Comportamento do Mercado em 20.10.2015
O Ibovespa chegou a principiar em alta, mas, depois de uma hora de negociação foi perdendo força e pouco após o meio dia entrou definitivamente em campo negativo com trajetória cadente.
Por um lado, as ações da Petrobras impediram uma baixa maior, mas, de outro, os papéis da Vale e do setor de bancos pesaram hoje. O giro financeiro foi aquém do desejável. Assim, o mercado já mostrou alta maior no mês, mas, a partir do dia 14, passou a oscilar com pequenas variações ao redor dos 47 mil pts – que, em verdade, tem sido a tônica desde meados de agosto último. Enfim, a falta de uma notícia nova tem deixado a bolsa “de lado”.
Nos EUA, os dados de construção de casas novas vieram acima das estimativas, elevando a percepção entre os agentes da possibilidade de início do ciclo de apeto monetário pelo Fed ocorrer em dezembro próximo.
Vale lembrar que a maioria do mercado vislumbra que tal postura do órgão poderá ser tomada somente após o primeiro trimestre do próximo ano.
Ibovespa
No índice doméstico, os setores com melhores desempenhos foram:
Bancos;
Papel e Celulose;
Siderurgia/Mineração; e
Serviços Financeiros.
Destaques ponderados positivos para:
ITUB4 (R$26,92; -2,04%; giro R$ 497 milhões);
BBDC4 (R$21,50; -2,36%; giro R$ 291 milhões);
CIEL3 (R$38,27; -2,42%; giro R$ 144 milhões);
VALE5 (R$14,35; -2,05%; giro R$ 216 milhões);
SUZB5 (R$17,75; -5,84%; giro R$ 132 milhões);
FIBR3 (R$53,70; -4,19%; giro R$ 119 milhões);
BBAS3 (R$16,45; -3,24%; giro R$ 108 milhões); e
BBSE3 (R$28,46; -2,40%; giro R$ 101 milhões).
O índice doméstico fechou aos 47.076 pts (-0,78%), acumulando -0,34% na semana, +4,48% no mês, -5,86% no ano e -13,31% em 12 meses. Preliminarmente, o giro da Bovespa foi R$5,76 bi (R$5,57 bi no mercado à vista), com o Ibovespa em R$4,84 bi.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado acessível, a Bovespa teve ingresso de R$390,51 milhões em capital externo no último dia 16, somando R$4,146 bilhões em outubro (-R$418,532MM em setembro e -R$3,314 bi em agosto) e acumulando R$21,385 bilhões em 2015.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,9060 (+0,44%), acumulando +1,72% na semana, -1,71% no mês, +47,12% no ano e +58,65 em 12 meses.
Nos Juros futuros (DI), as taxas baixaram, exceto as quase estáveis de curtíssimo prazo. Assim, foi mais um dia de recuo da curva da estrutura a termo da taxa de juros. As apostas sobre a decisão da taxa Selic se sobressaíram.
Indicadores.
No Brasil, a 2ª prévia de agosto do IGP-M variou +1,86%, ante +0,65% da 2ª prévia de agosto - consenso em +1,75%. Os seus subíndices assim variaram: o IPA-M em +2,63% (+0,89% na 2ª prévia de setembro); o IPC-M em +0,57% (+0,23% na 2ª prévia de setembro); e o INCC-M em +0,14% (+0,11% na 2ª prévia de setembro). O indicador passou a acumular +8,32% no ano e +10,06% em 12 meses.
O IPC-Fipe semanal, que mensura a inflação na cidade de São Paulo, subiu a 0,89% na 2ª quadrissemana de outubro (até dia 15), versus +0,79% na quadrissemana anterior.
Nos EUA, a construção de casas novas cresceu 6,5% em setembro, versus -1,7% em agosto, para 1,206 milhão moradias – consenso em +1,8%. Já as licenças para construção baixaram 5,0%, frente ao +2,7% em agosto, para 1,103 milhão de alvarás – consenso em -0,2%.
Agenda da semana - Destaques
- no Brasil, destaque para a decisão da taxa Selic (dia 21), além de IGP-M Inflação ao atacado – 2ª Prévia (20), IPCA-15 (dia 21), taxa de desemprego e arrecadação (22) e dados do setor externo (23);
- nos EUA, dados de construção de casas novas e licenças para construção (dia 20), dados de seguro-desemprego (dia 22) e PMI manufatura (23);
- na Alemanha, França, Reino Unido e zona do euro, PMI Manufatura, PMI Serviços e PMI Composto (23); e
- na zona do euro, se sobressai a decisão de política monetária pelo BCE (Banco Central Europeu) (22).
Confira no anexo a íntegra do Relatório de Mercado, referente a 20.10.2015, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS.