A aversão ao risco teve continuidade nesta 3ª feira, 27.01, nos mercados globais, desta vez alimentada pela queda de 8% nos lucros das indústrias chinesas no mês de dezembro.
O petróleo e o minério de ferro também abriram em queda, assim como os futuros dos índices em Nova Iorque, que apontavam para mais um dia de cautela, com o mercado ainda tentando assimilar o novo governo na Grécia e com a decepção com as encomendas de bens duráveis nos EUA, que caíram 3,4% na passagem de novembro para dezembro.
Nesse cenário adverso, a Bovespa abriu novamente em baixa nesta terça-feira, chegando a vir abaixo dos 47.500 pts (-2,21%), por volta de meio dia e meia. A partir daí, apoiado na reversão positiva dos papéis da Petrobras e de bancos, foi se recuperando, passando a operar com pequena elevação por volta das 15h30min.
O índice doméstico fechou aos 48.591 pts (+0,03%), acumulando -0,38% na semana, -2,83% no mês e +1,87% em 12 meses. O giro da Bovespa foi R$5,71 bilhões (R$5,50 bilhões no mercado à vista), com o volume do Ibovespa em R$4,866 bilhões.
No último dado disponível, a bolsa brasileira teve entrada de capital externo de R$39,972 milhões no dia 23, acumulando R$1,306 bilhão em janeiro (+R$2,22 bi em dezembro; +R$1,68 bi em novembro; -R$0,97 bi em outubro; +R$4,23 bi em setembro; +R$1,92 bi em agosto; +R$3,48 bi em julho).
Câmbio
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$2,5710 (-0,62%), acumulando -0,43% na semana, -3,16% no mês e +6,15% em 12 meses.
O Banco Central informou que o fluxo cambial ficou positivo em US$2,310 bilhões na terceira semana de janeiro, com o segmento financeiro em US$3,224 bilhões e a conta comercial com déficit de US$914 milhões, acumulando saldo negativo de US$94 milhões em janeiro (ingresso de US$900 milhões no segmento financeiro e déficit de US$994 milhões na conta comercial).
Juros Futuros
Nos juros futuros (DI), tirando as de curtíssimo prazo, as demais taxas registraram pequenos recuos, sem maiores alterações na curva de juros.
Indicadores.
No Brasil, o estoque de crédito subiu a R$3,021 trilhões (58,9% do PIB) em dezembro, crescendo cerca de 11,3% em 2014, tendo sido de R$2,715 trilhões (56% do PIB) em dezembro de 2013 e de R$2,368 trilhões (53,9% do PIB) em dezembro de 2012, com avanços de 13,0% para pessoa física e de 9,8% para pessoa jurídica. O crédito livre subiu 4,7% e o direcionando aumentou 19,6%, em 2014. Os bancos tiveram as seguintes evoluções em 2014: públicos em +16,5% (R$1,619 trilhão); privados em +6,4% (R$961 bilhões); e estrangeiros em +4,5% (R$441 bilhões).
Nos EUA, os pedidos de bens duráveis caíram 3,4% em dezembro, versus -2,1% (revisto de -0,7%) em novembro – consenso em +0,3%. Já excluindo transportes, o indicador recuou 0,8% em dezembro, ante -1,3% (revisto de -0,4%) em novembro – consenso em +0,6%. As vendas de casas novas avançaram 11,6% em dezembro, para 481 mil unidades, contra baixa de 6,7% (revisto de -1,6%) em novembro – consenso em +2,7%.
No Reino Unido, o dado preliminar do PIB mostrou crescimento de 2,7% em 2014 – consenso em +2,8%.
Na China, na noite de ontem, os lucros industrias apresentaram queda de 8,0% em dezembro, já tendo tido baixa de 4,2% em novembro.
Agenda da semana.
No Brasil, dívida federal total (28), ata do Copom (29), IGP-M inflação / FGV e taxa de desemprego (29) e resultados primário e nominal do setor público (30); nos EUA, dados de seguro-desemprego (29) e prévia do PIB 4T14 e de 2014, Consumo das Famílias, índice de compras dos gerentes de Chicago e índice de confiança do consumidor da Univ. Michigan (30); e na China, PMI manufatura, PMI não manufatura e índice antecedente (31).
Confira no anexo o relatório na íntegra sobre o comportamento do mercado nesta 3ª feira, 27.01.2015, assinado por NATALIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimento do BB Investimentos .
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