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Internacional

06 de Julho de 2013 as 16:07:40



CASO SNOWDEN - Evo Morales oferece asilo a Snowden


 
O presidente da Bolívia, Evo Morales, ofereceu neste sábado, 06.07, "asilo humanitário" a Edward Snowden, ex-funcionário da CIA, agência de inteligência dos EUA. Morales explicou que a decisão é um protesto contra os países europeus que, esta semana, impediram o presidente boliviano de atravessar o espaço aéreo.
 
O anúncio foi feito durante discurso na região andina de Oruro, no Sudoeste Boliviano, onde Morales estava acompanhado pelo presidente do Banco Mundial, o sul-coreano Jim Yong Kim, que faz sua primeira visita oficial à Bolívia.
 
Snowden, ex-técnico em segurança digital da CIA, revelou que autoridades norte-americanas de segurança monitoravam e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora do país. Há, ainda, informações de que comunicações da União Europeia também foram monitoradas.
 
O americano fugiu para Hong Kong, no início de maio, para evitar um processo. Quando uma investigação criminal foi aberta contra ele na Justiça americana, os EUA pediram sua extradição, mas Snowden conseguiu viajar para Moscou.
 
Autoridades russas informam que Snowden está em uma área de trânsito do aeroporto de Moscou, considerada como "território neutro", desde 23 de junho. Segundo o Wikileaks, Snowden, 30 anos, pediu asilo político a um total de 27 países, entre eles o Brasil.
 
Além da Bolívia, os governos da Venezuela e da Nicarágua também anunciaram estar dispostos a receber o norte-americano, que espera por uma solução diplomática para evitar sua extradição para os Estados Unidos.
 
Esta semana, Evo Morales foi impedido de atravessar o espaço aéreo de vários países europeus. Autoridades da França, da Itália, da Espanha e de Portugal não autorizaram que a aeronave, que vinha de Moscou, cruzasse o espaço aéreo alegando suspeitas de que o ex-agente estaria à bordo. O avião foi obrigado a pousar em Viena, onde, segundo denúncias de La Paz, teria sido revistado.
 
Países sul-americanos exigem explicações sobre veto a Morales
 
 
Reunidos em Cochabamba (Bolívia), em 04.07, os presidentes Ollanta Humala (Peru), Cristina Kirchner (Argentina), José Pepe Mujica (Uruguai), Rafael Correa (Equador), Nicolás Maduro (Venezuela) e Dési Bouterse (Suriname) aprovaram declaração em que cobram explicações e pedido de desculpas dos governos da França, da Itália, de Portugal e da Espanha sobre o veto ao avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, há três dias.
 
“Exigimos dos governos da França, de Portugal, da Itália e Espanha que expliquem as razões sobre a decisão de impedir o sobrevoo do avião presidencial da Bolívia em seus espaços aéreos”,
 
diz a declaração.
 
“Da mesma maneira, [exigimos que] apresentem as desculpas públicas correspondentes aos graves fatos ocorridos”,
 
diz o texto denominado Declaração de Cochabamba, divulgado ao fim da reunião extraordinária da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL).
 
No último dia 2, o avião de Morales foi proibido de sobrevoar e aterrissar nos espaços aéreos  de Portugal, da França, Itália e Espanha porque havia suspeitas de que o ex-agente norte-americano Edward Snowden estivesse a bordo.
 
Morales foi obrigado a desviar a rota e aguardar autorização para seguir viagem, em Viena, na Áustria, onde ficou em terra por cerca de 13 horas. Morales vinha de uma reunião técnica sobre produção de gás na Rússia.
 
Nos EUA, Snowden é acusado de espionagem e está na Rússia esperando a concessão de asilo político. O ex-agente denunciou que os norte-americanos monitoravam e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora do país. Há ainda informações de que comunicações da União Europeia foram monitoradas. O norte-americano pediu asilo a 21 países, inclusive ao Brasil.
 
A declaração dos presidentes sul-americanos rechaça o que chamaram de “refém” dispensado pelos governos europeus a Morales. Para os líderes da região, houve a violação de normas e princípios básicos do direito internacional.
 
“[Houve uma] flagrante violação dos tratados internacionais que regem a convivência pacífica, a solidariedade e a cooperação [internacionais]”,
diz o texto.
 
Na reunião de Cochabamba, Rafael Correa alertou que a América Latina deve refletir sobre a “gravidade” do ocorrido. Para Mujica, A América latina se sente agredida com o que ocorreu a Morales.
 
“Foi uma ofensa a toda a América do Sul”,
afirmou o presidente do Suriname.


Fonte: Agência Brasil





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