DIário do Mercado na 5ª feira, 09.07.2020
Bolsa volta a bater os 100 mil pontos mas fecha a sessão em queda
Comentário.
O dia foi de muita cautela nos mercados com as atenções voltadas para o aumento do número de casos de coronavírus nos EUA que, conforme estatísticas do CDC (Centro de Controle de Doenças), bateu um novo recorde no número de casos registrados em 24 horas (quase 65 mil). Além disso, os EUA atingiram hoje a marca dos 3 milhões de casos confirmados de Covid-19.
O receio quanto a uma possível suspensão da retomada econômica derrubou o S&P500 e o Dow Jones. Em contrapartida, a Nasdaq voltou a renovar a máxima histórica atingindo o patamar de 10.547,75 pontos.
Na Europa, os mercados apresentaram mais um dia de perdas, influenciados pelas incertezas em relação ao nível de recuperação da economia mundial.
No mercado doméstico, a bolsa chegou a operar acima dos 100 mil pontos no mercado a vista, mas cedeu ao longo do dia acompanhando o movimento das bolsas no exterior.
Em relação ao câmbio, o dólar apresentou mais um dia de volatilidade, encerrando a sessão com uma ligeira queda. Os juros futuros superaram o mau humor dos mercados fechando perto da estabilidade, nos vencimentos de curto e médio prazos, e com queda, nos vencimentos mais longos.
Ibovespa.
O índice abriu a sessão em alta voltando a operar acima da casa dos 100 mil pontos. No entanto, ao longo do dia, a bolsa cedeu acompanhando o movimento de cautela no exterior e fechando o pregão com uma desvalorização de 0,61%, aos 99.160 pontos.
Entre as maiores altas do índice, o destaque foi o desempenho das ações de varejo, refletindo os bons números do setor divulgados ontem pelo IBGE. As ações das Lojas Americanas (LAME4) apresentaram uma forte alta de 10,12%. Já pelo lado das mínimas, as ações da Braskem (BRKM5) tiveram o pior desempenho registrando uma queda de 7,02%.
O giro financeiro preliminar da Bolsa foi de R$ 26,7 bilhões, sendo R$ 24,1 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 7 de julho (dado mais recente), investidores estrangeiros retiraram R$ 1,167 bilhão da B3, aumentando o saldo negativo do mês para R$ 2,437 bilhões.
No acumulado de 2020, os investidores já retiraram R$ 78,942 bilhões (acima a saída líquida anual recorde de -R$ 44,517 bilhões em 2019).
Câmbio e CDS.
O dólar apresentou um desempenho misto, com valorização frente às principais moedas (exceto o iene) e desvalorização frente a maioria dos emergentes. No mercado doméstico, a moeda apresentou mais um dia de muita volatilidade fechando a sessão cotada a R$ 5,3353 (-0,20%).
Risco País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) subiu a 237 pontos contra 235 registrados no dia anterior.
Juros.
Em uma sessão instável, os juros futuros fecharam o dia em queda, principalmente nos vencimentos mais longos. Os investidores aguardam a divulgação dos dados do IPCA amanhã para ajustar as apostas em relação à próxima decisão de juros do Copom. Assim fecharam as taxas em relação a sessão anterior:
DI outubro/2020 se manteve em 2,10%;
DI janeiro/2021 em 2,12% de 2,13%;
DI janeiro/2022 em 3,10% de 3,08%;
DI janeiro/2023 em 4,18% de 4,17%;
DI janeiro/2025 em 5,63% de 5,67%;
DI janeiro/2027 em 6,43% de 6,48%.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 09.07.2020, elaborado por RICHARDI FERREIRA, CNPI, analista do BB Investimentos
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