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Economia e Finanças

25 de Julho de 2016 as 20:07:52



RELATÓRIO FOCUS - Uma semana de mínimos ajustes


Relatório FOCUS,   de 25.07.2016
 
Análise: Após melhorias, uma semana de mínimos ajustes
 
 
No relatório semanal Focus, do Banco Central, as projeções de mercado (mediana) destacaram:
 
(i) a interrupção da continuidade de melhora do crescimento do PIB,
(ii) mais uma retração do câmbio estimado ao término de 2016,
(iii) a manutenção da Selic (meta) tanto para 2016, como para 2017.
 
Após uma sequência de melhoria na maior parte dos indicadores nas semanas anteriores, esta semana trouxe um compilado mais ameno, refletindo o que se lê como um “pit stop” por parte dos agentes para a digestão dos dados divulgados na semana passada, como a definição pelo Copom dos juros, bem como as novidades vindouras desta semana, por conta de confiança do consumidor, IGP-M, a ata do Copom e a taxa de desemprego. 
 
Mudanças nas projeções de PIB. O PIB 2016, a grande surpresa do Focus dessa semana, interrompeu a sequência de melhorias, que já durava 9 semanas sem retração, e torna a buscar um alinhamento à projeção oficial do governo (revista há 3 semanas atrás no Relatório Trimestral de Inflação, negativo em 3,3%). Para 2017, manteve-se inalterado em 1,1%. Ainda não entendemos o movimento como reversor de tendência, apenas um ajuste pontual.
 
Recuo na inflação de 2016. Embora tenha mantido a projeção estacionada para 2017, a inflação (IPCA) estimada para 2016 recuou novamente.
 
A definição do Copom da semana passada não teve impacto sobre este ajuste, tendo em vista que qualquer alteração na Selic normalmente surte efeito somente após 6 meses em média.
 
O dólar, em menores patamares pós-Brexit, no entanto, é o que está embutindo nos agentes a expectativa de retração inflacionária no composto do indicador.
 
Câmbio
 
Com os fortes recuos nas estimativas, especialmente para 2016, o dólar tem se ajustado cada vez mais à faixa entendida como “confortável” pelo Bacen, entre R$ 3,20 e R$ 3,30 e deve deixar de sofrer ajustes, exceto se eventos como alteração de taxas internas ou nos EUA acontecerem e novamente impulsionarem a cotação da moeda spot a outros patamares.
 
Juros em compasso de espera.
 
Apenas a Selic permaneceu inalterada nos dois horizontes de projeção. Considerando-se o teor do comunicado pelo Bacen quando da definição da Selic-meta na semana passada, somado ao IPCA-15 acima das estimativas divulgado na sequência, entendemos que a probabilidade de corte na próxima reunião, em 31/08 foi reduzida.
 
Sendo assim, embora o mercado ainda projete corte de 100 bps para esse ano, com apenas duas reuniões após a de agosto no calendário, não descartamos uma revisão nas projeções nos próximos boletins, já que a inflação, especialmente dos alimentos, não está arrefecendo no ritmo esperado, e o Bacen ainda não dá sinais quanto a afrouxo monetário.
 
Síntese
 
- O PIB para 2016 reverteu pontualmente a sequência de melhoras (-3,27% contra -3,25% na semana anterior). Para 2017 manteve-se inalterado em +1,1%;
 
-  O IPCA arrefeceu a 7,21% (7,26% antes) para 2016, mantendo o movimento de retração. Para 2017, também cedeu, embora marginalmente, de 5,30% para 5,29%;
 
- A Selic, tanto para 2016 quanto para 2017, ficou estável em 13,25% e 11% respectivamente;
 
A taxa de câmbio sofreu mais uma correção para 2016, cedendo de R$ 3,39 para R$ 3,34.Para 2017 manteve-se estacionado em R$ 3,50;
 
O CDS (Credit Default Swap - risco-país - fonte: CBIN) de 5 anos do Brasil fechou aos 287 pts na sexta-feira, 22 de julho, em trajetória descendente, denotando a crescente percepção de redução de risco quanto ao mercado brasileiro.
 
 
Confira no anexo a íntegra da análise do Relatório Focus de 25.07.2016, do Banco Central, elaborada por Rafael Reis, CNPI Analista do investimentos do BB INVESTIMENTOS

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Rafael Reis, CNPI Analista do investimentos do BB INVESTIMENTOS





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