Diário do Mercado na 6ª fera, 18.11.2016
Pregão errático terminou descolado dos mercados de Nova York, mas, incertezas no front externo permaneceram.
Os mercado acionários findaram a semana majoritariamente sem viés, em uma sessão de ajustes de posições com realização de lucros em companhias com altas recentes e demanda por aquelas defasadas.
O dia trouxe poucas novidades, com os agentes cautelosos, repensando ainda suas apostas quanto à política monetária norte-americana, passível talvez de aperto maior do que o previsto por conta da eleição de Donald Trump e suas declarações que induziram a percepção nos agentes de uma política cujas expectativas projetam viés eminentemente expansionista.
O Ibovespa denotou uma trajetória errática ao longo do pregão de hoje e quando parecia que terminaria em baixa, reagiu e firmou-se em campo positivo após às 15h30min. Enfim, neste panorama global, o índice brasileiro encerrou abaixo dos 60 mil pts, aos 59.961 pts, mas, com ganho de 0,62%, acumulando 1,31% na semana, -7,64% no mês, +38,82% no ano e 26,41% em 12 meses. As positivas ações da Petrobras e do setor de bancos se contrapuseram aos papéis da Vale, que foram destaque de baixa refletindo a queda da cotação do minério de ferro no mercado internacional.
Recursos Externos na Bolsa
O giro financeiro total da Bovespa foi de R$7,30 bilhões, com o mercado à vista somando R$6,92 bilhões. No último dado disponível, em 16 de novembro, houve entrada líquida de capital externo de R$ 51,12 milhões, reduzindo a saída no mês para R$2,86 bi e subindo o saldo acumulado no ano para R$14,65 bilhões.
Agenda Econômica
Na agenda econômica (pg.3 do relatório anexo), domesticamente, a segunda prévia do IGP-M (FGV) de novembro mostrou variação de +0,02%, desacelerando ante +0,16% medido em outubro – consenso em -0,05%. Na decomposição do indicador, seus três subíndices assim variaram ante o mês anterior: O IPA-M caiu 0,08% (+0,19% antes), enquanto o IPC-M acelerou a +0,27% (+0,08% antes) e o INCC-M ficou em +0,13% (+0,12% antes).
Ainda no Brasil, a confiança do Empresário Industrial (CNI), após apresentar 5 altas em sequência agora já registrou o segundo mês consecutivo de arrefecimento. Apesar do recuo de 0,6 pontos no mês, que levou o Índice a 51,6 pontos, a leitura ainda denota confiança, ao orbitar valores acima de 50, segundo metodologia do indicador. Na decomposição por porte de empresas, no entanto, a confiança industrial apresenta interessante dinâmica: as pequenas empresas registraram 48,7 pontos (sendo as únicas abaixo do limiar de 50 pontos), enquanto as médias ficaram com 51,0 pts, e por fim as grandes marcaram 53,5 pts.
Juros
No mercado de juros, o dia foi de recuo ao longo da totalidade da curva futura de juros. Ainda que à tarde o rendimento dos treasuries norteamericanos tenha avançado. Por aqui, o recuo do dólar ajudou a manter o viés de baixa dos juros domésticos.
Câmbio
No mercado de câmbio (interbancário), com a atuação do Bacen nos leilões de swap cambiais tradicionais, o dólar norte-americano emplacou o segundo dia de baixa perante o real, ficando inferior agora ao patamar de R$3,40. A divisa fechou em R$ 3,3860 (-0,91%), variando -0,41% na semana e acumulando -7,64% no mês, +38,32% no ano e 26,41% em 12 meses. O CDS (Credit Default Swap) brasileiro de 5 anos (CBIN) subiu a 312 pontos, versus 310 pts da véspera e 302 de uma semana atrás.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6a feira, 18.11.2016, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI-T Rafael Freda Reis, CNPI-P
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