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Internacional

12 de Fevereiro de 2013 as 03:02:53



CORÉIA DO NORTE, Efeitos da truculência e estupidez nas relações internacionais . por Wilson R Correa


COREIA DO NORTE e seu terceiro teste nuclear 
Efeitos da truculência e estupidez na gestão das relações internacionais.
 
Por Wilson R Correa
 
A CNN noticia nesta madrugada de 12.02, às 03h15, hora de Brasília, que as autoridades da Coréia do Sul acabam de informar ter sido detectada atividade sísmica no território a Coréia do Norte, que julgam ser originada por teste nuclear, a uma profundidade de cerca de 1 km.
 
Também as autoridades japonesas, chinesas e norteamericanas confirmam o abalo sísmico na Coréia do Norte.
 
Às 4h25 a CNN já apresentava imagens detalhadas de satélite do local do evento, onde podiam ser observadas grandes instalações provavelmente do exército nortecoreano.
 
Nessa mesma hora, a TV estatal nortecoreana confirmou o teste nuclear e declarou que se destina a oferecer condições de segurança e de soberania ao país.
 
O departamento de pesquisas geológicas dos EUA, O USGS US Geologial  Survey, confirmou a dimensão do abalo sísmico na Coreia do Norte em 5,1 graus na escala Richter.
 
Anteriormente, o governo da Coréia do Norte havia realizado testes nucleares em 2006 e em 2009, na mesma região Nordeste da Coréia do Norte.  E em maio de 2012 o governo da Coreia do Norte alterou a constituição daquele país para nela incluir uma autoproclamação como potência nuclear.
 
O governo da Coréia do Sul está, por sua vez, solicitando uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para análise e deliberação a respeito. 
 
Guerra há 60 anos
 
Mesmo decorridos tantos anos da Guerra da Coréia (junho/1951 a julho/1953), EUA e Coréia do Norte ainda se encontram em situação de um armistício (cessar fogo), sem que tenha sido cessada a hostilidade e assinado um acordo de paz, tal como realizado entre Japão e EUA, ao final da Segunda Grande Guerra.
 
Esse quadro beligerante remanescente alimenta a permanente busca de armamentos pelas partes; e, embora, tenham sido feitas solicitações de acordo de paz pela Coréia do Norte, as condições impostas pelas partes têm impedido o  desenvolvimento de negociações, de um acordo e de relações normais entre os dois países.

Guerra preventiva e Eixo do Mal
 
O quadro tornou-se ainda mais grave com a "autolegitimação", pelos EUA, do conceito de guerra preventiva pelo governo Bush Filho, ora intensamente utilizado por Israel, seja para bombardeio da Síria e Cisjordânia, seja para tentar convencer os EUA a destruirem as usinas atômicas iranianas antes que o Irã alcance o status de potência  nuclear militar. 
 
Além dessa estultícia belicista promovida pelos falcões do governo Bush, o próprio pessoalmente jogou uma pá de cal sobre qualquer esperança de paz, ao classificar publicamente a Coréia do Norte como integrante do "Eixo do Mal", juntamente com Irã e Iraque; como que a justificar uma possível invasão a qualquer momento, tal como se verificou no caso iraquiano.
 
Após esse pronunciamento de Bush, não somente a Coréia voltou a investir aceleradamente no enriquecimento de urânio e no desenvolvimento de mísseis, quanto também o fez o Irã.  

 

Luta inútil  
 
É tarefa árdua para o Governo Obama - para não dizer que é trabalho perdido - amenizar o estrago nas relações internacionais causados pela estupidez e truculência dos falcões republicanos norteamericanos durante o governo Bush Filho.
 
No entanto, sob Obama ou sob Bush, uma perspectiva de democracia entre nações parece faltar ao conjunto de credos básicos do plano estratégico da nação norteamericana. Para além da recente promessa de Obama de não enviar tropas ao exterior, em seu segundo mandato, a perspectiva de intervencionismo externo ainda se mantem agora motivada pela ameaça terrorista, a despeito das preocupações momentaneas com o deficit nas contas públicas e da necessidade de contenção de gastos militares. Nesse contexto, a retirada do Iraque e do Afeganistão poderia ser interpretada como indicativo de que teriam sido eleitas novas áreas chaves de intervenção militar. 
 
O retorno ao pensamento dos fundadores da nação, proposto por Obama, pouco acrescenta a respeito das relações internacionais, pois, nesse âmbito desde a fundação tem valido crescentemente a política do big stick.
 
Não é sem causa que Hilary Clinton sai de cena envelhecida para um necessário descanso de quatro anos, antes de candidatar-se à presidência pelo Partido Democrata com a missão de conter uma possível nova ascensão do Partido Republicano ao poder em 2017. 
 
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Fonte: CNN

 
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