Diário de Mercado na 4ª feira, 24.08.2016
Cautela permaneceu sendo a tônica, no aguardo de sinalizações do Fed.
Domesticamente, notícias positivas
Hamilton Moreira Alves, CNPI-T
e Rafael Freda Reis, CNPI
Estiveram no radar dos agentes nesta 4ª feira, 25.08:
i) números com viés positivo divulgados domesticamente
ii) manutenção de cautela no exterior, no aguardo de sinalizações da política monetária norte-americana e
iii) queda do petróleo, após divulgação dos estoques nos EUA.
O Ibovespa fechou a sessão em queda, aos 57.717 pts (-0,52%), acompanhando as variações finais das bolsas de valores de Nova York. O índice agora acumula -2,34% na semana, +0,72% no mês, +33,15% no ano e +30,18% em 12 meses.
Preliminarmente, o giro financeiro da Bovespa foi de R$ 5,97 bilhões, sendo R$ 5,78 bilhões no mercado à vista. No dia 22 (último dado disponível), houve evasão líquida de capital externo da ordem de R$ 512 milhões da Bovespa, elevando o acumulado negativo do mês a R$ 1,536 bilhão, fazendo com que o saldo no ano passasse a totalizar positivos R$ 15,7 bilhões.
IPCA
Na agenda econômica (pg.3 do anexo), no Brasil, o IPCA-15, considerado como uma prévia do IPCA (inflação ao consumidor oficial), variou +0,45% em agosto, desacelerando em relação ao +0,54% de julho, praticamente em linha com o +0,46% esperado pelo mercado.
O indicador passou a acumular +5,66% no ano, inferior ao +7,36% no mesmo período do ano passado. Já no acumulado em 12 meses, a taxa se mantém pelo terceiro mês consecutivo na casa de 8,9% (8,93% em julho e 8,98% em junho), denotando uma certa resiliência na queda de preços nestes três recentes meses, após ter fechado em 10,71% em 2015.
O grupo alimentos e bebidas em +0,78%, versus +1,45% em julho, foi o principal diferencial favorável para a baixa da inflação no mês, mas, mesmo assim ainda contribuiu com +0,20 p.p. no índice geral.
No momento, os agentes estimam que esse esmorecimento inflacionário tende a continuar ao longo do mês, prevendo o IPCA de agosto orbitando na casa de 0,3%.
Índice de Confiança, da FGV
Também, foi considerada positiva a leitura da confiança do consumidor (FGV) em agosto, que melhorou para 79,3 pontos, sendo a quarta elevação sucessiva e atingindo o maior nível desde fevereiro de 2015, corroborando por parte dos agentes a visão que um melhor prognóstico econômico para o país já em andamento.
Externamente, agenda fraca, destacando-se apenas o dado final do PIB 2T16 da Alemanha, em +0,4% (T/T) alinhado com as projeções de mercado, e em +1,8% em termos anualizados.
Câmbio e Juros Futuros
No mercado de câmbio, mesmo com a intervenção do Bacen com leilões de swap cambial reverso e com o avanço do dólar perante a maioria de seus pares no mercado global, a divisa norte-americana recuou hoje perante o real.
No interbancário a moeda encerrou cotada a R$ 3,2230 (-0,22%), e acumula agora +0,56% na semana, -0,59% no mês, -18,63% no ano e -9,44% em 12 meses.
No mercado de juros futuros, internamente, refletindo ainda os obstáculos do governo no front fiscal os contratos avançaram ao longo de toda a estrutura a termo da curva de juros. Já o CDS brasileiro de 5 anos subiu a 258 pts, com leve elevação diante dos 255 pontos de ontem.
Mercados Externos
Nos mercados estrangeiros, na Ásia, mais uma sessão com mercados em direções mistas, com os agentes no aguardo de sinalizações do futuro da política monetária nos EUA.
Na Europa, em dia com poucos indicadores econômicos, os mercados oscilaram de olho na cotação do petróleo, que recuou, e também no aguardo de sinalizações do Fed previstas para as próxima 6ª feira, 26.08, no simpósio de Jackson Hole (EUA), durante discurso de sua presidente Janet Yellen.
Confira no anexo a íntegra do relatóriod de análise de comportamento do mercado, na 4ª feira, 25.08.2016, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI-T e Rafael Freda Reis, CNPI, analistas de investimentos do BB Investimentos