Relatório de Mercado - 24.07.2015
O Ibovespa seguiu em tendência declinante após sua abertura, decaindo ao longo da primeira hora e meia de negócios. A partir daí, passou a oscilar circundando os 48.800 pts (-2,01%), mas, mostrou alguma recuperação na última hora do pregão, por conta da “zeragem” de posicionamentos dos vendidos no mercado intradiário.
O volume financeiro foi o segundo maior da semana, ficando acima da média móvel de cinco pregões, fortificando a pressão vendedora e dando força para a continuidade da tendência descendente.
Em dólar, o índice encerrou sobre um suporte, em 14.700 pts. Entre as ações mais líquidas, Petrobras, Vale e Ambev pesaram sobre o mercado bursátil hoje.
No cenário internacional prosseguiram os temores que os EUA possam subir juros já em setembro, mantendo o mau humor dos agentes da véspera nas bolsas de valores pelo mundo.
Também, a prévia do índice de atividade PMI de julho da China, que baixou para 48,2 versus 49,4 em junho (consenso em 49,7), contribuiu para elevar a aversão ao risco.
Na Europa, os PMIs de Alemanha, França e da zona do euro recuaram e vieram abaixo das expectativas de mercado.
Ibovespa
No índice, os setores com mais fracas performances foram: Siderurgia/Mineração; Infraestrutura; Consumo; e Petróleo / Petroquímico.
Destaques individuais negativos ponderados para:
JBSS3 (R$14,80; -3,83%; giro R$87 milhões);
ITSA4 (R$8,00; -2,79%; giro R$293 milhões);
ABEV3 (R$19,04; -1,30%; giro R$236 milhões);
VALE3 (R$16,79; -3,06%; giro R$95 milhões);
VALE5 (R$14,03; -2,30%; giro R$298 milhões);
PETR3 (R$11,09; -1,77%; giro R$175 milhões);
PETR4 (R$10,04; -1,28%; giro R$440 milhões);
CMIG4 (R$9,07; -5,72%; giro R$48 milhões); e
CCRO3 (R$14,46; -3,92%; giro R$91 milhões).
O índice doméstico fechou aos 49.245 pts (-1,13%), acumulando -5,91% na semana, -7,22% no mês, -1,52% no ano e -15,06% em 12 meses.
Em dados preliminares, o giro da Bovespa foi de R$6,76 bilhões (R$6,46 bilhões no mercado à vista), com o volume do índice em R$5,48 bilhões.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível, a Bovespa teve saída de capital externo de R$126,576 milhões no dia 22 de julho último, somando R$582,070 milhões no mês (+R$2,597 bi em junho; +R$1,472 bi em maio; +R$7,605 bi em abril; +R$3,809 bi em março; +R$4,481 bi em fevereiro; +R$1,575 bi em janeiro) e somando R$22,122 bilhões em 2015.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,3490 (+1,76%), no maior patamar desde a semana de 23 de março de 2003, acumulando +4,92% na semana, +7,72% no mês, +26,14% no ano e +50,86% em 12 meses.
Nos juros futuros (DI), as taxas subiram como um todo, com as mais líquidas variando mais de 1% - apenas a ponta mais longa, a partir do DI Jan/2,0 mostrou recuo.
Os agentes prosseguiram antecipando e refazendo seus posicionamentos em relação à reunião do Copom, que decidirá na próxima quarta-feira (29) sobre a taxa básica de juros (Selic).
Indicadores.
No Brasil, o IPC-Fipe variou 0,72% na quarta quadrissemana, ante +0,57% da anterior – consenso em +0,64%. O índice de confiança do consumidor / FGV cedeu para 82,0 em julho, versus 83,9 em junho – menor patamar histórico da série, que teve início em setembro de 2005.
Agenda da sexta-feira (24):
No Brasil, confiança do consumidor /FGV; nos EUA, PMI manufatura (prévia); na Alemanha, na França e na zona do euro, PMIs manufatura, serviços e composto.
Agenda da próxima semana (vide pg. 4):
Destaques – no Brasil, Copom decide taxa Selic (29) e nos EUA, Fed delibera sobre política monetária (juros) (29) e revisão do PIB 2T15 (30).
Confira no anexo o relatório completo sobre o comportamento do mercado financeiro na 6ª feira, 24.07.2015, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS