O Ibovespa manteve trajetória errática ao longo do pregão, operando em alta quase a totalidade do período até pouco depois das 14h30min. A partir daí, o índice entrou em baixa, mas, recuperou-se nos 20 minutos finais, apoiado na evolução final positiva do Dow Jones.
Os papéis de maior liquidez como Petrobras, Vale e do setor de bancos apoiaram o término positivo, com favorável volume financeiro geral.
A agência internacional de rating Moody’s declarou hoje:
"o cenário mais provável é que a avaliação do rating do Brasil ocorra em meados de 2016” e "só algo totalmente inesperado mudaria nossa visão sobre o País neste ano, pois faltam pouco mais de 90 dias para terminar".
As afirmações deram fôlego ao mercado doméstico.
Externamente, em dia de agenda vazia, as bolsas em Wall Street patinaram, mas na Europa mantiveram a recuperação de ontem.
Ibovespa
No índice doméstico, os setores com melhores performances foram: Petróleo/Petroquímico; Bancos; Siderurgia/Mineração; e Holding Financeira. Destaques ponderados positivos para:
PETR4 (R$8,19; +4,73%; giro R$657 MM);
PETR3 (R$9,89; +5,21%; giro R$155 MM);
ITUB4 (R$28,82; +0,91%; giro R$459 MM);
BBDC4 (R$23,39; +0,95%; giro R$248 MM);
VALE5 (R$14,92; +1,57%; giro R$255 MM);
ITSA4 (R$7,70; +1,45%; giro R$151 MM);
EQTL3 (R$2,28; +5,07%; giro R$44 MM);
BBAS3 (R$16,53; +2,29%; giro R$125 MM);
CIEL3 (R$38,79; +1,02%; giro R$114 MM);
VALE3 (R$18,31; +0,94%; giro R$83 MM); e
CSAN3 (R$22,25; +4,85%; giro R$36 MM).
O índice doméstico fechou aos 47.735 pts (+0,29%), acumulando +1,49% na semana, +5,94% no mês, -4,54% no ano e -16,42% em 12 meses. Preliminarmente, o giro da Bovespa foi de R$6,39 bi (R$5,78 bi no mercado à vista), com o Ibovespa em R$4,93 bi.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível, a Bovespa registrou retirada de R$39,099 milhões em capital externo no último dia 1º de outubro (-R$418,532 milhões em setembro e -R$3,314 bilhões em agosto), mas, acumulando R$17,2 bilhões em 2015.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,8440 (-1,49%), acumulando -2,51% na semana, -3,27% no mês, +44,78% no ano e +58,25% em 12 meses.
Nos Juros futuros (DI), as taxas caíram integralmente, derrubando como um todo a curva da estrutura a termo da taxa de juros. Como tem sido a tônica recente, o fomentador deste comportamento foi o recuo do câmbio.
Indicadores
No Brasil, o Banco Central informou que a caderneta de poupança registrou resgate líquido de R$5,293 bilhões em setembro, com depósitos de R$158,178 bilhões e saques de R$163,471 bilhões, acumulando retirada líquida de R$53,791 bilhões em 2015 – em ambos os casos, os maiores historicamente apurados, desde o início da compilação da série em 1995. Agora, o saldo total da poupança arrefeceu para R$644,048 bilhões.
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou que a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus foi de 174.240 unidades, decaindo 19,5% em setembro, ante -3,4% em agosto, e desabando 42,1% versus setembro de 2014, acumulando agora queda de 20,1% em 2015.
Agenda da semana (vide pg. 3)
No Brasil, IGP-DI - inflação no atacado, IPCA - inflação ao consumidor e produção, vendas e exportações de veículos / Anfavea (7) e IGP-M - 1ª prévia (9);
- nos EUA, balança comercial (6), crédito ao consumidor (7), dados seguro-desemprego e Fed - Ata reunião FOMC 16 e 17 /set (8) e índice de preços de importação, estoques e vendas no atacado (9);
- na Alemanha, pedidos de fábrica e PMI Varejo (6), prod. industrial (7) e balança comercial (8);
- na França, PMI Varejo (6), balança comercial (7) e prod. industrial e prod. manufatureiro (9);
- no Reino Unido, prod. industrial e prod. manufatureira (7), BOE - taxa do Banco da Inglaterra (8) e balança comercial (9); e
Confira no anexo a íntegra do Relatório de Mercado, referente a 06.10.2015, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS