Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Política

16 de Julho de 2015 as 11:07:53



PMDB só não deixa governo por compromisso político, afirma Eduardo Cunha


"... estamos lá para dar governabilidade porque assumimos este compromisso mas estamos doidos para cair fora", afirmou o presidente da Câmara
 
 
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta 5ª feira, 16.07, que o PMDB só manterá a aliança com o PT até o final do governo para cumprir o compromisso firmado nas urnas e manter a governabilidade do país. Segundo ele, não é “improvável” que a legenda saia a qualquer tempo do governo, mas esta não seria a postura “ideal”.
 
“É uma forma de dizer para a sociedade que estamos lá para dar governabilidade porque assumimos este compromisso mas estamos doidos para cair fora”,
 
afirmou. Durante um balanço sobre o primeiro semestre a frente da Câmara dos Deputados, Cunha explicou que a legenda tem responsabilidade com o país e que a população não entenderia uma saída do PMDB neste momento, mas acrescentou:
 
“Se tem um partido que não quero fazer aliança hoje é o PT”.
 
O presidente da Câmara afirmou que o PMDB nunca fez parte do governo e o fato de ocupar o comando de alguns ministérios “não significa nada”. Segundo ele, as pastas interessam apenas aos ministros mas não contempla ou inclui as posições do partido na tomada de decisões.
 
“O PMDB não está no governo. Estão os ministros, mas se pegar a estrutura abaixo é toda do PT. O PMDB não manda nos ministérios. A gente fica com o ônus e não com o bônus.  A aliança não teve apoio de 40% do partido. E esses mesmos 40% continuam contrários ao governo. O PMDB só serviu para votar e nunca para preparar uma elaboração política,”
 
avaliou.
 
Ontem, Cunha, vice-presidente da República Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) confirmaram que a legenda terá candidatura própria nas eleições de 2018. Cunha disse que não há candidaturas acertadas e descartou inclusive especulações sobre o seu nome.
 
“Não sou candidato a nada. Se o povo deixar eu voltar como deputado já vou ficar feliz”,
 
garantiu. Para ele, as declarações de Temer e Renan mostraram que os peemedebistas agora estão falando “a mesma língua”.
 
“Quando eu falava era rebeldia. O PMDB tomou um posicionamento político. Todos que têm influência e liderança no PMDB pensam iguais. Não aguentamos mais aliança com o PT,”
 
afirmou.
 
Articulação política
 
Eduardo Cunha voltou a defender a saída de Michel Temer da articulação política do governo assim que as medidas do ajuste fiscal forem concluídas.
 
“Ele assumiu a articulação num momento da mais grave crise de governabilidade. Se não tivesse assumido, as medidas de ajuste não teriam passado, mas na minha opinião não deveria continuar,”
 
disse.
 
Para o peemedebista, a atual crise política aliada à crise econômica em que vive o país tendem a agravar a capacidade do governo Dilma Rousseff. Cunha voltou a defender o parlamentarismo como solução para o país e afirmou que se este fosse o regime atua, o Brasil não estaria vivendo esta crise institucional e política. Segundo ele, o tema será discutido assim que os parlamentares voltarem do recesso que começa a partir da próxima semana e a ideia é estudar alternativas que possam valer a partir de 2019.
 
Cunha ainda avaliou que a pressão ao governo deve aumentar após o recesso parlamentar.
 
“O aprofundamento do desemprego vai gerar muita pressão em cima dos deputados que estarão em suas bases no período do recesso. Eles tendem a voltar muito mais duros,”
 
apostou.
 
Apesar das críticas, o presidente da Câmara garantiu que deseja os melhores votos para Dilma.
 
“A instabilidade política e a ingovernabilidade não são boas para ninguém. Sou brasileiro, tenho filhos. E ela sempre me tratou com maior deferência. Não tenho o que reclamar dela. Mas não quer dizer que não posso criticar o governo. Como quero o melhor a crítica talvez possa ajudar”,
 
concluiu.
 
Eduardo Cunha ainda explicou que está analisando o posicionamento de consultores da Câmara e de juristas que não atuam no Congresso sobre o pedido de impeachment apresentado pelo Movimento Brasil Livre. O peemedebista não opinou nesta etapa e disse que só vai se manifestar quando tiver estudado todos os pareceres que, segundo ele, deve ocorrer nos próximos 30 dias.


Fonte: Agência Brasil





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
JOÃO CÂNDIDO, Comandante Negro, Herói da Pátria refutado pela Marinha 27/04/2024
JOÃO CÂNDIDO, Comandante Negro, Herói da Pátria refutado pela Marinha
 
Senado recorre ao STF para manter DESONERAÇÃO da Folha de Pagamentos 26/04/2024
Senado recorre ao STF para manter DESONERAÇÃO da Folha de Pagamentos
 
24 MILHÕES de Pessoas deixaram de passar fome no Brasil 26/04/2024
24 MILHÕES de Pessoas deixaram de passar fome no Brasil
 
VITÓRIA DO GOVERNO - Adiada a Sessão do Congresso sobre Vetos Presidenciais 25/04/2024
VITÓRIA DO GOVERNO - Adiada a Sessão do Congresso sobre Vetos Presidenciais
 
LULA; “Não há divergência que não possa ser superada 23/04/2024
LULA; “Não há divergência que não possa ser superada"
 
CNJ determina afastamento de Gabriela Hardt, ex-juíza da Lava jato 16/04/2024
CNJ determina afastamento de Gabriela Hardt, ex-juíza da Lava jato
 
Senado vota PEC sobre Criminalização das Drogas 16/04/2024
Senado vota PEC sobre Criminalização das Drogas
 
PMDF investiga 2 Pacotes Suspeitos no Aeroporto de Brasília 16/04/2024
PMDF investiga 2 Pacotes Suspeitos no Aeroporto de Brasília
 
FAB diz estar de prontidão para resgatar brasileiros no Oriente Médio 14/04/2024
FAB diz estar de prontidão para resgatar brasileiros no Oriente Médio
 
PLENÁRIO DA CÂMARA decide manter prisão de CHIQUINHO BRAZÃO 10/04/2024
PLENÁRIO DA CÂMARA decide manter prisão de CHIQUINHO BRAZÃO
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites