente externo não se torne mais incerto, isso deve deixar o comitê mais confortável em acelerar o ritmo da flexibilização monetária.
 
A divulgação da ata da decisão na próxima 3ª feira, 13.12, irá trazer mais informações sobre os próximos passos do Copom. Depois disso, o Relatório de Inflação do quarto trimestre irá também trazer informações relevantes sobre as perspectivas de política monetária.
 
 
Detalhes
 
No comunicado, o comitê avalia que a atividade doméstica tem sido mais fraca do que o esperado no curto prazo e observa que isso tem induzido a projeções mais baixas para o crescimento do PIB em 2016 e em 2017. O comitê conclui que a recuperação pode ser mais demorada e gradual do que o antecipado.
 
Os membros do Copom observam que o ambiente externo é "especialmente incerto", graças, a nosso ver, às consequências da surpresa nas eleições presidenciais americanas. O comitê tem dúvidas se o ambiente externo permanecerá benigno, e atribui alta probabilidade a uma retomada da normalização da política monetária nos EUA.
 
Com um tom mais dovish, o Copom avalia que a inflação surpreendeu favoravelmente, devido à queda dos preços dos alimentos, mas que a desinflação se tornou mais difundida. Em outra atualização factual, os membros reconhecem que as expectativas de inflação para 2017 caíram de 5,0% para 4,9%, enquanto as de 2018 e mais além já se encontram na meta de 4,5%.
 
As projeções de inflação do comitê foram afetadas por fatores em direções opostas (para cima, devido à depreciação cambial e para baixo, em função da atividade, da inflação corrente e das expectativas de inflação). Para 2017, as projeções se encontram em 4,4% e 4,7% nos cenários de referência e de mercado, respectivamente (4,3% e 4,9% na reunião de outubro). Para 2018, a projeção se encontra em torno de 3,6% no cenário de referência e 4,6% no de mercado (3,9% e 4,7% na reunião anterior, respectivamente). Estas projeções parecem ser consistentes com os juros no fim de 2017 perto de 11% - projetamos a taxa Selic em 10% no fim do próximo ano.
 
Os riscos em torno dessas projeções de inflação estão equilibrados. Para o lado negativo, o Comitê citou (i) o possível fim do interregno benigno para as economias emergentes; (i) sinais de que a pausa na desinflação de "alguns" componentes do IPCA persista; (ii) incerteza quanto à aprovação e implementação das reformas necessárias (leia fiscal). Desta forma, o Copom reduziu suas preocupações com os esforços do governo para aprovar as reformas (até então bem-sucedidos), e ao mesmo tempo elevou aquelas com relação ao ambiente externo. No lado positivo, (iv) a atividade mais fraca e um hiato maior podem levar a uma desinflação mais rápida; (v) inflação de curto prazo mais favorável pode sinalizar um processo menos persistente; e (vi) o ajuste necessário pode ser mais rápido do que o previsto.
 
A convergência da inflação para a meta em 2017 e 2018 é considerada consistente com uma flexibilização "gradual" – e não mais "moderada e gradual", sugerindo um ciclo potencialmente maior do que o inicialmente previsto.
 
A magnitude da flexibilização monetária e, o que é mais interessante, a intensificação do seu ritmo dependerão das projeções e expectativas de inflação e da evolução dos fatores de risco mencionados.
 
O Copom ressalta que o ritmo de desinflação sugerido nas suas projeções pode se intensificar caso a recuperação econômica seja mais demorada e gradual do que o esperado - vale notar que o comitê projetava um crescimento do PIB de 1,3% em 2017 no Relatório de Inflação de setembro. O Copom acrescenta que essa desinflação maior depende de um ambiente externo adequado.
 
 
Expectativa de Corte de 0,5% em Janeiro
 
Acreditamos que, sem uma forte surpresa positiva na atividade, o Copom irá acelerar o ritmo de flexibilização monetária, cortando a taxa Selic em 0,50 p.p. para 13,25% na reunião de janeiro, desde que não ocorra uma volatilidade adicional nos mercados globais.
 
 
 


Fonte: ITAÚ BBA Análises Econômicas





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
BANCO CENTRAL suspende Medidas Contra Devedores do RS por 90 dias 07/05/2024
BANCO CENTRAL suspende Medidas Contra Devedores do RS por 90 dias
 
ENCHENTES no RS podem levar Brasil a importar Arroz e Feijão, diz LULA 07/05/2024
ENCHENTES no RS podem levar Brasil a importar Arroz e Feijão, diz LULA
 
FARIALIMERS reduzem Projeção de Inflação e estimam Crescimento do PIB 06/05/2024
FARIALIMERS reduzem Projeção de Inflação e estimam Crescimento do PIB
 
DIA DAS MÃES - Bares e Restaurantes esperam aumento de 20% nas vendas 04/05/2024
DIA DAS MÃES - Bares e Restaurantes esperam aumento de 20% nas vendas
 
DÓLAR recua 0,85% em 06.05; e IBOVESPA sobe 1,09% a 128509 pts 04/05/2024
DÓLAR recua 0,85% em 06.05; e IBOVESPA sobe 1,09% a 128509 pts
 
PETROBRAS aumenta em 2,8% preço de Querosene de Aviação 02/05/2024
PETROBRAS aumenta em 2,8% preço de Querosene de Aviação
 
INSS começa a pagar 13º antecipado a quem recebe acima do mínimo 02/05/2024
INSS começa a pagar 13º antecipado a quem recebe acima do mínimo
 
DÍVIDA PÚBLICA sobe 0,65% em março e ultrapassa R$ 6,6 Trilhões 30/04/2024
DÍVIDA PÚBLICA sobe 0,65% em março e ultrapassa R$ 6,6 Trilhões
 
DÓLAR sobe 1,52% a R$ 5,193, em 30.04, e IBOVESPA cai 1,12% a 125.924 pts 30/04/2024
DÓLAR sobe 1,52% a R$ 5,193, em 30.04, e IBOVESPA cai 1,12% a 125.924 pts
 
EMPREGOS com Carteira Assinada batem Recorde 28/04/2024
EMPREGOS com Carteira Assinada batem Recorde
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites