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Investimentos

23 de Outubro de 2015 as 13:10:18



INVESTIMENTOS - NATURA - Resultados do 3º trimestre/2015: Vendas pressionadas.


NATURA - Resultados do 3º trimestre/2015
 
Vendas no Brasil seguem ainda mais pressionadas
 
 
Os resultados da Natura no 3T15 foram mistos. No Brasil, as vendas continuaram a apresentar deterioração em um ritmo ainda mais acelerado que anteriormente (-9.6% A/A), impactas principalmente pelo cenário macro econômico desfavorável e pelo aumento da carga tributária.
 
As vendas nas operações internacionais, por outro lado, aceleraram ainda mais no período (+78.5% A/A), garantindo uma performance positiva de 6.9% A/A da receita líquida consolidada.
 
A rentabilidade da companhia foi afetada em todos os âmbitos, impactada principalmente pela operação nacional, na qual os custos foram pressionados por uma inflação mais elevada, pela maior carga tributária e pela desvalorização do real, combinados com o menor volume de produtos vendidos.
 
A margem líquida sofreu ainda impacto adicional de custos não recorrentes relacionados ao pagamento residual de aquisição da Aesop e de efeitos não caixa de marcação à mercado de instrumentos de hedge.
 
O nível de endividamento da companhia manteve-se estável no período, mas a dívida bruta seguiu em trajetória de expansão. Como ponto positivo do resultado do 3T15, destacamos a forte geração de fluxo de caixa livre, que totalizou R$ 319 mi no 3T15 (R$ 649 mi nos 9M15).
 
Top line
 
A receita líquida recuou 9.6% A/A no Brasil, impactada principalmente pelo cenário macroeconômico difícil do país, que vem prejudicando o consumo. Apesar do aumento de 2,6% no número médio de consultoras no trimestre (atingindo 1,34 mi), a produtividade das mesmas caiu 7.6% A/A, culminando em uma queda de 5.6% A/A no volume de itens vendidos (para 101,5 mil).
 
Nas operações internacionais, por outro lado, a receita líquida expandiu impressionantes 75.8% A/A, beneficiada não só pela taxa de câmbio favorável, mas também por (i) um incremento de 19.7% na base de consultoras Latam (chegando a 488 mil) e (ii) um aumento de 22.7% no volume de produtos vendidos (28,1 mil).
 
Excluindo o efeito cambial favorável, o crescimento das vendas no exterior teria sido de 30,8% A/A.
 
A companhia tem investido em importantes iniciativas focadas em acelerar as vendas no Brasil, o que inclui não só o lançamento de novos produtos e altos investimentos em marketing, mas também
 
(i) projeto piloto para iniciar as vendas de alguns produtos da Natura em redes de farmácias;
(ii) política de crédito customizada para suas consultoras e
(iii) oferta de leitores de cartões de crédito e débito para suas consultoras para ampliar os meios de pagamento para o consumidor final.
 
 
Operating Margins
 
A margem bruta deteriorou 1,8 p.p. no período. Enquanto as operações internacionais registraram uma expansão de 2,8 p.p. na margem bruta (sendo 0.6 p.p. da Latam e 2.2 p.p. da Aesop), na operação nacional houve uma diluição de 2,7 p.p., devido à um aumento tanto da carga tributária quanto da inflação, combinadas com a desvalorização do real e a desaceleração das vendas.
 
As despesas operacionais aumentaram em um ritmo superior à inflação, impactadas por uma menor base de diluição de custos, dada a contração do nível de atividade da companhia.
 
Assim, a margem EBITDA deteriorou ainda mais que a margem bruta, cerca de 2.9 p.p. A margem líquida recuou 4,9 p.p., impactada adicionalmente pela
 
(i) maior dívida bruta;
(ii) maior nível de taxa de juros;
(iii) efeito não caixa de ajustes de marcação à mercado de instrumentos derivativos e
(iv) provisão de despesas não recorrentes relacionadas ao pagamento residual pela aquisição da Aesop.
 
Excluindo estes dois últimos efeitos, o lucro líquido da companhia teria diminuído 22,8% A/A ao invés de 38,6% A/A. 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatatório de análise dos resultados da empresa NATURA no 3º trimestre/2015, preparado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.





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