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Franchising

15 de Setembro de 2014 as 01:09:34



ARTIGO - Varejo: Encolher para Sobreviver - por Dr. Haroldo Monteiro


Neste momento, o foco deverá ser a rentabilidade
pelo Dr Haroldo Monteiro
 
Continua a crescer a lista das empresas que estão diminuindo seu número de lojas. As listadas em bolsa de valores ganham destaque: Magazine Luiza, Marisa, Raia Drogasil (Profarma), Brasil Pharma (BTG), Casas Bahia, Ponto Frio, ambas Via Varejo.
 
Os motivos destes ajustes/fechamentos de lojas são vários: sobreposição de lojas, baixa performance, entre outros.
 
Engrossam a lista outras empresas não listadas em bolsa, mas que tem participação de peso no varejo como Wall Mart.
 
Além disto, as de menor porte vêm fazendo seu dever de casa, fechando lojas com rentabilidade baixa ou mesmo negativa.
 
 
Efeitos sobre o Mercado de Franquias
 
Este movimento já começa até a afetar o mercado de franquias, pois muitas redes que cresceram fortemente nos últimos anos com esta estratégia vêm reduzindo a quantidade de franqueados ou ainda começam a ter uma maior dificuldade para vender novas unidades. Enfim, a estratégia de encolher para sobreviver ganha destaque!
 
Sabemos que a economia não vai bem. Mas por que as empresa estão adotando esta estratégia de encolhimento? Quais as perspecticas para os próximos meses?
 
Em primeiro lugar, vamos falar das grandes varejistas, que no momento estão apenas aparando as arestas dos excessos cometidos nos últimos anos, onde implementaram planos ambiciosos de crescimento, que muitas vezes focavam simplesmente no "ganho de musculatura", ou seja ficar grande o bastante para não serem engolidas pela concorrência, porém tiveram a sua rentabilidade comprometida.
 
Estas empresas, apesar de ver ser lucros diminuirem ou até mesmo terem prejuízo, conseguem atravessar esta fase da economia apenas ajustando seus números de lojas, melhorando o management e ganhando produtividade, pois na maioria dos casos o caixa é suficiente para aguentar o tranco até que o plano estratégico de adequação a nova realidade seja implantado. Mas uma coisa é certa: o mercado vai punir as que cometeram maiores exageros, através da depreciação do valor de suas ações.
 
Mas e as empresas não listadas e de menor porte? Geralmente de origem familiar e não profissionalizadas, na época da bonanza também implantam estratégias de crescimento acelaredas, porém não adequam sua estrutura de capital para suportar este crescimento, e utilizam a alavancagem financeira demasiadamente como forma de suportar o crescimento, muitas vezes até utilizando recursos de curto prazo, para investir no longo prazo.
 
Desta forma quando vem a tempestade, elas têm que encolher rapidamente, diminuindo seu tamanho até ficarem pequenas o suficiente apenas para sobreviver.
 
E a curto e médio prazo: o que esperar do varejo, no que tange as cadeias de lojas? Quanto às grandes cadeias, elas vêm se preparando para enfrentar a concorrência, que em muitos casos virá ou já está chegando de fora do Brasil, já as de menor porte sofrerão mais e podem vir a desaparecer ou ficar de um tamanho bem pequeno para focar num determinado nicho.
 
Acredito que os próximos anos serão bem difíceis não só pelas condições macroeconômicas, mas também pela maior concorrência, e pelo mercado de crédito que continuará bem seletivo.
 
Assim, qualquer estratégia de crescimento deverá ser desenvolvida de maneira conservadora, e com menor alavancagem. O foco será rentabilidade !!
 
 
HAROLDO MONTEIRO
Sócio da  Planning & Management Consultoria
Especializada em Gestão e Tendencias Economicas para o Varejo e
Consultoria em Finanças e Franchising
O autor é graduado em Administração de Empresas e Engenharia Econômica pela UERJ, além do MBA Business Administration pela Ohio University.
É professor convidado da COPPEAD para a disciplina Administração Financeira de Curto Prazo. 
 


Fonte: Dr. HAROLDO MONTEIRO

 
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