Lojas Americanas e B2W - Resultado Capenga no 2º trimestre2015
Falta de linha de fundo e de fluxo de caixa
Foram misturados 2º trimestre2015 resultados da Lojas Americanas. Por um lado, o desempenho de vendas continuou a impressionar, especialmente quando se considera 1º semestre2015 em sua totalidade (comprometida a base comparativa entre 2º trimestre2014 e 2º trimestre2015 com o feriado de Páscoa).
Também foram positivos os ganhos de eficiência em matéria de logística e a melhoria da cadeia de abastecimento, o que impulsionou margens operacionais. Por outro lado, no entanto, a avaliação perde alguns pontos por conta de:
(I) maiores despesas financeiras, devido ao maior nível de endividamento e
(Ii) falta de fluxo de caixa operacional livre.
Manteremos alerta para o desempenho próximos trimestres, especialmente em relação a margem líquida, nível de endividamento e geração de fluxo de caixa livre, para decidir se a reavaliar nossas previsões ou não. Por agora, estamos mantendo nossa recomendação como Market Perform para LAME4, com um preço-alvo para YE2015 de R$19,50. Nossos destaques referem-se à Controladora.
Linha superior.
As vendas líquidas aumentaram 6,5% no 2º trimestre2015, impactado por uma forte base de comparação. Em 2015 as vendas da Páscoa "foram concentradas no 1º trimestre, ao passo que em 2014 aconteceu no 2º trimestre2015. Se considerarmos 1º semestre2015 em sua totalidade, as vendas líquidas aumentaram 12,0%, com um desempenho acima da inflação de Same Store Sales-Vendas em mesmas lojas) (+ 9% no período).
Margens operacionais.
Margem Bruta expandiu 200 pontos base no 2º trimestre2015, impulsionada principalmente pela logística e fornecer melhorias na cadeia, como resultado de investimentos recentes em infraestrutura e melhor negociação com fornecedores.
Destaque para Variedade de Produtos, resultante de maior eficiência na entrega de produtos às lojas, impulsionando oportunidades de cross-selling e também beneficiando a Margem Bruta.
Margem EBITDA cresceu em um ritmo mais lento do que a Margem Bruta, impactado principalmente pelo
(I) aumento dos custos de G & A, como resultado de uma maior inflação e os custos fixos (electricidade, por exemplo) no período e
(Ii) custos de depreciação mais elevadas, devido ao plano de expansão acelerada da empresa.
Linha de fundo.
O Lucro Líquido foi novamente impactado pelo resultado financeiro líquido, que se deteriorou 43,5% no período, totalizando uma despesa de R$ 211 milhões, como resultado da maior taxa CDI combinado com um maior nível de endividamento.
Dívida Total expandiu-se de R$ 5,33 Bi no 2º trimestre2014 para R$ 5,80 Bilhões em 2º trimestre2015, devido a maiores investimentos e aumento de capital da B2W.
A relação Dívida Líquida / EBITDA Ajustado manteve-se, no entanto, praticamente estável em 2,2x, como resultado da expansão do EBITDA em um ritmo mais rápido do que a Dívida Líquida.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o desempenho de LOJAS AMERICANAS e B2W no 2º trimestre2015, elaborado por MARIA PAULA CANTUSIO e MARIO BERNARDES JÚNIOR, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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