Comportamento do Mercado Financeiro em 22.01.2015
O Ibovespa principiou com rápida ascensão e atingiu a máxima do dia às 11h41min, em 50.281 pts (+2,14%), testando uma resistência intermediária, com vistoso volume financeiro no dia.
Em suma, os mercados acionários pelo mundo foram motivados pela postura do Banco Central Europeu, que finalmente implementou um programa de estímulo. O índice brasileiro teve máxima pontuação ao longo do anúncio do presidente do BCE Mario Draghi, arrefecendo em seguida, em um claro movimento de “sobe no boato, realiza no fato”. Vale lembrar que, na noite de hoje está agendada a prévia do PMI manufatura da China.
Na zona do euro, conforme era esperado mercado, o Banco Central Europeu (BCE) divulgou medidas de estímulo, o dito quantitative easing (QE), para injetar liquidez nos mercados, bem como, para tentar conter o cenário deflacionário da região. O órgão decidiu comprar até 60 bilhões de euros por mês, dentro de critérios pré-determinados, em títulos de dívidas soberanas; em papéis privados; e de agências supranacionais, a partir de março de 2012, até setembro de 2016 - podendo alongar este prazo. O montante deverá totalizar cerca 1,140 trilhões de euros (US$1 trilhão) e veio acima do esperado pelos agentes, que previam em torno de aquisições de 50 bilhões de euros por mês.
No Brasil, na noite de ontem, o Copom elevou a taxa básica de juros (Selic) em 50 pontos-base, para 12,25% a.a., de 11,75% anterior (decisão de 03/12/2014).
No índice, os setores com melhores desempenhos foram: Petróleo/Petroquímico; Bancos; Consumo; e Serviços Financeiros. Destaques individuais positivos ponderados para: PETR4 (R$10,25; +4,38%; giro R$752 milhões); PETR3 (R$9,81; 3,70%; giro R$254 milhões); BBDC4 (R$35,68; 1,11%; giro R$294 milhões); BVMF3 (R$9,92; 3,98%; giro R$302 milhões); OIBR4 (R$6,77; 19,82%; giro R$160 milhões).
O índice doméstico fechou aos 49.442 pts (+0,44%), acumulando +0,87% na semana, -1,13% no mês e +0,29% em 12 meses. O giro da Bovespa foi R$8,08 bilhões (R$7,77 bilhões no mercado à vista), com o volume do Ibovespa em R$6,88 bilhões.
Câmbio
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$2,5760 (-1,15%), acumulando -1,72% na semana, -2,98% no mês e +8,74% em 12 meses.
O Banco Central informou que o fluxo cambial ficou positivo em US$2,310 bilhões na terceira semana de janeiro, com o segmento financeiro em US$3,224 bilhões e a conta comercial com déficit de US$914 milhões. No acumulado do mês o saldo negativo foi reduzido para US$94 milhões, com ingresso de US$900 milhões no segmento financeiro e déficit de US$994 milhões na conta comercial.
Juros Futuros
Nos juros futuros (DI), tanto as taxas mais curtas, como aas mais longas subiram, levantando como um todo a curva da estrutura a termo da taxa de juros. O cenário externo, com a efetivação do programa de estímulos pelo BCE (Banco Central Europeu), foi o motivador para as movimentações no dia.
Indicadores.
Nos EUA, as solicitações de seguro-desemprego baixaram 10 mil na semana até17 de janeiro, para 307 mil, versus 317 mil da semana anterior – consenso em 300 mil. O BCE (Banco Central Europeu) manteve inalterada sua taxa de juros em 0,050%.
Agenda da semana.
No Brasil, criação de empregos formais (Caged), IPCA-15, saldo em conta corrente e investimento estrangeiro direto (23); nos EUA, dados de seguro-desemprego (22) e índice de atividade Fed Chicago, PMI Manufatura, vendas de casas usadas e índice antecedente (23); na Alemanha, na França e na zona do euro, PMIs manufatura, serviços e composto (23); na zona do euro, decisão de política monetária do BCE (Banco Central Europeu) (22); na China, PMI manufatura HSBC (22).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado financeiro em 22.01.2015, assinado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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