Relatório de Mercado em 10.12.2015
Dólar sobe e cresce a convicção de que o FED elevará os juros no mercado norte americano
Mercados Externos
Os mercados operaram mais um vez em meio às preocupações geradas pela queda nos mercados de commodities. Segundo relatório da OPEP Organização dos Países Exportadores de Petróleo divulgado hoje, a produção do grupo alcançou 31,7 milhões de barris em novembro, um aumento de 230 mil barris em relação a outubro, e acima da meta oficial, de 31 milhões de barris/dia.
Com isso, o preço do barril do petróleo do tipo Brent (em Londres) fechou em queda de 0,95%, a U$ 39,73, a quinta queda consecutiva no mês.
Nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego, referentes à semana passada, subiram para 282 mil, de 268 mil na semana anterior. O aumento de 13 mil novos pedidos dá sustentação à tese de elevação gradual da taxa básica de juros pelo FED e dá força aos ativos de risco relativamente aos títulos do governo americano. Às 17:50, o Dow Jones subia 1,34%.
Ibovespa
Na Bovespa, além das preocupações com a queda nos preços do petróleo, que influenciou mais uma vez o desempenho de Petrobras (PETR4, R$ 7,45, -2,61%), o impacto da colocação da nota do Brasil em revisão para rebaixamento pela Moody´s também aumentou a aversão ao risco.
As blue chips, que haviam subido nos últimos dias, devolveram parte dos ganhos: BBDC4 (R$ 21,00; -4,33%), BBAS3 (18,00;-4,26%) e PETR4 (R4 7,45, -2,61%).
Na parte positiva do índice, a Vale liderou a alta, acompanhando seus pares no exterior, que corrigiram as últimas perdas apesar de nova queda hoje no preços do minério de ferro na China: VALE3 (R$ 12,67; +4,88%).
As empresas exportadores em geral foram ajudadas pela valorização do dólar e fecharam em alta. No final, o Ibovespa terminou o dia em baixa de 1,04%, aos 45.630 pontos, com volume fraco de R$ 4,33 bilhões.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar registrou alta hoje ante o Real refletindo notícias de ontem sobre colocação da nota brasileira em revisão pela agência de risco Moody’s; e, mais tarde, em função da declaração do presidente do Banco Central em evento em São Paulo, de que a autoridade monetária não limitará suas ações por possíveis impactos fiscais, reiterando também que o BC trabalha para trazer a inflação o mais próximo possível da meta em 2016.
O dólar à vista fechou em alta de 1,26%, aos R$ 3,7990.
No mercado de juros futuros, os contratos tiveram alta ao longo de toda a estrutura a termo. Ao término da sessão regular da BMF&Bovespa, O DI para abril de 2016 encerrou a 15,19% (+10 p.p.). O DI para janeiro de 2017 terminou a sessão regular com taxa de 15,98% (+27 p.p.). O DI para janeiro de 2021 fechou com taxa de 15,88% (+20 p.p.).
Agenda da semana
No Brasil, IPCA de novembro (dia 09.12).
Na China, inflação ao consumidor e produtor e balança comercial (08.12).
Na Zona do Euro, Produto Interno Bruto (08.12).
No Reino Unido, produção industrial (08.12) e decisão do Banco da Inglaterra (09.12).
Nos EUA, vendas no varejo, estoques e inflação (11.12).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado em 10.12.2015, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimento do BB INVESTIMENTOS
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