Destróier da Marinha dos EUA navega próximo das ilhas disputadas por China, Japão, Vietnã, Hong Kong e Filipinas
O destróier estadunidense USS McCampbell (DDG 85), atravessou águas disputadas por varios países no mar do Sul da China, na operação denominada “Freedom of Navigation”, conduzida pela segunda vez em 2020 pela Marinha dos EUA.
O destróier navegou perto das Ilhas Paracelso (Paracel island), um grupo de ilhas e recifes disputados por China, Taiwan e Vietnã, segundo comunicado divulgado pela 7ª Frota dos EUA na 2ª feira, 16.03.
China, Taiwan e Vietnã têm reivindicações sobrepostas nas ilhas Paracelso. Recentemente, em 11.03, Pequim se opôs à passagem do McCampbell, de acordo com um relatório online do msn.com.
“Sob o disfarce de ‘liberdade de navegação’, os EUA repetidamente flexionaram seus músculos, foram provocadores e provocaram problemas no mar da China Meridional”,
afirmou o porta-voz do comando do Exército Popular de Libertação do Sul (PLA) da China, Coronel Li Huamin, segundo o msn.com.
“Este é um ato hegemônico que viola o direito internacional e ameaça a paz e a estabilidade do mar da China Meridional”.
Passagem Inocente
A PLA Navy (a marinha da China) localizou o McCampbell e o alertou para deixar a área. A lei internacional sustenta que navios de outras nações não precisam de permissão para “passagem inocente” dentro de um limite territorial de 20 Km (12 milhas náuticas), de acordo com um e-mail da 6ª feira do porta-voz da 7ª Frota dos EUA (7th Fleet), comandante Reann Mommsen. Os mares territoriais normalmente se estendem por 12 milhas náuticas a partir da costa.
“Reivindicações marítimas ilegais e amplas no Mar da China Meridional representam uma ameaça sem precedentes à liberdade dos mares, incluindo as liberdades de navegação, sobrevôo e o direito de passagem inocente de todos os navios”,
disse Mommsen.
Em janeiro, o navio dos EUA de combate litoral USS Montgomery (LCS 8), navegou perto de recifes nas Ilhas Spratly, em outra área do Mar da China Meridional. O Montgomery navegou perto de Fiery Cross, um recife militarizado pela China, e em Johnson South, onde a China criou instalações semelhantes.
Os EUA não reconhecem a reivindicação de soberania de nenhuma nação sobre as Ilhas Spratly.
NOTA DA REDAÇÃO JF - Grande Potencial para Conflitos Bélicos
* Johnson South é uma área de recifes conhecida na China pelo nome de recife Chigua; por Gac Ma, pelo Vietnã; e por recife Mabini, pelas Filipinas. Localiza-se na porção sudoeste do arquipélago das Ilhas Spratly, no Mar do Sul da China. É controlada pela China e sua propriedade é também reivindicada pelo Vietnã, pelas Filipinas e por Taiwan. Em 1988 foi ocupado pela China, e, reclamado pelo Vietnã, foi local de conflito armado entre China e Vietnã, onde morreram 64 soldados vietnamitas e dois barcos do Vietnã foram afundados. No início dos anos 90 o governo chinês construiu ali um aterro e o ocupou em definitivo. Todavia, em 12.07.2016, a Corte Permanente de Arbitragem, do Tribunal de Haia (Tribunal da Paz), proclamou que, embora os recifes fiquem acima da água em maré alta, "as rochas não podem sustentar a vida humana ou vida econômica própria" ... têm direito a 12 milhas náuticas (mn) de mar territorial ... mas não possuem zona econômica exclusiva [200 milhas], nem plataforma continental."
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