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Investimentos

18 de Agosto de 2015 as 14:08:51



INVESTIMENTOS - RENDA FIXA - Análise do Mercado


RENDA FIXA - ANÁLISE DE MERCADO, 17.08.2015
 
Arrefecem a demanda por prêmios de risco e a apreciação do dólar
 
Ao longo da semana, o mercado de juros acompanhou um expressivo movimento de recuo dos principais referenciais da renda fixa, em linha com o momentâneo abrandamento do risco-país, expresso pelo CDS Brasil de 5 anos e pelo retorno do bond soberano brasileiro de 2025.
 
Acompanhando o movimento, não apenas os retornos da estrutura a termo das taxas DI recuaram, mas também os yields do FRA Cambial e dos títulos NTN-B.
 
Após ter se deslocado para um novo patamar de alta, a cotação do CDS Brasil perdeu força nos últimos dias e se seguiu a idêntico movimento de baixa, observado no yield do bond soberano brasileiro.
 
Como reflexo, os agentes de mercado refizeram suas posições no mercado futuro de DI, mediante menores exigências de prêmios, derrubando tanto os derivativos de juros quanto os contratos financeiros do FRA Cambial – estes, por sua vez, sofrendo menor influência da variação cambial.
 
A propósito, embora o dólar não tenha deixado o campo altista, as cotações recentes vem apresentando ligeira congestão de curto prazo, enfraquecendo a tendência principal de alta.
 
US Treasuries.
 
A configuração indicativa de indecisão continuou desde a última análise, após o yield ter perdido o referencial de 2,380% e rompido o canal de alta. Com este comportamento, o retorno do T-bond de 10 anos reverteu a tendência de alta iniciada em março e se realinhou à tendência primária de baixa, podendo recuar para o patamar de 2,085%.
 
Contudo, persiste a congestão do yield entre as bandas de 2,300% e 2,100%, alinhada com a importante referência da média de 200 dias (em torno de 2,200%).
 
Nos últimos 5 anos, o yield vem respeitando uma longa linha de baixa, com o maior pico em 3,986% (negociado em 05/04/2010) e a menor cotação em 1,387% (em 24/07/2012).
 
Risco Brasil.
 
A cotação do CDS brasileiro de 5 anos ultrapassou os referenciais destacados nas análises anteriores, situando-se em campo de alta, acima dos 306 pontos (registrado em 16/03/2015), que havia sido superado apenas durante a crise subprime, quando então atingiu 586 pontos.
 
Nos últimos dias, porém, o CDS passou por breves oscilações de curto prazo e acumulou seguidas desvalorizações (mas sempre acima de 306 pontos). Com este comportamento, o mercado estabeleceu um novo topo para o derivativo, em 328 pontos, que passa a representar o novo referencial de atenção. Caso seja superado, os objetivos seguintes seriam os níveis de 333 e 400 pontos.
 
Bond soberano.
 
O retorno do bond soberano brasileiro com vencimento em 2025 (cupom de 4,25%) rompeu a banda compreendida entre 4,880% e 5,145% e prossegue em alta, configurando padrões típicos de forte valorização, especialmente pela superação do topo histórico em 5,100% (mas, também, por respeitar o canal de alta, com sucessivos rompimentos de linhas de baixa de curto prazo, e a divergência de médias).
 
Ainda em configuração de alta, o retorno do bond soberano brasileiro com vencimento em 2025 (cupom de 4,25%) sofreu correções nos últimos dias, acompanhando a baixa momentânea do CDS brasileiro de 5 anos, mas sem perder os indicativos de tendência altista (como o canal de alta iniciado em março, com sucessivos rompimentos de linhas de baixa de curto prazo, e a divergência de médias). Neste momento, o yield situa-se em 4,956%, na banda inferior do canal.
 
No entanto, embora menos provável, se perder o nível de 4Juros Brasileiros. A curva da estrutura a termo dos contratos DI recuou em toda a sua extensão, com maior queda de yield no derivativo de jan/2018, com mais uma redução da inclinação negativa da curva, a qual, neste momento, se apresenta praticamente plana a partir desse vencimento.
 
Os volumes variaram bastante, iniciando a semana com movimentação acima da média e terminando o período com acentuada queda, performando um total semanal relativamente baixo (com registro de média diária de 1.577,1 mil negociações, contra 1.910,7 mil na semana anterior).
 
Entre os contratos mais curtos, o recuo dos yields se mostrou em linha com as expectativas de mercado compiladas pelo Banco Central, especialmente em face da percepção de desaceleração econômica, que se estendeu para 2016 na apuração do Relatório Focus.
 
De fato, após dezessete semanas seguidas de alta, a pesquisa Focus publicada hoje revela que a expectativa para o IPCA de 2015 se estabilizou em 9,32% a.a. e voltou a apresentar perspectiva de maior inflação para o ano seguinte (estimada pelo mercado para o final de 2016), de 5,43% para 5,44%.
 
A estimativa para a inflação dos preços administrados, porém, permanece em alta, registrando 15,20%. Em linha com estes movimentos, o Focus apresentou pela primeira vez a expectativa de retração para o PIB de 2016, em -0,15 e manteve a sequência de baixa para o PIB de 2015 (em -2,01%).
 
Nos contratos longos, a curva DI acompanhou também o recuo momentâneo do retorno do bond soberano de 2025 e do CDS brasileiros (vide análise).
 
O diferencial entre os contratos de vencimentos médios e longos (jan/2017 e jan/2021, de maior liquidez) reduziu-se de forma volátil durante a semana e registrou maior influência do derivativo de jan/2021. A inclinação da curva continua negativa, mas vem apresentando, há várias semanas, diferenciais cada vez menores.
 
(Observando os contratos de vencimentos médios e longos, é possível notar que os retornos se mostram menores entre os vencimentos mais longos, o que leva o desenho da curva a se inclinar para baixo, gradativamente, acompanhando a projeção do tempo. O tamanho dessa inclinação pode ser medido, comparando-se a taxa do contrato de médio prazo com a taxa de um contrato longo.)
 
O FRA Cambial, por sua vez, acompanhou a queda dos contratos DI, observada em proporção significativamente maior que o comportamento da variação cambial. Todos os contratos da curva do FRA Cambial se reduziram em seus retornos, mas em meio a volumes de negociação menores que o observado em semanas anteriores.
 
Dólar comercial interbancário.
 
A baixa momentânea destacada no último relatório se manteve dentro do esperado – sem perder a força de alta – não apenas por carecer de sinais expressivos de reversão para baixa, mas também por se manter acima de um patamar importante no histórico recente (em R$ 3,43).
 
Nos últimos dias, em meio a oscilações de curtíssimo prazo, a cotação do dólar configurou um padrão triangular que se rompeu para cima, ainda na semana. A moeda cumpriu os dois objetivos de curto prazo da atual tendência (R$ 3,20 e R$ 3,31) e, neste momento, permanece em campo de alta, direcionada aos níveis de R$ 3,55 e R$ 3,65.
 
Após o rompimento da linha de tendência de baixa, em junho, o dólar segue em tendência de alta, em meio a volatilidades de curto prazo situadas em campo altista (especialmente pela superação do nível de Fibonacci de R$ 3,10 e pela consistente sustentação do preço acima da média móvel de 30 dias).
 
De janeiro a março, a cotação do dólar no mercado spot apresentou forte valorização, rompendo níveis importantes, como o topo em R$ 2,90, e vem se mantendo acima desse referencial até o momento.
 
Ao longo do período, porém, o mês de maio foi marcado por uma particular redução da volatilidade, sob a forma de um padrão gráfico triangular – que costuma anteceder movimentos mais intensos de alta ou de baixa, quando rompido.
 
Em julho, entretanto, a oscilação foi efetivamente rompida e confirmada, rumando em direção a preços cada vez mais altos e alinhando-se à tendência primária de alta. Cabe notar que não apenas o padrão triangular foi rompido, mas também foi superado os próprios níveis de Fibonacci em R$ 3,03 e R$ 3,10, além do nível de R$ 3,22, os quais figuraram como um relevantes resistências históricas
 
Entre o ápice observado em set/2002 e o fundo registrado em jul/2008, a cotação do dólar comercial (interbancário) oscilou em meio a baixas sucessivas, partindo de R$ 3,74 e chegando a R$ 1,55 (nos fechamentos mensais).
 
Contudo, o comportamento posterior merece especial destaque, em vista da formação de um consistente movimento de alta, pouco comum, identificado pelo rompimento de sequências baixistas de prazos menores e pela acumulação e convergência de médias.]
 
Paralelamente, também o fundo formado em R$ 1,55 – que foi tocado em dois momentos e respeitado como um limite à força de baixa – reforça a cotação para níveis sucessivamente maiores, em harmonia com os níveis de preço referenciados pela série de Fibonacci.
 
Esta força altista, por fim, ganhou um novo e forte impulso no mês de março, que ultrapassou o canal de alta formado desde o final de 2011, levando a cotação do dólar a níveis cada vez maiores.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório que traz a Análise do Mercado de Renda Fixa, elaborado por RENATO OTO, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: RENATO OTO, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.





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