Efeitos de curto prazo das medidas de ajuste da economia, inflação, elevação do desemprego e queda da renda dos trabalhadores afetam negativamente o nível de consumo interno
O faturamento real das micro e pequenas empresas paulistas, em março, registrou um recuo de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Já na comparação com fevereiro deste ano, houve aumento de 6,1%.
Os dados constam da pesquisa divulgada nesta 2ª feira, 01.06, pelo SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo, feita com o apoio da Fundação SEADE.
Em março, a receita total das micro e pequenas empresas paulistas somou R$ 46,9 bilhões, uma queda de R$ 2,4 bilhões em relação a março de 2014. Segundo o Sebrae, os resultados do mês
“refletem a confiança em baixa dos consumidores, o aumento do desemprego, a queda do rendimento real dos trabalhadores, a inflação mais elevada e os efeitos de curto prazo das medidas de ajuste da economia, que afetaram o nível de consumo interno”.
Serviços, setor mais afetado
O setor mais afetado foi o de serviços, que apresentou diminuição de 12,2% na comparação com março de 2014. Já os setores de indústria e de comércio apresentaram pequena alta de 0,7% e 0,1%, respectivamente.
Entre janeiro e março deste ano, as micro e pequenas empresas paulistas registraram redução de 12,8% no faturamento real em comparação a 2014 e queda de 0,1% no total de pessoal ocupado em relação ao mesmo período.
Para os próximos seis meses, a expectativa da maior parte dos micro e pequenos empresários é que haverá estabilidade no faturamento. Para o SEBRAE, 2015 será um ano de “análise e cautela por parte dos empreendedores, evitando desperdícios e racionalizando produção e/ou vendas”.