Primeiro leilão da ANP no ano teve 33 blocos arrematados
Bônus arrecadado com blocos exploratórios foi de R$ 15,3 milhões
O primeiro leilão da Oferta Permanente, realizado em 10.09, pela ANP Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, terminou com 33 blocos arrematados nas bacias Sergipe-Alagoas, Parnaíba, Potiguar e Recôncavo, e mais 12 áreas com acumulações marginais, nas bacias Potiguar, Sergipe-Alagoas, Recôncavo e Espírito Santo.
O bônus total arrecadado com os blocos exploratórios foi de R$ 15,32 milhões, com ágio médio de 61,48%. A previsão de investimentos é de R$ 309,8 milhões.
Nas áreas com acumulações marginais, também levadas ao leilão da 3ª feira, 10.09, o bônus total somou R$ 6,98 milhões, com ágio médio de 2.221,78% e previsão de R$ 10,5 milhões em investimentos.
“A ideia é facilitar o investimento. Essa atividade é que vai gerar royalties, arrecadação e empregos. Acho que o número de contratos é significativo para a gente ter hoje nessas áreas”,
disse o diretor-geral da ANP, Décio Oddone.
Para Oddone, entre os fatores positivos da sessão pública do 1º Ciclo da Oferta Permanente está a diversificação de empresas vencedoras, com participação das de pequeno porte.
“É muito positivo. Várias empresas de pequeno porte, algumas novas para o público, aparecendo. É exatamente o que a gente estava esperando”,
disse.
Mercado
Odonne destacou que no leilão desta terça-feira (10) quem se manifestou foi o mercado e não a ANP, “e isso ocorreu porque as condições estavam dadas para este tipo de manifestação”. Segundo ainda o diretor da ANP, foi importante o modelo adotado.
“Acho que o mais importante é o mecanismo adotado. Mudou o modelo. Antes, a ANP escolhia quais as áreas que achava interessante e sempre era um número limitado de áreas. Não necessariamente eram as áreas em que o mercado achava potencial. O grande mérito da oferta permanente é a inversão do mecanismo. Agora, quem decide quais são as áreas que interessam é quem está interessado nas áreas e não o poder concedente”,
explicou.
De acordo com Odonne, o investidor agora tem mais tempo de analisar as oportunidades e escolher em qual pretende adquirir. Disse ainda que o novo modelo de licitação de oferta permanente de um portfólio de blocos e áreas com acumulações marginais para exploração e produção de petróleo e gás natural, permitiu a participação de empresas menores.
“A gente tem hoje um conjunto de 600 blocos que já estão disponíveis na oferta permanente. Esse conjunto vai ser ampliado para 2.000 blocos, aproximadamente. A próxima onda vamos lançar no início do ano que vem. Depende de processos internos da ANP de aprovação dos blocos e de licenciamento prévio de órgãos ambientais. O ano que vem esse estoque aumenta”,
adiantou.
“Em alguns anos, vamos ter todo o território brasileiro, em terra em bacias sedimentares, todas sob o regime de oferta permanente e todas offshore que já foram ofertadas”,
acrescentou.
Oddone lembrou que este foi o primeiro leilão em 20 anos sem a participação da Petrobras, “e ainda assim se mostrou um sucesso”. Ele disse que não se pode comparar com a dimensão do pré-sal, mas nos leilões realizados de 2017 até agora, houve 72 blocos contratados e apenas nesta terça-feira foram 33 blocos e 12 áreas com acumulações marginais.