Relatório de Mercado
O Comportamento do Mercado Financeiro em 30.09.2015
O Ibovespa já abriu em alta e assim operou ao longo de todo o último pregão do 3º trimestre. O índice brasileiro andou colado na trajetória do Dow Jones, como tem sido praxe durante este mês, mas, sempre com descolamento positivo.
O aumento de 6% na gasolina e de 4% no diesel, anunciado na noite de ontem, alavancou os papéis da Petrobras, que se sobressaíram no dia e apoiaram o firme avanço do índice doméstico no dia. Depois, algumas ações que recentemente denotaram baixas, tiveram alguma recuperação hoje. De outra mão, os agentes
aproveitaram o momento do chamado “efeito final de mês”.
O CDS de 5 anos do Brasil (CBIN), referência de risco internacional, baixou para 480 pontos, recuando 39 pts perante os 519 do fechamento de ontem.
Nos EUA e na Europa, na ausência de notícias adversas em 30.09, no último dia útil do mês, as bolsas deram continuidade ao movimento de repique de ontem. Todavia, vale lembrar que na próxima 6ª feira 02.09 será anunciado o indicador destaque da semana – o payroll (criação de vagas na economia) nos EUA.
Ibovespa
No índice doméstico, os setores com melhores performances foram: Petróleo/Petroquímico; Bancos; Energia Elétrica; e Serviços Financeiros. Destaques negativos para:
PETR4 (R$7,24; +9,86%; giro R$769,89 MM);
PETR3 (R$8,54; +8,79%; giro R$273,44 MM);
ITUB4 R$26,51; +2,28%; giro R$615,11 MM);
UGPA3 (R$66,80; +5,61%; giro R$119,35 MM);
BBDC4 (R$21,42; +1,95%; giro R$361,82 MM);
BBAS3 (R$15,20; +6,07%; giro R$184,14 MM);
BBSE3 (R$24,81; +3,38%; giro R$209,85 MM); e
BVMF3 (R$11,08; +3,07%; giro R$191,97 MM).
O índice doméstico fechou aos 45.059 pts (+2,10%), acumulando +0,51% na semana, -3,36% no mês, -9,89% no ano e -16,73% em 12 meses. Preliminarmente, o giro da Bovespa foi de R$7,99 bi (R$7,75 bi no mercado à vista), com o Ibovespa em R$6,87 bi.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível, a Bovespa teve saída de R$280,384 milhões em capital externo no último dia 28, acumulando saldo negativo R$476,703 milhões no mês (-R$3,314 bilhões em agosto) e R$17,181 bilhões em 2015.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,9740 (-2,19%), acumulando +0,13% na semana, +9,39% no mês, +49,68% no ano e +62,20% em 12 meses.
Nos Juros futuros (DI), as taxas declinaram gradativamente da ponta mais curta para a ponta mais longa, compelindo para baixo a curva da estrutura a termo da taxa de juros como um todo. A curvatura decaiu acompanhando a queda da divisa norte-americana e registrou largo recuou em relação ao pico do mês, na quarta-feira da semana passada (23).
Indicadores
No Brasil, o Banco Central informou que o déficit primário do setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, menos Petrobras e Eletrobras) em agosto foi de R$7,310 bilhões em agosto, versus saldo negativo de R$10,019 bilhões em julho.
De janeiro a agosto de 2015, o déficit primário somou R$1,1 bilhão, contra superávit de R$10,2 bilhões no mesmo período no ano passado. O indicador passou a acumular déficit de R$43,8 bilhões (0,76% do PIB) em 12 meses, ante R$51 bilhões (0,89% do PIB) em julho. Já o déficit nominal (que incluem pagamento de juros) de agosto foi de R$57,013 bilhões, ante o saldo negativo de R$72,772 bilhões em julho. Nos oito primeiros meses do ano, déficit nominal acumulou R$339,431 bilhões, equivalente a 8,87% do PIB, e nos últimos 12 meses, o déficit nominal alcançou R$528,294 bilhões, equivalente a 9,21% do PIB.
Agenda da próxima semana (vide pg. 3)
O destaque maior da semana é o payroll (criação de vagas na economia) nos EUA, além da taxa de desemprego (3/out); no Brasil, resultados primário e nominal do setor público (30); e na China, PMI manufatura (30).
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