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Investimentos

19 de Agosto de 2016 as 10:08:33



INVESTIMENTOS - MAGAZINE LUIZA - Resultado no 2º trimestre de 2016


MAGAZINE LUIZA - Resultado no 2º trimestre de 2016 
 
Acima do esperado
 
 
Os números do 2T16 do Magazine Luiza vieram positivos e acima das expectativas do mercado pelo segundo trimestre consecutivo. Não só o top line surpreendeu como também os ganhos de margens, a redução do endividamento e a melhoria na geração de caixa operacional.
 
De acordo com o IBGE, as vendas de bens duráveis retraíram 10,0% nos primeiros 5 meses do ano, enquanto no Magazine Luiza estas expandiram 4,8% no 1º semestre/2016.
 
Considerando somente o canal de e-commerce, as vendas no mercado em geral cresceram 5% no primeiro semestre de 2016, de acordo com a consultoria Ebit, enquanto no Magazine Luiza as vendas online aumentaram em 31% no mesmo período.
 
A companhia também conseguiu aumentar sua margem bruta, apesar do cenário macroeconômico desfavorável, através de uma política de preços mais racional e específica. Além disso, mesmo com a atual pressão inflacionária, uma revisão completa das despesas em geral levou a uma redução nos custos.
 
Considerando que os resultados do Magazine Luiza no 1S16 vieram bem acima das nossas estimativas, decidimos colocar nossas estimativas para a empresa em revisão, com o intuito de que nossas projeções melhor reflitam sua atual performance e estratégia.
 
Em nossa visão, a confiança do consumidor tem mostrado um movimento de reversão antes do esperado pelo mercado o que, junto com a boa capacidade de execução da companhia, deverá resultar bons resultados nos próximos meses. MGLU3 está sendo negociada a 4,43x EV/EBITDA, versus uma média histórica (últimos 5 anos) de 6,64x.
 
 
Top line.
 
A receita bruta aumentou em 4,8% A/A no trimestre, para R$ 2,6 bi, em decorrência
 
(i) do melhor sortimento de produtos;
(ii) do maior índice de conversão de vendas no e-commerce (especialmente através de celulares) e
(iii) dos resultados positivos provenientes de um estudo de mercado, com o apoio da Mckinsey consultoria, visando identificar oportunidades de ganhos de share em categorias específicas de produtos e em localidades particulares de lojas.
 
Com base nos fatores acima mencionados, durante o 1S16 o canal de e-commerce apresentou um forte desempenho (+33,6¨A/A), enquanto as vendas em mesmas lojas contraíram em um ritmo menor (-4,3% no 2T16 contra -15,1% no 2T15).
 
É válido mencionar que a fraca base comparativa do 2T15, quando a receita bruta reduziu 11,3% A/A, também beneficiou a performance do top line no 2T16. A receita líquida aumentou 0,8% A/A no período, para R$ 2,2 bi, afetada pela maior carga tributária, especialmente de tributos interestaduais (ICMS).
 
 
Margens Operacionais.
 
Em função das recentes alterações relativas à reoneração da folha de pagamento, os números do 2T15 foram reclassificados com o intuito de representar uma base comparativa mais adequada.
 
Assim, os R$ 22,9 milhões que haviam sido deduzidos das vendas brutas anteriormente, foram reclassificados como despesas com vendas (R$ 16,5 milhões) e despesas com G&A (R$ 6,4 milhões).
 
Considerando este efeito, a margem bruta expandiu 1,2 p.p. A/A no período, para 31,8%, refletindo
 
(i) um mix de vendas mais favorável (com maior participação de celulares);
(ii) uma política de preços mais racional, principalmente no e-commerce, e
(iii) maiores receitas referentes a cobrança de frete e montagem.
 
A margem EBITDA ajustada aumentou em um ritmo mais acelerado que a margem bruta, cerca de 1,6 p.p. no trimestre, para 7,8%, apesar da pressão inflacionária e da menor equivalência patrimonial proveniente da Luizaseg e da Luizacred (-23,5% A/A, para R$ 16 mi).
 
Através da consultoria da Galeazzi, iniciativas importantes focadas em ganhos de eficiência foram implementadas recentemente dentro da companhia, como o controle estrito das despesas, otimização dos investimentos em marketing, revisão de processos administrativos e revisão dos contratos de aluguéis e de transporte, que levaram a uma queda de 0,7% A/A das despesas com VG&A.
 
Considerando despesas não recorrentes de R$ 5,3 mi, relacionadas principalmente ao processo de reestruturação da empresa, a margem EBITDA seria de 7,6% (+1,7 p.p. A/A).
 
Bottom line e endividamento.
 
A margem líquida ajustada apresentou um ritmo de crescimento menor que as margens operacionais, de 0,3 p.p. A/A, para 0,6%, impactada negativamente pelo aumento de 19,8% nas despesas financeiras líquidas (R$ 124 mi no 2T16).
 
Deveu-se isso principalmente à redução das receitas financeiras (provenientes de serviços, descontos recebidos e atualizações monetárias), em linha com o menor nível de atividade da companhia. Em relação ao endividamento, a dívida bruta reduziu de R$ 1,86 bi no 2T15 para R$ 1,70 bi no 2T16.
 
A dívida líquida/EBITDA ajustado diminuiu para 1,5x (de 2,0x no 2T15), refletindo não só a menor dívida bruta, como também uma posição de caixa mais confortável após o recebimento dos R$ 330 mi referentes à renovação do acordo com a Cardiff para vendas de seguros, realizado no final de 2015.
 
 
Fluxo de Caixa.
 
O fluxo de caixa livre antes do pagamento de dividendos foi negativo em R$ 499 mi no 1S16, contra R$ 360 mi negativos no 1S15, devido principalmente ao menor montante de empréstimos tomados no fluxo de caixa financeiro.
 
O fluxo de caixa operacional, no entanto, apresentou incrementos no período, passando de uma queima de caixa de R$ 280 mi no 1S15 para uma queima de caixa de R$ 181 mi no 1S16, em função de melhores condições de negociação junto aos fornecedores.
 
 
Confira no anexo a íntegra da avaliação dos resultados da MAGAZINE LUIZA no 2º trimestre/2016, elaborada por MARIA PAULA CANTUSIO, CNPI, analista senior, e VICTOR PENNA, CNPI, analista chefe, ambos do BB Investimentos.

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: MARIA PAULA CANTUSIO, CNPI, analista senior, e VICTOR PENNA, CNPI, analista chefe, ambos do BB Investimentos





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