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Justiça

06 de Setembro de 2016 as 00:09:24



FORA TEMER - Justiça manda soltar manifestantes presos pela PM em ato na Paulista


Justiça manda soltar manifestantes presos pela PM em ato contra Temer
 
"Triste do povo em que seus cidadãos têm que aguentar as coisas de boca fechada", teria afirmado o Juiz, segundo o advogado de defesa, Dr. Marcelo Feller
 
 
A Justiça mandou soltar, nesta 2ª feira, 05.09,  18 dos 27 manifestantes detidos pela Polícia Militar  no domingo, 04.09, no protesto contra o presidente da República, Michel Temer, na capital paulista.
 
A decisão ocorreu em audiência de custódia no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Todos os manifestantes soltos são maiores.
 
No momento em que deixaram o fórum, eles foram saudados por um grupo de cerca de 30 pessoas, que, juntos com os jovens soltos, gritaram “fora, Temer”, e “não tem arrego”.
 
“O Poder Judiciário entendeu que essa decisão foi ilegal. O juiz relaxou a prisão ao entender que não houve cometimento de crime nenhum por parte das pessoas que estavam detidas hoje”,
 
disse o advogado ativista Marcelo Feller. De acordo com ele, a partir da decisão, os jovens não responderão mais ao processo criminal, mas poderão continuar a ser investigados.
 
“Nas palavras do juiz, ele disse que vivemos, independentemente de entendimentos políticos de todos, dias tristes para nossa democracia, e disse textualmente: triste do povo em que seus cidadãos têm que aguentar as coisas de boca fechada”,
 
disse Feller, que acompanhou a audiência de custódia.
 
Matéria da Jornalista Marina Rossi, na edição online de El Pais, nesta 2ª feira, 05.09, comenta que a decisão do juiz Paulo Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo deixou sem efeito, no início da noite desta 2ª feira, a deliberação da Polícia Militar de deter 18 pessoas sob a acusação de associação criminosa e corrupção de menores antes da manifestação contra o Governo Michel Temer no domingo.
 
Juiz Paulo Rodrigo Tellini
 
Em dura sentença, Tellini de Aguirre Camargo entendeu que a prisão era ilegal e liberou o grupo, após uma audiência de custódia no Fórum da Barra Funda.
 
“A polícia não permitiu a presença dos manifestantes antes de o ato de manifestação se realizar",
 
diz o texto do magistrado.
 
"O Brasil como Estado Democrático de Direito não pode legitimar a atuação policial de praticar verdadeira ‘prisão para averiguação’ sob o pretexto de que estudantes reunidos poderiam, eventualmente, praticar atos de violência e vandalismo em manifestação ideológica. Esse tempo, felizmente, já passou.”
 
Segundo uma manifestante que se identificou como Sofia, uma das detidas, apesar de a prisão ter ocorrido por volta das 15h30, até as 5 h  não havia sido informado a eles o motivo da detenção.
 
“Foi tudo um grande abuso de poder, todo mundo falando que eram ordens superior. Forjaram provas e ainda puseram armas [brancas] falando que tínhamos que dizer que eram nossas”.
 
De acordo com Sofia, no momento em que foram presas, as mulheres detidas foram obrigadas a se dirigirem ao banheiro da estação de metrô Vergueiro e a ficarem nuas para serem revistadas por policiais femininas.
 
“Durante o enquadro, um policial começou a me revistar e me disse: você eu conheço. E me deu um soco na minha costela e na sequência e ele pegou uma barra de ferro azul entortada, e disse: ela é sua. E no boletim consta como se a barra fosse minha. Diz que estava na minha mochila. E eu nem tinha mochila”,
 
disse um dos detidos que se identificou como Gabriel.
 
Cel. Dimitrios Fyskatoris
 
Em coletiva de imprensa, o comandante do Policiamento da Capital, Dimitrios Fyskatoris, defendeu a atuação da PM e disse não reconhecer nenhum excesso da tropa.


Fonte: AGENCIA BRASIL e EL PAIS





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