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Investimentos

12 de Agosto de 2016 as 23:08:00



INVESTIMENTOS - Resultados da PETROBRAS no 2º Trimestre/2016


Petrobras - Resultados no 2º Trimestre de 2016 
 
Forte geração de caixa e variação cambial beneficiam a dívida líquida em reais
 
12.08.2016
 
O resultados da Petrobras no segundo trimestre foram positivos. Do ponto de vista operacional, o fluxo de caixa livre totalizou R$ 10,8 bi, representando o fator mais importante para a estratégia de desalavancagem de longo prazo, em nossa opinião. 
 
A valorização do real no período também contribuiu para melhorar a relação dívida líquida sobre EBITDA, que diminui para 4,5x, de 5,0x no trimestre anterior. Sob o ponto de vista do resultado líquido, a empresa reverteu o prejuízo do 1T para um lucro de R$ 370 mi (-30% a/a), apesar da influência negativa de impairment na refinaria Comperj (mais uma vez) e maiores gastos referentes ao Programa de Incentivo a Demissão Voluntária (PIDV). 
 
No geral, a recente reação positiva do mercado sobre as ações da empresa deve continuar, embora acreditemos que ainda é cedo (porém não distante) para uma reprecificação.
 
 
Resultados operacionais:
 
Vendas, produção, exportações e Brent se elevaram. 
 
A receita líquida totalizou R$ 71,3 bi, aumento de 1,4% t/t, mas ~4% abaixo do consenso de mercado. Os números do segmento de E&P (exploração e produção) foram positivamente influenciados pela recuperação dos preços internacionais do petróleo no segundo trimestre (+34% t/t) e uma maior produção no Brasil (+8% t/t), favorecida por um menor número de paradas para manutenção e pelo ramp-up do FPSO Cidade Maricá. O lucro bruto da divisão de upstream, consequentemente, foi de R$ 8,0 bi, ante R$ 2,8 bi no 1T. 
 
No segmento de refino, o lucro bruto permaneceu relativamente estável em relação ao trimestre anterior (+1%), atingindo R$ 14,1 bi, em função do maior volume de vendas (+3,4% t/t) no mercado interno e no exterior, parcialmente compensados por maiores custos de transferência de E&P (veja o resumo dos dados operacionais nas próximas páginas).
 
O resultado operacional da Petrobras foi de R$ 7,2 bi, uma queda de 12% t/t devido a despesas extraordinárias relacionadas ao novo Programa de Incentivo a Demissão Voluntária (PIDV) de R$ 1,2 bi e ao impairment em ativos da refinaria Comperj (R$ 1,1 bi). 
 
O EBITDA ajustado, neste contexto, chegou a R$ 20,3 bi (-4% t/t), em linha com as projeções de mercado. O destaque positivo veio do fluxo de caixa livre (fluxo de caixa operacionalmenos capex), que totalizou R$ 10,8 bi, versus R$ 2,4 bi no 1T16, como resultado dos esforços para redução dos investimentos e maior geração de caixa nas refinarias.
 
Benefícios da variação cambial sobre a dívida líquida em reais. Assim como no 1T, a valorização do real levou a dívida bruta em reais para R$ 397 bi (-12% t/t) ao final do 2T. 
 
A dívida líquida diminuiu para R$ 332 bi (-10% t/t), o que representa uma relação dívida líquida sobre EBITDA de 4,5x, ante 5,0x no trimestre anterior. De acordo com a companhia, a mais recente emissão de bonds no valor de US$ 6,75 bi para recompra de R$ 6,3 bi aumentou o prazo médio da dívida de 7,1 para 7,3 anos. Apesar da melhora da dívida em reais, a dívida líquida em dólar permaneceu estável em US$ 103 bi. Até 2018, os pagamentos de principal e juros devem totalizar ~R$ 140 bi.
 
Implicações. 
 
Os resultados da Petrobras no 2T foram positivos devido ao forte fluxo de caixa livre no trimestre. 
 
Na DRE, encargos pontuais continuam a impactar os resultados líquidos. Em nossa visão, no entanto, há uma sinalização de que a companhia tem aproveitado para realizar todos os ajustes possíveis para melhorar seu balanço e sua estrutura de despesas administrativas, o que é bem visto pelos investidores.
 
O programa de desinvestimentos ganhou mais importância desde o anúncio de um novo modelo para a operação da BR Distribuidora, na qual a Petrobras irá deter a maior fatia do capital total, mas não do capital votante.
 
Em relação à venda do campo BM-S-8 para Statoil por US$ 2,5 bi, a companhia também antecipou, sem comprometer sua meta de produção, recursos que estariam disponíveis somente após a realização de investimentos no campo e a partir da produção que será iniciada apenas em 2020.
 
Mais recentemente, a decisão de postergar o julgamento das ações coletivas e individuais nos EUA (anteriormente previstas para setembro) em função da análise pendente de uma apelação da Petrobras de fevereiro foi vista como uma boa notícia para a companhia e ajudou o recente rali das ações nos últimos 30 dias (+23%). 
 
Além disso, a valorização do real e o menor prêmio de risco percebido em relação ao ambiente macroeconômico doméstico continuarão a produzir uma reação positiva no mercado, embora acreditemos que é ainda seja cedo (porém não distante) para um upgrade da nossa recomendação, que permanece como market perform.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o desempenho da PETROBRAS no 2ª trimestre/2016, elaborado por Wesley Bernabé, CNPI Analista Chefe wesley.bernabe@bb.com.br Viviane Silva, CNPI Analista viviane.silva@bb.com.br

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Wesley Bernabé, CNPI Analista Chefe wesley, Viviane Silva, CNPI Analista





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