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Política

Segunda-Feira, Dia 09 de Maio de 2016 as 16:05:35



Parlamentares pressionam Senado para dar andamento ao processo de impeachment


Parlamentares pressionam Senado para dar andamento ao processo de impeachment
 
Ao abrir sessão não deliberativa do Senado, nesta tarde de 2ª feira, 09.05, o vice-presidente da Casa, Jorge Viana (PT-AC), disse que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está neste momento em sua residência oficial com os líderes dos partidos e com o secretário-geral da Mesa do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello, para analisar a decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, de anular a sessão da Câmara dos Deputados que autorizou prosseguimento do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Segundo Viana, ainda hoje Renan vai se pronunciar oficialmente sobre o assunto.
 
A manifestação do vice-presidente do Senado, foi uma resposta à senadora Ana Amélia (PP-RS), que perguntou como ficará, diante da decisão de Maranhão, a leitura do relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável ao processo que foi aprovado, na ultima 6ª feira, na Comissão Especial do Impeachment. A leitura está prevista para as 16h e somente depois dela é aberto o prazo de 48 horas para que o plenário faça a sessão que dará a palavra final, que pode resultar no afastamento da presidenta da República por 180 dias.
 
Vários senadores criticaram a decisão do presidente interino da Câmara. O tucano Ataídes Oliveira foi um deles.
 
“Essa é uma decisão impensada, esdrúxula, sem fundamento algum, sem sustentação. Uma coisa extremamente monocrática para atender uma cúpula do PT. Essa decisão jamais poderá prosperar. O processo já não diz mais respeito à Câmara dos Deputados, diz respeito ao Senado. Tenho certeza que o presidente do Senado vai desconhecer essa decisão e dar andamento ao processo”,
 
disse.
 
Outra a se manifestar foi a senadora Ana Amélia (PP-RS). “ Não há cabimento, nem fundamento nessa decisão. Espero que o presidente Renan Calheiros não se curve a essa esdrúxula manobra do deputado Waldir Maranhão”, disse a senadora.
 
“A sessão de admissibilidade na Câmara seguiu rigorosamente o que preconiza o Supremo Tribunal Federal. No momento em que a Câmara protocolou a denúncia no Senado Federal, perdeu qualquer ingerência sobre o processo de impeachment. Essa decisão foi essencialmente política e, na minha avaliação, equivocada”,
 
afirmou o presidente da Comissão Especial do Impeachment, Raimundo Lira (PMDB-PB).
 
Em defesa da decisão de Waldir Maranhão, o senador Telmário Mota (PDT-RR) disse que o ato de do deputado “recoloca o rio em seu leito natural”. Ele disse que não é possível seguir com um processo “cheio de vícios” motivado por vingança do presidente afastado na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
 
Na Câmara o primeiro-secretário da Mesa Diretora, deputado Beto Mansur (PRB-SP), disse que a decisão de Maranhão foi isolada e que o parlamentar, que ocupa interinamente a presidência da Câmara, não consultou qualquer dos integrantes da Mesa.
 
“Tomou a decisão sozinho, mas esta decisão pode ter sido tomada por outras pessoas. Foi uma decisão contra 367 deputados [que votaram a favor do afastamento de Dilma na sessão do dia 17]”,
 
disse, insinuando que Maranhão pode ter cedido à pressões da base governista e do Planalto.
 
Mansur alertou que a medida pode resultar em uma responsabilização no Conselho de Ética pelo ato “sem nenhum tipo de brasilidade. O Brasil está sangrando e ele toma uma decisão desta, assustando toda a sociedade”, disse. Mansur ainda afirmou que a Câmara seguiu toda a orientação dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que, agora, o processo de impeachment está nas mãos do Senado.
 
“O processo foi juridicamente e perfeitamente encerrado no dia 17. A Advocacia-Geral da União entrou com recurso fora do prazo, no dia 25 de abril”,
 
completou.
 
Presidente da comissão especial que analisou o processo antes de ser encaminhado para o plenário da Câmara, o deputado Rogério Rosso (DF), líder do PSD, disse que prefere não acreditar em uma interferência do Planalto.
 
“Isto seria um desrespeito à Câmara, ao Supremo Tribunal Federal e ao povo brasileiro”.
 
Moderado, Rosso disse que vai analisar toda a decisão, mas antecipou que vê com "muita tranquilidade, que todos os atos foram juridicamente perfeitos”.
 
Conselho de Ética
 
A reação de partidos que apoiam o impeachment é tão grande que eles anunciaram que vão entrar com representação contra Maranhão no Conselho de Ética por "abuso de autoridade".
 
Enquanto isso, o vice-líder do governo, Silvio Costa (PTdoB-PE) comemora a decisão do presidente Interino. Costa disse que o governo está feliz com a decisão e afirmou que Maranhão não cometeu nenhuma irregularidade.
 
“Esta Casa voltou a normalidade constitucional e regimental. A decisão é muito clara. “Renan vai ter que devolver o processo para a Câmara, exceto se quiser criar uma crise institucional”,
 
afirmou.
 
O deputado destacou ainda pontos da nota divulgada por Maranhão, afirmando que estão de acordo com a Lei do Impeachment (1079/50).
 
“Os partidos não poderiam encaminhar as votações porque cada parlamentar, naquele momento, é um juiz”,
 
disse. O deputado disse que, como o relator do texto Jovair Arantes (PTB-GO) leu o parecer “como acusador”, Dilma deveria ter tido o direito de defesa antes do início da votação.


Fonte: AGENCIA BRASIL





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