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Internacional

15 de Abril de 2022 as 23:54:52



CRISE NA UCRÂNIA - Quem é o Culpado pelo Conflito ? Conheça a Perspectiva do Governo da CHINA


Kiev, imagem da destruição
Crise na Ucrânia: Quem é o culpado pelo conflito atual?
O mundo está cercado pelo conflito Rússia-Ucrânia e suas repercussões em cascata.
 
Por Liu Guangyuan
 
A questão da Ucrânia envolve elementos históricos complexos; e a crise atual é provocada por vários fatores. Muitos especialistas ocidentais ressaltaram enfaticamente que a expansão para o leste da OTAN, liderada pelos EUA, é a causa principal, e há muito tempo alertaram para riscos que podem surgir da implacável investida da OTAN contra a Rússia.
 
No entanto, ignorando as preocupações legítimas de segurança da Rússia, cer,tos países cercaram a Rússia em um canto lançando cinco rodadas de expansão da OTAN e movendo o bloco mais de 1.000 quilômetros para leste até perto das fronteiras da Rússia, o que acabou acendendo o pavio do barril de pólvora.
 
Em vez de apagar o fogo e acabar com a guerra, um certo grande país está fazendo exatamente o oposto. Mesmo antes do conflito, ele alertava sobre a possibilidade de uma guerra quente e oferecia à Ucrânia grande quantidade de armas. Durante a crise, não fez esforços para aliviar a situação ou promover negociações de paz, mas entregou ainda mais armas à Ucrânia para alimentar a tensão. E o que é ainda pior, com seus aliados impôs sanções unilaterais extremas à Rússia, reduzindo à força a oferta global de gás natural e as cadeias industriais e arrastando ainda mais a economia mundial, já duramente atingida pela pandemia COVID-19.
 
Criar crises, inverter a culpa e explorar o caos para colher lucros são táticas usuais daquele grande país para exercer sua hegemonia. Basta lembrar o que fez com a República Federal da Iugoslávia na década de 1990, com o Afeganistão e o Iraque no início deste século, e com a Líbia e a Síria ao longo dos anos.
 
Quando a crise da Ucrânia eclodiu, esse país prometeu fornecer mais de US$ 1 bilhão em ajuda à Ucrânia. Na verdade, uma proporção considerável dessa quantia foi gasta em munição, canalizando uma enorme soma de fundos para seu próprio complexo militar-industrial.
 
As sanções contra a Rússia agitaram o mercado acionário global e impulsionaram os preços do petróleo, do gás e das commodities, atacando a economia global e o comércio e os meios de subsistência das pessoas em todo o mundo.
 
Mas, estranhamente, os gigantes da energia naquele país fizeram grande fortuna durante esta crise, com suas exportações líquidas de gás natural subindo 16% mês a mês em março, um recorde, e mais de 60% do total foi enviado para a Europa.
 
Os preços dos ativos russos caíram e uma grande quantidade de capital internacional em busca de refúgio fluiu para aquele país, tornando seu mercado de ações mais rico e consórcios financeiros mais ricos. E o mundo pôde novamente assistir o egoísmo e a hipocrisia daquele país.
 
Outro complicador é que muitas vezes são outros países, até mesmo aliados daquele país, que pagam pelos desastres subsequentes. A história mostrou que os interesses da Europa foram mais de uma vez comprometidos por esse grande país, a última vez no Afeganistão e desta vez na Ucrânia. Enfrentando a guerra na Ucrânia, foi a Europa que suportou o peso e caiu em um dilema de segurança. O preço do gás natural na Europa está subindo, e os europeus estão levando prejuizo.
 
O contínuo fluxo de refugiados ucranianos também colocou uma pesada carga econômica e social sobre a Europa. Os países da UE precisam ver claramente o truque de "equilíbrio offshore" daquele país o mais rápido possível, melhorar sua autonomia estratégica e parar de "tirar castanhas do fogo" para aquele país, que é o caminho a seguir para a Europa proteger seus próprios interesses.
 
Apesar de provocar conflitos entre a Rússia e a Ucrânia,  perplexo com a situação europeia, esse país não deixou de perturbar a Ásia-Pacífico, vendendo a chamada "estratégia Indo-Pacífico" e mostrando seus músculos no Mar do Sul da China e no Estreito de Taiwan.
 
Conflitos e confrontos não são do interesse de ninguém, e a paz e a segurança são os bens mais valiosos da comunidade internacional.
 
A China acredita que o diálogo e a negociação são a maneira mais realista de resolver crises. Esperamos que todas as partes envolvidas no conflito ucraniano possam permanecer calmas e exercer contenção, e apoiar todos os esforços diplomáticos que ajudem a solução pacífica da crise.
 
Os países da Ásia-Pacífico, como partes interessadas na estabilidade mundial, devem aprender lições com o conflito da Ucrânia, manter sob alta vigilância a situação duramente conquistada de desenvolvimento pacífico e estável na região e resistir às tentativas de estimulo do antagonismo no interior do bloco e de criar instabilidade na Ásia.
 
Não podemos permitir que a mentalidade da Guerra Fria e o confronto entre campos políticos sejam reavivados na Ásia. Devemos evitar que países de pequeno e médio porte na região se tornem ferramentas ou mesmo vítimas de jogos entre algumas grandes potências.
 
A China trabalhará com outros países da Ásia-Pacífico para construir uma arquitetura de segurança regional e global equilibrada, eficaz e sustentável e desempenhar um papel mais construtivo na manutenção da paz e estabilidade da região e além.
 
O autor, Liu Guangyuan, é comissário do Ministério das Relações Exteriores da República Popular da China na Região Especial de Administração de Hong Kong.


Fonte: CHINA DAILY, por Por Liu Guangyuan.Tradução e Copidescagem da Redação JF





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