Réquiem para Paulo Henrique Amorim
Sobre a morte de PHA Paulo Henrique Amorim, há indícios de ter sido mais um assassinato político, a despeito de ter sido cardíaco e de ter feito uma cirurgia hiper-invasiva no coração tempos atrás.
Contra essa tese, há também o fator stress, pois tinha contra si cerca de cem processos judiciais em razão de matérias jornalísticas com denúncias contra poderosos.
Contudo, a história brasileira desmente a tese de perfil pretensamente não-cruento da política do País. Sabe-se que ela que já vitimou Eduardo Campos, Teori Zavaski, Ulisses Guimarães, Severo Gomes, além dos casos escandalosos da morte de Mariele Franco, Juscelino Kubitscheck, João Goulart, Carlos Lacerda, Castelo Branco e muitos outros, que, em seus momentos finais vivenciavam ações importantes de resistência contra a movimentação política conservadora.
Enfim, há uma série de mortes de personagens relevantes da vida política brasileira que a mera "coincidência" com decisões, efemérides e momentos decisivos, pelo grande número de casos dessas mortes, não dá conta de explicar.
O afastamento de PHA da TV Record foi o primeiro movimento em prol da neutralização de PHA pelo stablishment, embora o contrato com aquele emissora não tivesse sido rescindido. Todavia, esse afastamento não seria suficiente para calá-lo, em razão da continuidade do exercício da reconhecida lucidez política e do ataque mordaz empreendido por PHA, em sua midia "Conversa Afiada", contra o autoritarismo e a destruição da jovem Democracia Brasilia e o entreguismo liberalóide alucinado dos golpistas "canalhas, canalhas, canalhas", apoiados por líderes militares brasileiros, vítimas de "lavagem cerebral", como denunciou PHA, diante da desavergonhada entrega da EMBRAER, da Petrobras, do Pré-Sal, da Amazônia, da Base de Alcântara aos interesses norte-americanos.
Por esses fatores seria imprescindível ao stablishment calar a voz de PHA para dar-se continuidade ao massacre que impõem à Nação Brasileira a imbecilidade liberal, que oferece substrato ideológico ao anti-nacionalismo e à ausência de compromisso com o Povo Brasileiro pela elite canalha do País.
Todas as honras ao grande jornalista e grande brasileiro Paulo Henrique Amorim. O reconhecimento da direção do JF do importante papel que exerceu na resistência ao massacre imposto à Nação pelos "Canalhas, Canalhas, Canalhas".