Movimento do Mercado em 19.12.2014
O Ibovespa iniciou em ascensão e ficou oscilando ao redor dos 49 mil pts (+1,04%), até por volta das 13h. A partir daí, firmou-se acima desta pontuação e os ganhos se acentuaram na hora final do pregão, com incremento de volume.
Os destaques do dia foram os setores de Siderurgia/Mineração; Petróleo/Petroquímico e Bancos, com as ações da Vale (VALE5: R$18,78; +8,24%; giro de R$488 milhões; e VALE3: R$21,57; +8,07%; giro de R$114 milhões) e da Petrobras (PETR4: R$9,83; +3,91%; giro de R$624 milhões; e PETR3: R$9,44; +4,66%; giro de R$185 milhões) como destaques positivos ponderados no índice. Assim, esta foi a primeira semana de alta, após três seguidas de quedas.
Anteontem, o mercado já havia recebido bem as declarações do futuro ministro da fazenda, Joaquim Levy, em relação a possível ajuste fiscal para o próximo ano, bem como, a postura mais serena (dovish) do Fed.
Assim, externamente, a aversão ao risco diminuiu rapidamente, levantando as bolsas de Nova York para próximo de seus recordes históricos.
O mercado doméstico agiu de modo defasado, mas, reagiu favoravelmente hoje. Vale ressaltar que, neste momento, a bolsa brasileira também se tornou mais atrativa em dólar (18.694 pts hoje).
O índice doméstico fechou aos 49.651 pts (+2,38%), acumulando 3,44% na semana, -9,27% no mês, -3,60% no ano e -3,84% em 12 meses. O giro da Bovespa foi de R$6,01 bilhões (R$5,78 bi no mercado à vista) e o volume do Ibovespa foi de R$4,95 bilhões.
No último dado disponível, a bolsa brasileira apresentou saída de capital externo de R$735,0 milhões no último dia 17 de dezembro com saldo negativo de R$3,300 bilhões no mês (-R$967,101 milhões em outubro; +R$4,225 bi em setembro; +R$1,917 bi em agosto; +R$3,482 bi em julho; +R$1,374 bi em junho; +R$5,321 bi em maio; +R$1,936 bi em abril; e +R$2,944 bilhões em março), bem como, acumulando R$19,264 bilhões em 2014.
Câmbio
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$2,6560 (+0,08%), acumulando -0,11% na semana, +3,47% no mês, +12,73% no ano e +13,02% em 12 meses. Nos juros futuros (DI), o destaque foi um pequeno recuo na ponta longa da curva da estrutura a termo da taxa de juros, destacadamente a partir do DI outubro/17, revelando parcimonioso otimismo dos agentes neste mercado.
Indicadores.
No Brasil, o IBGE informou que a taxa de desemprego foi de 4,8% em novembro, versus 4,7% em outubro – consenso em 4,5%. O IPCA-15 (considerado como uma prévia da inflação oficial do mês) variou +0,79% em dezembro, versus 0,38% em novembro – consenso de mercado em +0,75%. O indicador acumulou +6,46% em 2014.
O Banco Central divulgou que o déficit em conta corrente foi de US$9,333 bilhões em novembro, versus resultado negativo de US$8,131 bilhões em outubro - consenso em US$8,500 bilhões. Os saldos negativos acumulados situam-se agora em US$ 80,030 bilhões (3,98% do PIB) no ano e em US$88,659 bilhões (4,05% do PIB). Já o investimento estrangeiro direto apresentou superávit de US$4,644 bilhões em novembro, contra US$4,985 bilhões em outubro – consenso em US$4,600 bilhões. Os saldos positivos situam-se em US$55,845 bilhões (2,78% do PIB) no ano e em US$62,321 bilhões (2,85% do PIB) em 12 meses.
Agenda da semana.
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No Brasil, dados do setor de crédito de novembro, coleta de impostos e balança comercial (22.12), confiança do consumidor / FGV, relatório trimestral de inflação (BC) e dívida federal total (23.12) e resultado primário do governo central (26.12);
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nos EUA, índice atividade Fed Chicago, vendas de casas usadas (22.12), pedidos de bens duráveis, parcial do PIB 3T14, consumo pessoal, confiança do consumidor da Univ. de Michigan, índice de manufatura do Fed de Richmond, vendas de casas novas, renda e gastos pessoais, PCE (núcleo) (24.12), dados de seguro-desemprego (24.12;
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na França, PIB 3T14 (final) (23.12);
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no Reino Unido, PIB 2T14 (final) (23.12;
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no Japão, taxa de desemprego, IPC nacional A/A, vendas a varejo e produção industrial (25.12); e
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na China, Lucros industriais (26.12).
Confira no anexo o relatório na íntegra sobre o movimento do mercado, assinado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS
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