Movimento do mercado financeiro em 15/07/2015
PIB da China em linha com consenso
MERCADOS
Os investidores operaram com cautela mais uma vez na 4ª feira, 15.07. Um dos indicadores mais aguardados era o PIB do segundo trimestre da China, e que veio levemente acima da expectativa de mercado (crescimento de 7% A/A, acima do consenso de 6,9%).
As bolsas fecharam em baixa na Ásia, já que a economia chinesa parece estar conseguindo fazer sua transição de modelo econômico de maneira ordenada.
Em relação à Grécia, aguarda-se o resultado da votação do pacote de ajuda pelo parlamento. O índice europeu Stoxx 50 fechou em alta de 0,31%, Frankfurt avançou 0,20% e Milão teve alta de 1,28%.
Nos EUA, o discurso semestral da presidente do Fed no congresso e os indicadores americanos melhores que o esperado - inflação ao produtor e produção industrial - deram força à expectativa de que o Fomc aumente as taxas de juros ainda esse ano.
Em seu discurso, Yellen afirmou que "as condições econômicas provavelmente justificarão elevar juros em algum momento este ano".
Os treasuries ganharam força. O rendimento do título de 10 anos fechou em 2,35%, de 2,43% na máxima antes do discurso. O dollar index fechou em alta de 0,51%.
As bolsas em Nova York se mantiveram estáveis, ajudas pela divulgação de bon resultados corporativos. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,02% e o S&P 500 perdeu 0,010%), em 2.106 pontos.
Ibovespa
Por aqui, o Ibovespa operou em queda durante a manhã, puxado por Petrobras (PETR PN, R$ 11,80, -1,67%), Vale (VALE PN, R$ 14,50, -2,42%) e Bancos (ITAU PN, R$ 31,29, -1,73%).
Petrobras acompanhou a queda do preço do petróleo no mercado internacional. Na ICE, os contratos do petróleo Brent para agosto, fecharam a US$ 57,05 por barril, em queda de US$ 1,46 (2,50%) em função da alta do dólar, apesar de relatório da Agência Internacional de Energia ter mostrado redução do estoque além do esperado nos Estados Unidos.
Fora das blue chips, as ações da Oi (OI PN, R$ 5,33, -4,14%) apresentaram a maior queda do índice, com o rebaixamento de rating pela Fitch, refletindo o ambiente operacional negativo no Brasil e o fraco posicionamento de mercado da empresa, além de sua geração negativa de caixa.
No final, o Ibovespa fechou o dia aos 52.902 pontos, em baixa de 0,63%. Na mínima, marcou 52.790 pontos e, na máxima, 53.334 pontos. O giro financeiro total foi de R$ 5,017 bilhões, abaixo da média mais uma vez.
Capitais externos na bolsa brasileira
No último dado disponível, a Bovespa teve ingresso de capital externo de R$ 259,064 milhões no dia 13, quando o Ibovespa subiu 1,01% e o giro total foi de R$ 5,418 bilhões. O saldo de recursos externos em julho é de R$ 411,70 milhões e no ano o superávit é de R$ 21,952 bilhões.
Na BM&F, os contratos de juros operaram sem tendência definida. A ponta longa da estrutura a termo foi mais influenciada pelo ganho dos treasuries e do dólar no exterior. O dólar teve uma sessão volátil, abrindo em alta acompanhando o desempenho da divisa no exterior, mas virou à tarde terminou a sessão em baixa de 0,16%, a R$ 3,1330.
INDICADORES
Nos Estados Unidos, a produção industrial (junho) subiu 0,3% ante maio, acima do consenso de alta de 0,2%. O índice de preços ao produtor (PPI) subiu 0,4% na mesma comparação, ante previsão de +0,2%.
Na China, a divulgação do PIB do segundo trimestre mostrou que a economia chinesa cresceu 7% (anualizado), acima do consenso de mercado, que era de 6,9%.No Brasil, a Receita Federal informou que a arrecadação federal no mês de junho foi de R$ 97,09 bilhões.
AGENDA DA SEMANA
Terça-feira: Vendas no varejo (Junho) dos EUA, Brasil e China, Reunião Política Monetária Japão, produção industrial (junho) da China e zona do euro, PIB do 2º trimestre da China, pesquisa de crédito do BCE do 2T;
4ª feira: produção industrial (junho) dos EUA;
5ª feira: BCE (taxa de juros);
6ª feira: IPC (junho) dos EUA e vendas de varejo (junho) do Reino Unido.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o desempenhos dos mercados em 16.07.2015, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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