Ibovespa (53.801 pts; -0,47%): caiu junto com Nova York em dia de aumento de aversão ao risco e baixo volume.
O Ibovespa abriu em forte queda, assim como as bolsas americanas, cujos índices já indicavam, na abertura, que o mercado especula sobre a existência de sinais, a serem divulgados na ata da última reunião do FED, da proximidade de aumento das taxas dos Fed Funds.
Embora a melhora dos indicadores de geração de postos de trabalho e queda do desemprego tenham trazido euforia ao mercado na última semana, as especulações sobre o conteúdo da ata e com a bolsa em múltiplos relativamente elevados (S&P com P/L em 16,7X contra 14,3X na média de cinco anos), os investidores aproveitaram para realizar lucros.
A divulgação dos dados ruins da produção industrial da Alemanha, que recuou 1,8% na passagem de abril para maio, também colaborou para a queda, principalmente na Europa, cujas bolsas tiveram quedas mais expressivas.
O índice de volatilidade futura medido pelo VIX (Volatility Index) voltou a subir hoje, para 11,33, após ter alcançado 10,32 na semana passada, sua menor medida desde a crise de 2007.
Nesse cenário, o Ibovespa sofreu adicionalmente com o relatórios Focus e de vendas de veículos da Anfavea, ambos trazendo maior volatilidade ao mercado local.
Depois de abrir em queda e perder 1,23% na primeira parte da manhã, o índice recuperou parte das perdas, mas ainda assim fechando no vermelho. Entre os papéis que pesaram negativamente para o índice destacaram-se Petrobras ON e Vale PN, que cederam 1,35% e 1,26%, respectivamente.
O índice doméstico terminou em 53.801 pts, em baixa de -0,47%, passando a acumular alta de 1,19% no mês e 4,46% no ano. O giro do Ibovespa foi de R$2,91 bilhões.
No último dado disponível, a bolsa brasileira registrou ingresso de capital externo de R$326,725 milhões no último dia 03. Em julho o saldo está positivo em R$ 268,834 milhões, e no acumulado de 2014 o superávit é de R$12,496 bilhões.