Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Economia e Finanças

17 de Janeiro de 2022 as 17:01:40



OFAM: Pandemia fez um Novo Bilionário a cada 26 horas


Pandemia fez um novo bilionário a cada 26 horas, diz Oxfam
 
Enquanto isso, a renda de 99% da humanidade caiu
 
Enquanto a pandemia colocou na pobreza mais de 160 milhões de pessoas, um novo bilionário surgiu a cada 26 horas desde o início da crise humanitária, afirma a Oxfam Brasil, entidade que trabalha na busca de soluções para o problema da pobreza, desigualdade e injustiça.
 
De acordo com a entidade, os 10 homens mais ricos do mundo mais que dobraram suas fortunas, passando de US$ 700 bilhões para US$ 1,5 trilhão – a uma taxa de US$ 15 mil por segundo ou US$ 1,3 bilhão por dia – durante os dois primeiros anos da pandemia.
 
Por outro lado, a renda de 99% da humanidade caiu e mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza.
 
A diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia, afirmou que, se os 10 homens mais ricos do mundo perdessem 99,99% de sua riqueza, eles continuariam mais ricos do que 99% de todas as pessoas do planeta. “Eles têm hoje seis vezes mais riqueza do que os 3,1 bilhões mais pobres do mundo”, completou.
 
Segundo a entidade, no Brasil, há 55 bilionários com riqueza total de US$ 176 bilhões. Desde março de 2020, quando a pandemia foi declarada, o país ganhou 10 novos bilionários. O aumento da riqueza entre eles durante a pandemia foi de 30% (US$ 39,6 bilhões), enquanto 90% da população teve uma redução de renda de 0,2% entre 2019 e 2021. Os 20 maiores bilionários do país têm mais riqueza (US$ 121 bilhões) do que 128 milhões de brasileiros (60% da população).
 
Para Kátia, é inadmissível que alguns poucos brasileiros tenham lucrado tanto durante a pandemia, quando a esmagadora maioria da população ficou mais pobre.
 
“Milhões de brasileiros sofreram com a perda de emprego e renda, enfrentando uma grave crise sanitária e econômica”.
 
Desigualdade Mata
 
A publicação Desigualdade Mata, lançada pela Oxfam no último domingo, 16.01, revela ainda que as desigualdades estão contribuindo para a morte de pelo menos 21 mil pessoas por dia ou uma pessoa a cada quatro segundos. Esta é uma conta conservadora, segundo a entidade, baseada nas mortes globais provocadas pela falta de acesso à saúde pública, violência de gênero, fome e crise climática.
 
Por outro lado, a riqueza dos bilionários aumentou ainda mais em meio à pandemia do que nos últimos 14 anos. Os US$ 5 trilhões são o maior acúmulo na riqueza dos bilionários desde que os dados começaram a ser monitorados.
 
Imposto de 99% sobre 10 maiores bilionários
 
Na visão da Oxfam, um imposto único de 99% sobre os ganhos obtidos pelos 10 maiores bilionários do mundo durante a pandemia seria suficiente para pagara, por exemplo:
 
â–º por vacinas suficientes para toda a população do mundo;
â–º para providenciar saúde pública universal e proteção social;
â–º para financiar ações de adaptação climática; e,
â–º para reduzir a violência de gênero em mais de 80 países.
 
Para a diretora executiva da Oxfam, a proposta de um imposto único extraordinário de 99% sobre os ganhos extras dos 10 bilionários mais ricos do mundo durante a pandemia mostra que é possível encontrar recursos para enfrentar os desafios que estão afetando milhões de pessoas no mundo.
 
“Seria importante ter esse debate aqui no Brasil. Infelizmente, o que vemos no país é a atuação de setores privilegiados que impedem até mesmo a básica tributação sobre lucros e dividendos a acionista. É hora de parar de normalizar esses privilégios e ter uma tributação justa no nosso país”,
 
destaca Kátia:
 
“Ainda que os governos tenham injetado US$ 16 trilhões do nosso dinheiro nas economias dos países para salvar vidas e empregos, boa parte desses recursos acabaram nos bolsos dos bilionários, devido às grandes altas no mercado de ações. As vacinas deveriam acabar com a pandemia, mas a desigualdade na sua distribuição, concentrando doses nos países mais ricos, está deixando milhões sem acesso. O resultado é que diferentes tipos de desigualdades devem aumentar no mundo. Estamos perdendo nossa humanidade de forma acelerada ao normalizar desigualdades extremas”,
 
completa.


Fonte: AGENCIA BRASIL.





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
14/04/2014
PETROBRAS - Petroleiros em protesto sobre investigações
 
13/04/2014
EXPORTAÇÕES - Excesso de documentos, principal entrave, revela pesquisa da CNI
 
13/04/2014
PIB & INFLAÇÃO - Novas previsões pelo governo na 3ª feira
 
12/04/2014
G 20 compromete-se a reforçar o crescimento econômico global
 
12/04/2014
MANTEGA NO FMI - "2014 é o ano de saída da crise financeira internacional"
 
SEBRAE & BNDES - Informações sobre crédito a micro, pequenas e médias empresas 11/04/2014
SEBRAE & BNDES - Informações sobre crédito a micro, pequenas e médias empresas
 
11/04/2014
PIB - CNI reduz previsão de crescimento da economia em 2014
 
11/04/2014
NÍVEL DE EMPREGO estável em fevereiro, com recuo no indicador anual
 
10/04/2014
CONSUMIDOR mais cauteloso, revela pesquisa
 
10/04/2014
RIO receberá mais de R$ 230 bilhões em investimentos até 2016
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites