Comportamento do Mercado Financeiro em 28.01.2015
A Bovespa operou em forte baixa hoje, influenciada pela queda das ações da Petrobras, cujo balanço do terceiro trimestre, divulgado sem as baixas contábeis esperadas pelos investidores, desencadeou forte movimento de venda dos papéis da empresa.
Na Europa as bolsas operaram com sinais mistos, ponderando a boa noticia da revisão de expectativa de crescimento da Alemanha em 2015, que passou de 1,3% para 1,5%, com a má notícia de que o novo governo da Grécia anunciou a paralização do programa de privatizações.
A abertura do mercado em Nova Iorque, que operou em campo positivo à espera do comunicado da reunião de política monetária do FOMC, não ajudou a melhorar os ânimos por aqui. Na ponta negativa também figuraram bancos e siderúrgicas.
No final, o índice doméstico fechou aos 47.694 pts (-1,85%), acumulando -2,22% na semana, -4,62% no mês e -0,30% em 12 meses. O giro da Bovespa foi R$5,93 bilhões (R$5,72 bilhões no mercado à vista), com o volume do Ibovespa em R$5,089 bilhões.
No último dado disponível, a bolsa brasileira teve saída de capital externo de R$69,516 milhões no dia 14, acumulando R$435,566 milhões em janeiro (+R$2,22 bi em dezembro; +R$1,68 bi em novembro; -R$0,97 bi em outubro; +R$4,23 bi em setembro; +R$1,92 bi em agosto; +R$3,48 bi em julho; +R$1,37 bi em junho; +R$5,32 bi em maio; e +R$1,936 bi em abril).
Câmbio
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$2,5750 (+0,16%), acumulando -0,27% na semana, -3,01% no mês e +6,10% em 12 meses.
O Banco Central informou que o fluxo cambial ficou positivo em US$756 bilhões na quarta semana de janeiro, com o segmento financeiro em US$794 bilhões e a conta comercial com déficit de US$38 milhões. No acumulado do mês, o saldo positivo situa-se em US$662 milhões (ingresso de US$1,694 bilhão no segmento financeiro e déficit de US$1,032 bilhão na conta comercial).
Nos juros futuros (DI), as taxas praticamente não oscilaram, até o DI abril/17. A partir daí, foram denotando pequenas e progressivas elevações em direção à ponta mais longa da curva da estrutura a termo da taxa de juros.
Indicadores.
No Brasil, a dívida pública subiu para R$2,295 trilhões em 2014, com alta de cerca 8,15% (R$173,1 bilhões) em relação ao final de 2013.
Nos EUA, o Fed manteve a taxa de juros no intervalo entre 0% e 0,5%, como esperado. Em seu comunicado o órgão afirmou que deverá ser paciente em relação à elevação futura de juros. Também, entre outras citações, destacaram-se: que prossegue a melhoria do mercado de trabalho, que a queda dos preços de energia tem influenciado, induzindo recuo da inflação - que tende a seguir cedendo no curto prazo, e que a economia continuou avançando em ritmo consistente.
Agenda da semana.
No Brasil, dívida federal total (28), ata do Copom (29), IGP-M inflação / FGV e taxa de desemprego (29) e resultados primário e nominal do setor público (30); nos EUA, Fed - decisão de política monetária (28), dados de seguro-desemprego (29) e prévia do PIB 4T14 e de 2014, Consumo das Famílias, índice de compras dos gerentes de Chicago e índice de confiança do consumidor da Univ. Michigan (30); e na China, PMI manufatura, PMI não manufatura e índice antecedente (31).
Confira no anexo o relatório na íntegra a respeito do comportamento do mercado em 28.01.2015, assinado por FÁBIO CARDOSO e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS.
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