OI - Resultados no 2º trimestre 2015
Melhorias de rentabilidade através de redução de custos;
A dívida líquida continua a ser uma preocupação
O processo de recuperação tenha ocorrido, mas ainda não se refletiu na redução da dívida líquida devido a encargos regulatórios relacionados às concessões e maiores despesas financeiras provenientes de dívida da PT reclassificados como operações continuadas.
Operacionalmente, a Oi informou bons números no 2T, impulsionado principalmente por suas iniciativas de corte de custos que foram traduzidos para um aumento de 10,7% em termos homólogos no EBITDA do Brasil de R $ 1,8 bilhões.
A empresa deu uma abordagem mais construtiva na chamada de conferência para a sua desalavancagem, mas os desafios continuam os mesmos: rentabilizar sua base de clientes e melhorar o ambiente regulador. Gestão reafirmou a orientação de EBITDA recorrente no Brasil entre R $ 7,0-7,4 bilhões e fluxo de caixa operacional (EBITDA menos capex) de R $ 1,2 bilhões para R $ 1,8 bilhões.
Linha superior influenciada pela menor base de clientes.
A receita líquida ficou em R $ 6,7 bilhões, uma queda de 5,2% no período devido a
(i) menor venda de dispositivos depois de aparelhos outsourcing,
(ii) redução obrigatória de 33% na tarifa de interconexão desde o final de Fevereiro e
(iii) menor-voz fixa receitas influenciados pela queda consecutiva na base de clientes (-4,1% em termos homólogos no segmento Residencial).
Essa queda na linha superior foi parcialmente compensado pelo (i) aumento de 8,0% nas receitas de banda larga e 51% no de TV por assinatura e (ii) um aumento de 51% nas receitas de dados de clientes de mobilidade pessoal.
ARPU residencial subiu para R $ 78,5, ante R $ 73,9 no 2T (+ 6,2%). Por outro lado, o ARPU móvel diminuiu 8,0% no período, para R $ 16,3 devido à redução das tarifas de interligação.
EBITDA superior na parte de trás inferior opex. Opex Recorrente desceu para BRL 4,8 mil milhões no 2T (-10,4% YoY), como resultado de iniciativas de corte de custos recentes, como a redução de pessoal em abril.
As despesas de pessoal foram reduzidas em 15,8% ano/ano para R$ 596 milhões. Despesas de interconexão caíram 36,4% no período para R$ 427 mn influenciados pela redução obrigatória de 33% na tarifa de interconexão impostas pela Anatel.
De acordo com a gestão, a recente corte na essas acusações reduz o mercado definir como um efeito comunidade (chamadas on-net), que havia criado uma cultura com múltiplos cartões SIM, beneficiando jogadores integrados com maior base de clientes.
As provisões para contingências aumentaram 27,4% no período, para R$ 269 bilhões e foram o destaque negativo em opex. Tudo somado, o EBITDA das operações brasileiras recorrente ficou em R $ 1,8 bilhões (+ 10,7% em termos homólogos e -5,8% no trimestre).
Capex.
Oi investiu R $ 1,1 bilhão no 2º trimestre, 88% das quais relacionadas com melhorias de rede. Segundo a empresa, os novos investimentos reduzido preço por megabit em redes 3G / 4G em 32%. Acordos de partilha de RAN também estão diminuindo a necessidade de curto prazo para capex mais elevados, economizando dinheiro para o serviço da dívida. Os indicadores de qualidade, como a taxa de conexão de dados (99%) e taxas de queda de dados (0,6%) estão reunidos metas regulatórias.
A dívida líquida aumentou ligeiramente face ao trimestre anterior
Reclassificando dívida da PT volta a operações continuadas, a dívida bruta chegou a R $ 51 bilhões. Ao mesmo tempo, a Oi recebeu os recursos provenientes da venda dos activos da PT a Altice de cerca de R $ 17 bilhões.
A empresa também mudou parte de seus bônus com vencimento em 2016-17 para os vencimentos mais longos (2021), o que deve proporcionar liquidez suficiente para cumprir as obrigações tanto de curto e médio prazo.
Durante o 2º trimestre2015, os pagamentos de licenças 3G (BRL 554 mn) e taxas bianuais para Aneel relacionados às concessões (BRL 325 mn) também foram feitas. Assim, a dívida líquida encerrou o primeiro semestre em R $ 34,6 bilhões, um aumento de 6,4% no trimestre, ou 4,6x dívida líquida pro forma LTM EBITDA.
Bottom line impactado por um efeito contábil positivo de PT.
O lucro líquido das operações continuadas ficou em um negativo de R $ 442 milhões. A empresa também reconheceu um efeito contábil referente a ganhos cambiais de operações descontinuadas (PT) de R $ 1,1 bilhões, levando o lucro líquido de R $ 671 milhões no 2T.
Outlook: mantendo a recomendação de marketing perform
Apesar do Upside ter subido desde que iniciamos a cobertura do OI, consideramos que os papéis não estão baratos por causa da dívida da empresa maior e da queima de caixa.
Vale ressaltar que a Oi anunciou na conferência que o TAC Termo de Ajustamento de Conduta está em um estágio avançado com a ANATELl, o que poderá reduzir o montante de recursos destinados a cada trimestre ao pagamento de penalidades e multas. A Administração também espera menor consumo de caixa no 2º semestre, uma vez peso da regulamentação relacionada com concessões e taxas já foram aplicados no 2º trimestre. As melhorias na governança corporativa devem ter lugar depois de uma assembléia geral extraordinária em setembro para definir a conversão de ações preferenciais em ações ordinárias (já aprovados pela Anatel e pelo conselho da Oi). Por fim, a macro cena doméstica deve manter a pressionar seus esforços para monetizar a base de clientes.
Os riscos aos investimentos
Como nós destacadas no mês passado, no relatório de iniciação da cobertura, "uma reviravolta que vai demorar muito tempo", no mês passado, a tese de riscos ascendentes de investimento da Oi incluem:
(i) 2.015 EBITDA acima orientação da empresa de R $ 7,0-7,4 bilhões no Brasil,
(ii) valorização do ambiente regulador que favorece a redução de bens e depósitos judiciais, e
(iii) condições favoráveis em uma possível M & A transação com a TIM e
(iv) melhores perspectivas para a redução da alavancagem.
A tese de riscos descendentes consideram:
(i) maior deterioração das receitas de telefonia fixa,
(ii) Denúncia do TAC negociação com a Anatel,
(iii) perda de competitividade devido ao capex inferiores, e
(iv) pior do que os resultados esperados do processo de turnaround, especialmente sobre aumento de alavancagem.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o desempenho da OI no 2º trimestre2015, elaborado por WESLEY BERNABE,
analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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