Cenário externo segue dando força às commodities
Os mercados globais iniciaram o mês de março em forte alta, em um ambiente favorável aos países emergentes e produtores de commodities, ainda repercutindo o movimento do Banco Central da China, que ontem reduziu sua taxa de Requerimento de Reservas em 0,5%.
Minério de ferro: US$ 50,40 (+3,1%)
Entre as commodities, o minério de ferro negociado na China teve alta de 3,1%, para US$ 50,40 a tonelada.
Petróleo Brent (Londres): US$ 36,81/barril (+0,66%)
O contrato futuro do barril tipo Brent (negociado em Londres) fechou em alta de 0,66%, a US$ 36,81, depois de mostrar muita volatilidade no intradiário.
O índice de Shanghai fechou em alta de 1,68%, apesar do índice PMI divulgado mais cedo ter vindo mais fraco, caindo de 49,4 em janeiro para 49 em fevereiro).
Na Zona do Euro as bolsas também operaram em alta com surpresas positivas com o PMI industrial da Alemanha, que subiu para 50,5 em fevereiro, de 50,2 em janeiro.
Nos EUA, as bolsas subiram com força após a divulgação do indicador antecedente de manufatura (ISM) de fevereiro, que subiu para 49,5, de 48,2 em janeiro.
A leitura desse dado deu alívio porque, juntamente com outros indicadores de emprego, inflação e contas nacionais divulgados na semana passada, afasta por enquanto a tese que a economia americana estaria prestes a entrar em recessão.
A alta nas bolsas no exterior puxou o Ibovespa desde a abertura, que ganhou mais força a partir da abertura das bolsas em Nova Iorque.
Mais tarde, a divulgação dos dados da balança comercial melhor do que esperado (R$ 3,04 bilhões) deu mais um impulso ao mercado local. O real registrou a melhor performance entre principais moedas, com valorização de 1,36%, fechando a R$ 3,9438 (dólar comercial).
O CDS de 5 anos do Brasil – derivativo usado pelo mercado como medida de risco-país – segue em tendência de baixa, fechando a 450 pontos-base.
Bovespa
Na bolsa, as ações da Vale foram destaque mais um vez. A Vale ON subiu 8,47% com o minério novamente acima de US$ 50,00 na China.
O setor financeiro também emplacou com BBAS3 (R$ 14,32, +5,76%) e BBSE3 (R$ 25,44; +5,47%). Fibria e Suzano, que possuem forte correlação com o dólar, fecharam entre as maiores baixas (-2,82% e -1,39%).
No final, o índice fechou em alta de 3,10%, a 44.122 pontos, com forte volume de R$ 6,79 bilhões. No último dado disponível, a Bovespa teve retirada de capital externo de R$ 108,19 milhões na 6ª feira 26.02, quando o Ibovespa teve baixa de 0,70%. O saldo de recursos externos segue positivo em R$ 1,768 bilhão, assim como no acumulado do ano, em R$ 1,600 bilhão.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar chegou a ensaiar operar em alta durante a primeira parte da sessão, acompanhando a volatilidade dos preços do petróleo. Na máxima registrada no dia, a cotação chegou a R$ 4,0180 (+0,49%).
A partir da abertura em Nova Iorque e mais tarde com os dados da balança comercial a divisa fechou em baixa de 1,36%, a R$ 3,9441.
Na BM&F, os juros futuros caíram ao longo de toda a curva, em movimento influenciado pelo dólar. O DI para janeiro de 2017 terminou em 14,04%, de 14,18% no ajuste anterior (-0,99%). O DI para janeiro de 2021 fechou em 15,43%, de 15,63% (-1,28%).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análsie sobre o comportamento do mercado em 02.03.2016, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.