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Arte, Cultura

05 de Dezembro de 2012 as 22:12:00



OSCAR NIEMEYER - O Gênio falece no Rio de Janeiro


Expoente brasileiro da moderna arquitetura mundial, faleceu nesta noite de 4ª feira, 05.12.2012, às 21h57, o arquiteto OSCAR NIEMEYER, aos 104 anos de idade, no Hospital Samaritano, da cidade do Rio de Janeiro.

 

Revelada pelo médico que o acompanhou, Dr. Fernando Jorup, a causa mortis foi insuficiência respiratória. Niemeyer apresentou piora de seu estado geral de ontem para hoje pela manhã, de infecção respiratória, quando foi cedado, entubado e passou a respirar com ajuda de aparelhos. Mas manteve-se lúcido até pela manhã de hoje. À noite não resistiu.

 

Ao falecer, sua família estava ao seu lado, Dª Vera, sua esposa, seus sobrinhos e netos, ao todo cerca de dez pessoas, no interior da unidade de atendimento médico em que se encontrava.

 

Ele completaria 105 anos no próximo dia 15 de dezembro.

 

Reconhecido internacionalmente, trabalhou em obras como o projeto de Brasília, compondo a equipe de Lúcia Costa, e no conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, a pedido do então prefeito Juscelino Kubstcheck, ambos os projetos nos anos 50.  

 

Foi ainda responsável por obras como o Memorial da América Latina, na cidade de São Paulo, o Museu de Niteroi, na cidade do mesmo nome no estado Rio de Janeiro, e o Museu de Arte de Curitiba.  Assinou os projetos dos Sambódromos do Rio de Janeiro, durante o governo de Leonel Brizola, e o de São Paulo, no governo da prefeita Luiza Erundina. O prédio do edifício Copam, ícone na cidade de São Paulo, foi igualmente obra sua, embora evidenciasse tentativa de esquecê-la.

 

No caso do Sambódromo do Rio de Janeiro, em especial, foram-lhe intensas as críticas das forças que faziam oposição ao governo Brizola e Darcy Ribeiro, este, o vice-governador responsável pelo convite a Niemeyer para a elaboração do projeto. 

 

Ao transmitirem o Carnaval de inauguração, a rede Globo e a rede Manchete  de televisão espinafraram ignorante e veementemente o artista e aquela sua obra. A "Passarela do Samba" era apontada com algo faraônico, dispensável, elefante branco que permaneceria inutilizado por todo o ano e cuja suntuosidade assustaria e deixaria tolhida a liberdade das evoluções dos sambistas.  

 

O tempo deu a essas vozes o devido valor e nem mais seus nomes são hoje lembrados. A Manchete faliu, não faz falta; e a Globo tem hoje seus jornalistas, na data de sua morte de Niemeyer, enaltecendo a figura e a obra de Artista, como que pegando carona em seu prestígio. O tempo passou e permaneceu a força da obra de Niemeyer.

 

Afirmativamente comunista de coração, por seu gênio artístico Niemeyer venceu a todos que o vilipendiaram, gênio que tornou-se uma vez mais notório quando foi inaugurado o Memorial JK, em Brasília, durante o governo presidencial do general  Euclydes Figueiredo.

 

Na inauguração do Memorial JK, ao ser retirada a manta que cobria a estátua de Juscelino Kutbschek, elevada a cerca de 10m de altura, no ponto mais elevado da cidade no Eixo Monumental, observou-se que sua estátua encontrava-se suportada por uma estrutura estilizada da foice e do martelo, elementos que compõem o símbolo internacional do comunismo. A despeito dos comentários, não se ousou retirá-lo e ali se encontra até hoje no Memorial JK.

 

A despeito de comunista e ateu, seu espírito tolerante, exemplo para o País, levou-o a projetar dezenas e dezenas de igrejas que restam como obras primas, tais como a Catedral de Brasília e a Igreja da Pampulha, em BH.

 

No exterior, alguns de seus muitos projetos reverenciados são a sede da ONU, em Nova Iorque, a sede do Partido Comunista Francês, em Paris, e o conjunto da Universidade de Constantine, na Argélia. 

 

Antes de Niemeyer, a arquitetura brasileira apresentava características coloniais e refletia as direções da arquitetura internacional, relatou em entrevista um de seus grandes amigos, o jornalista e ex-deputado federal constituinte, Roberto D´Ávila.   Destacou que Niemeyer trabalhou até seus 104 anos de idade em alto nível de produção artística e cultural, algo inédito na humanidade. 

 

Para nós, do JORNAL FRANQUIA, junto com Lúcio Costa e João Gama Filgueiras Lima (Lelé), Niemeyer desenvolveu a moderna arquitetura brasileira e seus trabalhos representam ao País a "Semana de Arte Moderna" tardia da arquitetura brasileira.

 

Morreu o grande artista e sábio brasileiro. Insubstituível. Luto no País.



Fonte: Wilson R Correa, da Redação





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