BB Investimentos divulga relatório de resultado 4T12 de PETROBRAS
Aumento na importação de derivados e baixa de poços secos impactam resultado anual
A Petrobras apresentou lucro líquido de R$ 21,2 bilhões em 2012 (-36% A/A) e de R$ 7,8 bilhões no 4º trimestre/2012 (+39% T/T).
O Ebitda ajustado, que considera a participação em investimentos e o impairment, apresentou queda de 14% no resultado anual e de 17% no resultado trimestral, chegando a R$ 53,4 bilhões e a R$ 11,9 bilhões, respectivamente.
O resultado anual da companhia foi impactado principalmente pelo aumento na importação de derivados, pela defasagem no preço de venda interna em relação à cotação internacional, pelas baixas de poços secos e pela redução da produção de petróleo.
Segmentos
O segmento de Exploração e Produção obteve um resultado líquido 12% maior em 2012, chegando a R$ 45,5 bilhões, decorrente da elevação dos preços de venda do petróleo nacional e da redução do impairment. No entando, esse número foi parcialmente impactado pelo aumento nos custos e pelas maiores baixas de poços secos.
A área de Abastecimento apresentou prejuízo de R$ 22,9 bilhões, ante prejuízo de R$ 10 bilhões em 2011, em razão dos maiores custos com aquisição de petróleo e importação de derivados. O resultado do segmento, porém, sofreu reflexos positivos dos aumentos nos preços dos derivados em junho e julho do ano passado.
Volume de vendas
O volume de vendas total da Petrobras em 2012 foi 8% superior ao registrado no ano anterior. O crescimento da frota de veículos flex, a redução do teor de etanol anidro na gasolina C (de 25% para 20% em outubro de 2011) e a vantagem do preço da gasolina frente ao do etanol foram os fatores responsáveis pelo aumento de 17% no volume de vendas de gasolina no decorrer do ano.
Também merece destaque o incremento nas vendas de gás natural (+17%) ocorrido, principalmente, pelo aumento de demanda por parte das termelétricas que compensou o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.
Endividamento
O endividamento bruto total da companhia no final do ano foi de R$ 196,3 bilhões, 26% superior ao registrado no final de 2011. A dívida de longo prazo corresponde a 92% do total e está alocada, principalmente, em notes (35%), empréstimos junto a instituições financeiras (29%) e ao BNDES (25%). A maior parte desse endividamento está em dólar (55%), em reais (21%) ou em reais indexado ao dólar (16%) e tem vencimento após 2018 (62%).
Perspectivas
O último reajuste nos preços da gasolina A (+6,6%) e do diesel (+5,4%) ocorrido no final de janeiro deve impactar positivamente o balanço da estatal.
A declaração da companhia de que manterá seu nível de produção de óleo em 2013 nos mesmos patamares do ano passado deixa, novamente, poucas esperanças de aumento significativo de receita.
Entretanto, aguardamos para o ano um resultado positivo mais evidente dos programas de redução de custos, de aumento de produtividade e de desinvestimentos, entre outros. Por esses motivos, colocamos em revisão nosso preço-alvo para os papéis da Petrobras.
Vide em anexo o Relatório de Análise da PETROBRAS, elaborado pelo BB-BI
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